7 de Agosto de 2019 às 08:25

Boletim diário Expocaccer 06-08: Cotação do arábica na ICE encerrou o dia em em alta

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INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ


-- Nesta terça-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em em alta, cotado à 97,05 cents/lb (+140 pontos) no vencimento setembro/19, em um movimento de realização frente às quedas recentes.

A participação do Brasil no mercado externo deve ter redução acima do esperado neste ano-safra que se inicia devido à qualidade, se em 2018/2019 os cafés produzidos foram em sua maior parte de excelente qualidade, a de 2019/2020 após múltiplas floradas, maturação irregular e chuva durante a colheita, prejudicou não apenas a disponibilidade de cafés-não-naturais, como também dos finíssimos.
Neste cenário os suaves da América Central e do Sul tem chances de reconquistar uma parcela de participação nos blends que andaram perdendo para o Brasil, e, mais uma vez, tornar atrativos os cafés certificados (em sua maioria destes países, historicamente), por exemplo.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 95.58 e posteriormente em 94.12. Já resistências vistas em 98.13 e 99.22.

Já de acordo com a Somar Meteorologia, áreas de instabilidade provocaram algumas pancadas de chuva entre o norte de São Paulo, Sul de Minas e até em parte do Triângulo mineiro. Nos próximos dias estas instabilidade perdem força e o ar seco passa a tomar conta das áreas produtoras entre Paraná e o Sudeste do Brasil. O ar polar também perde força e a temperatura fica mais alta durante as próximas tardes. De sábado para domingo, uma nova frente fria irá passar pela costa do Sul e Sudeste, mas o sistema já avança enfraquecido de chuva e provoca no máximo aumento de nebulosidade e garoa no leste do Paraná e de São Paulo. As áreas majoritárias seguem com tempo seco praticamente até o final de Agosto.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em leve alta no dia de hoje, cotado à R$3,9570 (+0,02%), numa sessão marcada pela volatilidade, após a China atuar para conter a queda do iuan depois de a moeda ter rompido a marca de 7 por dólar ontem.

Na cena interna, o mercado acompanhou a retomada dos trabalhos no Congresso, mais notadamente a votação da reforma da Previdência em segundo turno, que pode começar já nesta terça. Os desdobramentos positivos ligados à Previdência nos próximos dias podem ajudar a valorizar o real, mas a cena externa ainda seguiu fazendo grande pressão no câmbio hoje.

As perdas do iuan se estabilizaram depois que autoridades chinesas adotaram medidas para conter a queda da moeda. O Banco Central da China agiu para estabilizar o iuan com uma fixação mais forte do que o esperado e venda de títulos, para sinalizar que as autoridades desejam contar as perdas, elevando o iuan quase 0,5% contra o dólar. Os ganhos vieram depois que o banco central fixou o ponto médio do iuan, que determina o ponto em torno do qual a moeda pode ser negociada, em 6,9683 por dólar, acima das expectativas do mercado.

Na segunda-feira, o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin disse que o governo dos Estados Unidos estabeleceu que a China está manipulando o câmbio e vai trabalhar com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para eliminar competição injusta de Pequim.

Em resposta, a China anunciou que empresas do país suspenderam a compra de produtos agrícolas dos Estados Unidos e rebateu as acusações de manipulação cambial. O Banco Central do país disse que a decisão do governo Trump de classificar o país como manipulador cambial vai "prejudicar seriamente a ordem financeira internacional e provocar caos nos mercados financeiros".

O cenário externo segue extremamente incerto, sem qualquer sinal de trégua na guerra comercial entre EUA e China.


Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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