23 de Maio de 2020 às 12:23

Café e dólar encerram a semana em baixa

Boletim Diário Expocaccer

INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta sexta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 103,60 cents/lb (-115 pontos/-1,09%) no vencimento julho/20, o mercado vai concluindo a semana de maneira tranquila, sem grandes variações, como aconteceu em todas as sessões.

Os preços do café operam sem grandes variações após serem pressionados na última sessão, depois que o Rabobank elevou sua previsão de superávit para 2019/20 para 2,6 milhões de sacas de 1,6 milhão de sacas e para 2020/21 para 7,6 milhões de sacas de 5,6 milhões de sacas, citando o impacto negativo dos bloqueios pandêmicos no consumo de café.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 102.25 e posteriormente em 100.90. Já resistências vistas em 105.05 e 106.50.

De acordo com a Somar Meteorologia, a frente fria continua seu avanço e já provocou chuva forte no Paraná. Até o fim do dia, a chuva alcança o Sudeste e o sábado também vai ser um dia de tempo instável nas áreas produtoras entre Paraná, São Paulo e sul de Minas. No domingo, o tempo seca e esfria, mas sem o risco de geadas nas áreas produtoras de café.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$5,5750 (-0,08%), em um dia de forte volatilidade nos mercados diante das tensões no cenário doméstico e internacional.

No exterior, o dia foi negativo à medida que crescentes tensões entre Washington e Pequim aumentaram os temores de uma recuperação mais lenta diante da recessão causada pelo coronavírus.

A China decidiu impor uma lei de segurança nacional sobre Hong Kong que pode fazer com que as agências de inteligência do continente estabeleçam bases no centro financeiro global, aumentando o medo de mais protestos pró-democracia.

A medida também pode aumentar as tensões EUA-China, já que o presidente norte-americano, Donald Trump, alertou na quinta-feira que Washington reagiria "muito fortemente" se Pequim seguisse em frente com a lei.

No ambiente local, o mercado passou o dia aguardando se seria liberado ou não o vídeo da reunião ministerial que está sob investigação de possível interferência de Bolsonaro na Polícia Federal (PF).

Ao final do dia, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu divulgar a gravação da reunião na qual, segundo o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, o presidente Jair Bolsonaro cobra-lhe troca na Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro sob a ameaça de demiti-lo.

Bolsonaro afirmou na quinta-feira, em transmissão por rede social, que não era o caso de tornar público o conteúdo completo do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, o que avalia que seria um "constrangimento".

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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