INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em em baixa, cotado à 94,80 cents/lb (-155 pontos) no vencimento dezembro/19, reagindo à valorização do dólar frente às moedas emergentes.

Entre os dias 18 e 31 de agosto, técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estarão em campo nas proximidades de diversos municípios mineiros para pesquisar as informações de área, produção e produtividade do café no estado, que deverão compor o 3° levantamento da safra 2019.
As visitas técnicas são realizadas em cooperativas, produtores e revendas, além de empresas de consultoria e assistência técnica e extensão rural. Além das informações principais, o estudo também coleta dados sobre a colheita, situação do mercado, qualidade do produto e condições das lavouras.

Ao todo serão percorridos oito roteiros, incluindo o Cerrado (Triângulo, Noroeste e Alto Paranaíba), Sul/Sudeste (Região da Mogiana Mineira), Sul de Minas/Região de Poços de Caldas, Sul de Minas/Serra da Mantiqueira, Sul/Centro-Oeste, Zona da Mata, Jequitinhonha/Norte de Minas e Rio Doce.
O 3° levantamento da safra nacional, com os dados recolhidos em Minas Gerais e em todo o país, será divulgado no site da Conab no dia 17 de setembro.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 93.90 e posteriormente em 93.00. Já resistências vistas em 96.50 e 98.20.

Já de acordo com a Somar Meteorologia, uma frente fria avança pelo Sul do Brasil e nesta segunda-feira provoca chuva especialmente no leste do Paraná. As áreas produtoras de Arábica, por enquanto seguem com tempo mais firme. Amanhã a nova frente fria deve avançar pelo Sudeste. Hoje o sistema já provoca chuva fraca, porém persistente no sul e leste de São Paulo e amanhã a nebulosidade irá aumentar e deve chover fraco no sul de Minas. Quanto a temperatura, o ar polar que vem na retaguarda da frente fria diminui a temperatura, mas não provoca geada nas áreas de café. Tem previsão de geadas apenas para as áreas mais ao sul do Rio Grande do Sul e somente até a quarta-feira. A partir da quinta-feira o frio já começa a diminuir.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$4,0690 (+1,59%), tendo um pano de fundo ainda marcado por temores sobre uma desaceleração da economia global e na esteira do fortalecimento da divisa no exterior diante de discussões sobre o espaço para mais cortes de juros nos Estados Unidos.

Mais cedo, o dólar chegou a cair a uma mínima de R$ 3,9911, com os mercados avaliando notícia de que o banco central da China apresentou uma importante reforma dos juros no sábado para ajudar a reduzir os custos de empréstimo para empresas e sustentar a economia, que vem sendo afetada pela guerra comercial com os EUA.

Os debates sobre estímulos por parte de outras economias, como China e Alemanha, combinados com algumas dúvidas sobre a disposição do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) em ser mais agressivo em eventual novo afrouxamento monetário davam fôlego ao dólar, num momento em que dados nos EUA voltaram a destacar a força da economia norte-americana frente ao restante do mundo.

Os recentes dados de consumo e inflação nos EUA, que por sinal foram bem robustos, enfraqueceram a possibilidade de que o Fed vai cortar os juros preventivamente, mantendo o tema sobre inversão das curvas de juros, saídas de recursos de emergentes e mercados de ações mais fracos.

Segundo comentários do presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren, não é porque outros países estão afrouxando suas políticas monetárias que os EUA também deveriam fazê-lo. Além disso, para ele, as condições monetárias já estão acomodatícias e a economia está em muito bom estado no momento.

Aqui, o movimento da moeda brasileira seguiu o viés observado em outras divisas emergentes, como a lira turca e o rand sul-africano, que também perderam fôlego na sequência do início do pregão nos mercados de ações dos EUA.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial