Nesta terça-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em forte baixa, à 103,05 cents/lb (-270 pontos). Em dia de ampla volatilidade, o mercado chegou a trabalhar em alta na abertura, mas a forte valorização do dólar trouxe o café para o negativo.
O clima predominante seco, embora com especulações em torno do déficit hídrico, segue favorável aos trabalhos de colheita e secagem do café. No conilon, os trabalhos já se encerram. E no arábica muitos entram na reta final, em alguns casos restando apenas a varreção.
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 101,67 e posteriormente em 100.28. Já resistências vistas em 105.47 e 107.88.
De acordo com o boletim da Somar Meteorologia, a frente fria já está longe das áreas de café, massa de ar polar perde força e até o fim de semana o tempo fica mais firme e cada vez mais quente entre o norte do Paraná, São Paulo e Minas. No próximo fim de semana o avanço de uma frente fria deverá provocar chuva no Arábica do Paraná, mas com baixos acumulados e de forma isolada. No Espírito Santo, os ventos que sopram do mar ainda provocam variação de nebulosidade e chuva fraca em vários momentos do dia, pelo menos até a quinta-feira (30).
DÓLAR
Após dois pregões em baixa, o dólar voltou a fechar com forte alta, cotado à R$4,1410 (+1,44%), no segundo maior valor do Plano Real, com a cautela diante das incertezas com o cenário eleitoral doméstico se sobrepondo ao ambiente externo mais tranquilo.
A moeda até chegou a cair ante o real no início dos negócios, indo à mínima de R$4,0623, em sintonia com o mercado externo. Mas o movimento não se sustentou diante da apreensão eleitoral.
No dia anterior, o Supremo Tribunal Federal (STF) informou que analisará em julgamento virtual em setembro um recurso da defesa do ex-presidente Lula contra uma decisão do plenário da corte que negou habeas corpus ao petista no início de abril.
No exterior, o dólar tinha leve queda ante a cesta de moedas após o pacto entre EUA e México para reformular o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês).
Mas passou a subir ante as divisas de países emergentes, depois de operar em baixa em grande parte da sessão, contribuindo para pressionar o dólar ante o real.
Italo Henrique/ Departamento Comercial Expocaccer
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