17 de Fevereiro de 2020 às 20:53

Café abre semana sem alteração e dólar em alta de +0,69%

Confira o mercado

CAFÉ

Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia inalterado, cotado à 111,35 cents/lb no vencimento maio/20, devido ao feriado do Dia do Presidente sendo comemorado hoje nos EUA. O feriado é celebrado toda terceira segunda-feira do mês. Os negócios serão retomados nesta terça, 18.

Segundo dados da Pesquisa Safra Cafeeira 2019, realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pela Café Point, os pequenos produtores permanecem como principais responsáveis pela produção de café no Brasil.
Oitenta e seis por cento dos produtores entrevistados disseram possuir propriedades com tamanho inferior a cinquenta hectares, dado similar ao levantado pelo Censo Agropecuário 2017, que apontou que 88% dos estabelecimentos para o mesmo tamanho de área. O estudo da CNA foi feito com 296 cafeicultores durante a Semana Internacional do Café, em Minas Gerais.

“A pesquisa já acontece há anos e tem servido para orientar as ações da Comissão Nacional de Café da CNA. O objetivo é ampliar a assertividade das ações”, afirmou Maciel Silva, coordenador de Produção Agrícola da Confederação.

Segundo a pesquisa, 69% das participações são de Minas Gerais, confirmando a representatividade do estado como maior produtor nacional de café. Em relação à bebida, a maioria dos produtores ouvidos destacou que a qualidade foi inferior quando comparada à safra 2018 em decorrência principalmente das alterações meteorológicas e irregularidades nas floradas também mapeadas na pesquisa.
Outra vertente pesquisada foi a tecnologia de colheita e pós-colheita. Os métodos manuais de colheita foram responsáveis por 75% das respostas, resultado condizente com as condições topográficas e fundiárias da maioria das regiões produtoras de café no Brasil, que inviabilizam a mecanização, informa o relatório da pesquisa.

Quanto à tecnologia de pós-colheita, o método natural foi predominante entre os produtores, presente em 85% das propriedades confirmando o domínio e cultura brasileiro na produção de cafés naturais.

Sobre a comercialização, a pesquisa questionou a realização ou não da venda futura da produção. Sessenta por cento dos entrevistados não realizam venda futura de nenhuma natureza. Apesar da ampliação em relação a anos anteriores, a Confederação avalia que as ferramentas de hedge precisam ser melhor exploradas pelos cafeicultores.
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 107.60 e posteriormente em 103.85. Já resistências vistas em 113.35 e 115.35.

De acordo com a Somar Meteorologia, a semana começa com condições típicas de verão nas áreas produtoras do norte do Paraná e do Sudeste do país. O sol se faz presente, a temperatura sobe com facilidade e a chuva ocorre na forma de pancadas isoladas e rápidas, preferencialmente entre as tardes e as noites. ATENÇÃO! Um sistema frontal irá se formar no Rio Grande do Sul no início desta semana e a frente fria associada a este sistema irá chegar ao Sudeste no final da semana provocando chuva forte, volumosa e duradoura nas áreas de Arábica e Conilon entre Paraná e Sudeste do Brasil.

DÓLAR

O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$4,3310 (+0,69%), com os investidores atentos a medidas de estímulo anunciadas pelo banco central da China para conter os impactos do coronavírus e em dia de volumes reduzidos por um feriado nos Estados Unidos.

O dólar mais valorizado nas últimas semanas tem refletido principalmente as preocupações em relação aos impactos do surto de coronavírus na China e na desaceleração da economia global, e também os juros em mínimas históricas no Brasil.

A redução sucessiva da Selic desde julho de 2019 diminuiu o diferencial de juros entre Brasil e outros pares emergentes, o que pode tornar o investimento no país menos atrativo para estrangeiros e gerar um fluxo de saída de dólar. Isso elevaria a cotação da moeda.

Enquanto Legislativo e Executivo expõem ruídos sobre o curso da agenda reformista, departamentos econômicos e gestoras começam a reduzir as projeções para o crescimento da economia, citando potenciais efeitos do surto de coronavírus e a divulgação de indicadores que sinalizaram um fim de 2019 menos animador para a economia.
A reforma tributária, a administrativa (que mexe com o funcionalismo público) e a PEC emergencial (a qual aciona gatilhos para evitar o descumprimento de regras fiscais) são as três principais propostas no radar do mercado para 2020. Privatizações e mais concessões também estão no cenário.


Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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