16 de Janeiro de 2021 às 09:32

Café e dólar em alta encerram a 2ª semana de 2021

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INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta sexta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em alta, cotado à 128,15 cents/lb no vencimento março/21.

De 05 de Janeiro até dia 12 ( terça-terça), o mercado base H1 saiu de 125.10 para 121.40 c/lb (-370.0 pontos de baixa,-2.96%). Open Interest saiu de 262,961 para 264,083 lotes (1,122 lotes de aumento,  0.43%). COT: Fundos Especulativos reduziram a  posição net comprada em 5,822 contratos, passando para o total de 16,014 contratos long  na semana até 12/jan.

Após registrar valorizações expressivas, o mercado futuro do café arábica encerrou as cotações desta sexta-feira (15) apenas com altas técnicas para as principais referências. Os contratos chegaram a subir mais de 300 pontos, mas devolveram parte dos ganhos antes do fechamento do pregão. 

Março/21 finalizou com valorização de 80 pontos, valendo 128,15 cents/lbp, maio/21 subiu 85 pontos, negociado por 130,25 cents/lbp, julho/21 teve alta de 90 pontos, valendo 132,15 cents/lbp e setembro/21 encerrou com valorização de 95 pontos, valendo 134 cents/lbp. 

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 126.05 e posteriormente em 123.95. Já resistências vistas em 131.00 e 133.85.

De acordo com a Somar Meteorologia, instabilidades continuam atuando nas áreas produtoras majoritárias de São Paulo e Minas Gerais, e nas últimas 24 horas choveu entre 40 a 70 mm entre Alta e Baixa Mogiana e com até 90 mm em alguns pontos do sul de Minas Gerais. Trata-se de um corredor de umidade, organizada pela passagem de uma fraca frente fria pela costa do Sudeste. Hoje o sistema perde força e o que comanda o tempo são áreas de instabilidade em médios e altos níveis da troposfera. Nos próximos dias, atenção ainda para chuva frequente no Centro-Sul do Brasil, com o avanço de uma frente fria um pouco mais continental pela Região Sul. Em cinco dias, se esperam volumes entre 90 a 120 mm entre o sul mineiro, leste paulista e o norte do Paraná, com risco para erosão de solo em áreas propícias e doenças fúngicas. Na Bahia e Espírito Santo, apesar de algumas trovoadas, a chuva é mais irregular, atingindo uma ou outra cidade.

DÓLAR

O dólar comercial fechou hoje também em alta, cotado à R$5,3010 (+ 1,80%).

O mercado se mostra pessimista em relação ao real. Estrategistas do Société Générale, acreditando que os mercados devem esperar por mais deterioração fiscal no Brasil, já preveem o dólar a R$ 6. 

De acordo com relatório do banco divulgado nesta sexta-feira, o câmbio sofrerá com lento crescimento econômico, deterioração dos cenários fiscal e de dívida e baixos juros. O noticiário sobre vacinas é positivo, mas pode levar tempo até que o imunizante esteja disponível a todos, num contexto em que os casos de covid-19 no país estão em alta.

No noticiário doméstico, o Boletim de Comércio Exterior (Icomex) divulgado, hoje (15), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FVG/Ibre) aponta que o único resultado positivo em 2020 no setor foi o superávit comercial. A análise foi feita diante do cenário de superávit da balança comercial de US$ 50,9 bilhões, dos investimentos estrangeiros no país de janeiro a novembro de US$ 33 bilhões e da previsão de recuo no Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) de 4,7%. Mesmo positivo, o superávit comercial contribuiu para a queda do déficit em conta-corrente em um momento de retração da entrada de capital no país. 

De acordo com o Icomex, a China contribuiu com US$ 33,6 bilhões no superávit, enquanto entre os principais parceiros a contribuição dos Estados Unidos foi negativa. O saldo com a União Europeia foi positivo em US$ 1,5 bilhão, no entanto, o valor é abaixo dos países da América do Sul, inclusive Argentina, de US$ 6 bilhões, e do restante da Ásia.

O desempenho das commodities, na avaliação do Ibre, explica os 66% do valor exportado em 2020, o que representa o maior percentual da série histórica iniciada em 1998, quando foi de 40%. O valor das exportações de commodities cresceram 0,5% de 2019 para 2020 e das não commodities recuaram 18,5%. Em volume, as commodities cresceram 7,4% e as não commodities recuaram 13,5%. 

Com o aumento de volume de 7,4%, o setor agropecuário foi líder nas exportações brasileiras em 2020, explicada pelo aumento do volume das exportações para a China (17%). A participação do país saiu de 28,1% para 32,3% de 2019 para 2020. Os demais países da Ásia também registraram contribuição positiva de 11,1%, e explicam 14,9% das exportações brasileiras.

No exterior, a política monetária da China vai fornecer o suporte necessário para sua contínua recuperação econômica em 2021, disse hoje um vice-presidente do Banco do Povo da China. 

Diante de duras medidas de contenção ao coronavírus e alívio emergencial para empresas, a segunda maior economia do mundo se recuperou para níveis pré-pandemia, mas um ressurgimento das infecções em todo o mundo e em partes da China está deixando as autoridades cautelosas.

Claudio Castello Branco Ribeiro Filho Expocaccer / Departamento Comercial


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