INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER
CAFÉ
-- Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia inalterado, cotado à 103,60 cents/lb no vencimento julho/20, devido ao feriado do Memorial Day nos Estados Unidos.
À medida que nos aproximamos do período mais frio do ano, as regiões cafeeiras mais ao sul do país, no Paraná, São Paulo e Minas Gerais (Sul e Triângulo), áreas sujeitas a geadas, vale relembrar uma regra essencial, que é a de manter, nas lavouras de café, o solo bem limpo no período frio, de maio a setembro, para reduzir o risco de queima dos cafeeiros por geadas.
A cobertura do solo no cafezal é composta pela vegetação dos cafeeiros e pelas ervas que crescem nas ruas da lavoura. Os cafeeiros, logicamente, devem ser mantidos. As ervas, estas sim, devem ser eliminadas. As ervas que cobrem o terreno, sejam vivas ou mortas, formam um anteparo, que isola o solo da exposição solar. Assim, o terreno não consegue armazenar calor bastante durante o dia, para, durante a noite, poder esquentar o ambiente dentro da lavoura, e assim reduzir o frio e diminuir o risco de queima por geadas eventuais.
Ultimamente, tem havido orientações para adoção de sistemas de cobertura permanente do solo, especialmente com a erva braquiária. No período quente e chuvoso tudo bem, embora essa cobertura não resulte em vantagens produtivas nos cafeeiros. No período seco e frio, o solo deve ficar limpo, para economia de água e armazenamento de calor. A cobertura de mato, mesmo roçado ou dessecado por herbicidas, funciona como isolante do solo. Assim, a partir de abril-maio deve ser realizada uma operação para expor o solo, usando equipamento mecânico, como a trincha, regulada para cortar pouco mais profundo, podendo, até, coincidir na operação de limpeza na pré-colheita. Isto deve ser feito, especialmente, nas áreas mais baixas do terreno, naquelas onde mais se acumula o ar frio. As lavouras ainda novas, em formação, também são prioritárias, pois as plantas, mais baixas, ficam mais próximas ao solo, ali onde mais se deposita o ar frio.
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 102.25 e posteriormente em 100.90. Já resistências vistas em 105.05 e 106.50.
De acordo com a Somar Meteorologia, na retaguarda da frente fria que continua seu avanço pela costa do Sudeste, o ar polar avança e derruba a temperatura. Para os próximos dias observa-se um centro de alta pressão de 1019 milibares entre a Mogiana e o sul de Minas Gerais e o vento em todos os níveis de quadrante sul (200, 500 e 850 milibares), situação que ajuda na formação de geadas. Na quarta-feira a temperatura na região de Varginha poderá ficar em torno de 3ºC. Não se trata de geada intensa, ampla ou persistente, será fraca e os pés de café estarão expostos por pouco tempo. Neste contexto, apenas lavouras voltadas para a face sul, nas bordas e pés mais novos serão mais afetados. A partir da quinta-feira o ar polar perde força em relação ao frio.
DÓLAR
-- O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$5,4570 (-2,11%), dando continuidade às perdas da sessão anterior, com maior apetite por risco no exterior e com os investidores de olho no noticiário político local.
Segundo a agência Reuters, o mercado ainda repercutiu o vídeo da reunião ministerial com divulgação autorizada pelo STF e cujo material, na visão de analistas de mercado, não trouxe elementos novos com potencial de trazer maiores complicações políticas para o presidente Jair Bolsonaro.
No exterior, a reabertura da economia em mais países contribuiu para um maior otimismo dos investidores, apesar das persistentes incertezas sobre os impactos e duração da crise da pandemia do coronavírus.
Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial
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