22 de Maio de 2020 às 07:58

Café e dólar fecham em baixa pelo segundo dia consecutivo nesta quinta-feira, 21/05

Boletim Diário Expocaccer

INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta quinta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 105,65 cents/lb (-90 pontos/-0,85%) no vencimento julho/20, nova projeção de safra e números de produção da Colômbia chegaram a pressionar os preços no exterior.

Os preços do café foram pressionados depois que o Rabobank elevou na quinta-feira sua previsão de superávit para 2019/20 para 2,6 milhões de sacas ante 1,6 milhão, e para 2020/21 para 7,6 milhões de sacas de 5,6 milhões de sacas, citando o impacto negativo dos bloqueios pandêmicos no consumo de café.

Segundo o site internacional Barchart, os preços também foram pressionados após os números do USDA apontarem nesta quinta que a produção de café da Colômbia em 2020/21 terá alta de 2,2% - para 14,1 milhões de sacas e que as exportações devem ter uma alta de 4,5% - para 13,5 milhões de sacas.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 103.72 e posteriormente em 102.68. Já resistências vistas em 106.27 e 107.78.

De acordo com a Somar Meteorologia, nesta quinta-feira a chuva ganha força e atinge as áreas produtoras do Paraná, acompanhada de ventania e possível queda de granizo. De sexta para o Sábado a chuva proveniente deste sistema alcança a Região Sudeste. No domingo, o tempo seca e esfria, mas sem o risco de geadas nas áreas produtoras de café.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$5,5800 (-1,82%), refletindo a reação dos investidores a comentários do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a intervenção do BC nos mercados - ainda que acompanhando as tensões políticas vindas de Brasília e o clima negativo nos mercados externos.

Na tarde de quarta-feira, Campos Neto afirmou que a autarquia tem espaço amplo para a venda de reservas internacionais e poderá aumentar sua atuação no câmbio se considerar necessário. Segundo analistas, a sinalização do BC ajudou a pressionar a moeda norte-americana, que chegou a ser negociada em alta nos primeiros minutos do dia após a abertura diante de menor apetite por risco no exterior.

Evidência da incerteza do investidor com o câmbio, a volatilidade implícita das opções de dólar/real para três meses segue como a mais alta entre as principais divisas emergentes, bem acima de 20% e perto dos picos do ano, enquanto medidas equivalentes para vários rivais do grupo estão em queda há semanas.

Lá fora, os mercados reagiram mal ao aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China agravando as preocupações sobre o ritmo de recuperação econômica diante da crise causada pelo coronavírus, mesmo enquanto vários países flexibilizam as restrições.

Na quarta-feira, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, mirou Pequim, chamando os US$ 2 bilhões de dólares que a China prometeu para combater a pandemia de "insignificantes".

Na Europa, o clima ficou negativo com os últimos dados de atividade empresarial revelando o impacto danoso da crise do coronavírus. Dados divulgados mais cedo mostraram que o efeito devastador da pandemia na economia da zona do euro diminuiu um pouco em maio depois que os bloqueios impostos para conter a propagação do vírus começaram a ser atenuados, mas ainda estava longe de marcar um crescimento.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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