29 de Agosto de 2024 às 11:42

Bombeiros resgatam mutum-de-penacho no Céu das Artes; saiba mais sobre a espécie.

Equipe utilizou técnicas especializadas para realizar a captura com segurança.

Com informações do Corpo de Bombeiros e Wikipédia

PATROCÍNIO (MG) - Na manhã de quarta-feira, 28/8, os militares do Corpo de Bombeiros foram acionados para atender uma ocorrência de captura de animal no Céu das Artes.

Ao chegar ao local, a guarnição constatou que se tratava de um mutum-de-penacho.

Utilizando técnicas de salvamento terrestre e equipamentos adequados para a captura de animais, a equipe realizou a operação com sucesso.

Após uma avaliação prévia, não foram constatados ferimentos aparentes na ave.

Em seguida, o animal foi solto em seu habitat natural

Conheça a espécie

O Mutum-de-penacho (nome científico: Crax fasciolata Spix) é uma ave da família dos cracídeos. Pode ser encontrada ao sul do Rio Amazonas, do Rio Tapajós ao Maranhão e, através do Brasil Central e à região sudeste do Brasil, ocorrendo também nas fronteiras com os vizinhos Paraguai, Bolívia e Argentina. [2][3]

No Brasil

Ocorre nas seguintes unidades federativas do Brasil: Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rondônia, São Paulo (estado) e Tocantins.

Ocorre nos seguintes biomas:

Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal[3]

Subespécies

São, atualmente, reconhecidas três subespécies:

C. f. fasciolata - Pode ser encontrada no centro e sudoeste do Brasil, no Paraguai e no norte da Argentina;

C. f. pinima - Pode ser encontrada no nordeste da Amazônia brasileira; C. f. grayi - Que se encontra no leste da Bolívia.

Os holótipos de Mutum-pinima, que foram coletados mostram que a espécie habita matas de terra firme primárias, ocorrendo avistamentos em densas florestas ombrófilas.

O Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos reconhece, ainda a subespécie C. f. xavieri, que foi descrita a partir de exemplares de cativeiro, dos quais não se tem notícia. De validade duvidosa, pode ser apenas uma variação da forma nominal, mas a sua suposta distribuição geográfica indica a necessidade de mais estudos.[4]

Identificação

Existe dimorfismo sexual. Os machos têm uma crista de penas negras e enroladas, a cera (base do bico) amarela e a plumagem predominantemente negra, com a região abdominal e cloacal de cor branca, tal como na extremidade das penas caudais. As fêmeas apresentam uma crista de penas brancas e negras, plumagem negra na região dorsal marcada por estriações de cor clara e penas de cor castanha no abdómen e na região cloacal. Os machos das três subespécies reconhecidas nesta espécie não apresentam diferenças notórias, ao contrário do que sucede com as fêmeas, que se distinguem, principalmente, com base na tonalidade da região ventral, na extensão e tipo de estriações e na quantidade de branco na crista.

Hábitos

Ocorre solitário ou aos pares em Cerrado, mata de galeria, buritizal, áreas abertas, plantações, campos sujos, varjões de buritirana no sudeste do Pará, praias fluviais e matas secas.

Dieta

Alimentam-se de frutos, sementes e flores de Ipê(Tabebuia), normalmente coletados do solo.

Reprodução

A época de nidificação decorre de novembro a dezembro. O ninho é construído nas árvores, com ramos e folhas, e ambos os sexos participam nesta atividade. A postura é de dois ovos, cuja incubação dura 30 dias e é realizada apenas pela fêmea. As crias são nidífugas, isto é, abandonam o ninho precocemente, neste caso imediatamente após a eclosão; depois, começam a alimentar-se sozinhas, mas seguem a progenitora até serem independentes

Principais Ameaças e Estado de Conservação

O Mutum-de-penacho tem sido vítima do tráfico ilegal de animais silvestres, seu porte avantajado também o torna alvo de caçadores e a fragmentação de seus habitats são as principais ameaças à espécie.

O estado de conservação varia conforme a Unidades federativas do Brasil, porém, como um todo a espécie tem se saído bem, o ICMBio categoriza a espécie como Menos Preocupante ou LC nos padrões IUCN.