INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em em alta, cotado à 100,50 cents/lb (+105 pontos) no vencimento dezembro/19. O mercado iniciou a semana registrando quedas técnicas, mas voltou a subir no final do dia.

O café arábica respondeu à apreciação do real encerrando a semana anterior com ganhos de 355 pontos, tendo um fechamento tecnicamente positivo na sexta-feira. No Brasil as chuvas irregulares dividem o sentimento, com uma parte do mercado estando cauteloso em ficar negativo nos atuais patamares, principalmente caso as chuvas não sejam boas, e outra parte vendo a subida do terminal como uma boa oportunidade de venda.
O fluxo de negócios pode aumentar com a colheita geral se aproximando nos países da América Central e Colômbia, e, embora os preços estejam machucando produtores de Honduras, Nicarágua, El Salvador e Peru, entre outros, a falta de alternativa acaba não deixando os agentes otimistas para uma virada do terminal.
Outro ponto, recentemente, foi os estoques no destino terem subido depois de uma temporada de exportações elevadas que fizeram muitos revisarem suas estimativas – talvez seja cedo tocar neste ponto, haja vista que o pico de consumo acontece de agora em diante.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 98.87 e posteriormente em 97.23. Já resistências vistas em 101.47 e 102.43.

De acordo com a Somar Meteorologia, áreas de instabilidade nos níveis mais altos da atmosfera, alimentadas pelo calor e umidade, favorecem a formação de nuvens carregadas entre o Sul e o Sudeste do país. No café do Paraná, o calorão continua e a chuva ainda é muito irregular. Já entre São Paulo e Minas a expectativa é maior para chuva mais forte, acompanhada de ventania, descargas elétricas e até mesmo eventual queda de granizo. A partir da quinta-feira o tempo seca nas áreas de café do Paraná, São Paulo e Minas e o calorão continua.

DÓLAR
-- O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$3,9930 (-0,42%), acompanhando o cenário externo, em semana marcada por reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

O mercado aguarda a próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para decidir o rumo da taxa de juros dos Estados Unidos. Os juros futuros dos EUA indicavam que operadores veem 86,1% de chance de o Fed cortar os juros para um intervalo entre 1,50% e 1,75% em sua próxima reunião, de acordo com a ferramenta Fedwatch do CME Group.

O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque, com taxas mais altas, o país se tornaria mais atraente para investidores. Isso motivaria uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real. Mas se, ao contrário, o Fed decidir não aumentar os juros agora, recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro, tendem a não migrar para aos Estados Unidos, o que afastaria essa pressão de alta do dólar em relação a outras moedas.

O dia também é marcado pela repercussão das eleições na Argentina, mas a notícia não teve grandes efeitos sobre a taxa de câmbio nesta segunda. Alberto Fernández foi eleito novo presidente da Argentina nas eleições deste domingo (27). Com a ex-presidente Cristina Kirchner como vice na chapa, ele derrotou o atual mandatário, Mauricio Macri.

Na cena interna, a expectativa é de mais cortes na taxa básica de juros da economia, a Selic, com apostas de que o Banco Central reduza para uma mínima recorde de 5% na quarta-feira.
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Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial