INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta sexta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em alta, cotado à 98,90 cents/lb (+ 75 pontos) no vencimento julho/20.

A semana finaliza com valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). A queda do dólar durante esta sexta-feira (5) ajudou a dar suporte aos preços técnicos, porém positivos no exterior.

 Julho/20 encerra a semana com alta de 75 pontos, valendo 98,90 cents/lbp, setembro/20 teve valorização de 95 pontos, negociado por 100,65 cents/lbp, dezembro/20 registrou aumento de 100 pontos, valendo 103 cents/lbp e março/21 registrou alta de 110 pontos, valendo 105,30 cents/lbp.

Se compararmos as duas últimas semanas, de 26/Maio a 02/Jun (ter-ter), o mercado saiu de 105.70 para 98.20 (690 pontos de baixa, -7.02%) e o open interest saiu de 249,892 para 274,252 (24,360 lotes de alta +8,88%). Já o COT: Fundos Especulativos inverteram a posição em 11,210 contratos para o net de 11,163 lotes vendidos.

De acordo com a Consultoria MacroSector, os estoques de café arábica devem aumentar na safra 2020/21 no Brasil e no mundo, impulsionados por um incremento na produção. No Brasil, os estoques finais de café devem subir quase 3 milhões de sacas de 60 quilos, de 5,8 milhões de sacas em 2019/20 para 8,7 milhões na safra 2020/21. Na perspectiva global, o avanço estimado é de 11 milhões de sacas, para 63 milhões ao fim do ciclo.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 97.38 e posteriormente em 95.87. Já resistências vistas em 100.08 e 101.27.

De acordo com a Somar Meteorologia, início de sexta-feira com tempo nublado e chuva fraca desde o norte do Paraná até a Baixa Mogiana passando pela Alta Paulista. A chuva prosseguirá até o domingo com acumulados entre 15mm e 50mm, além de rajadas de vento na casa dos 60km/h no norte do Paraná e Alta Mogiana. Já na Baixa Mogiana e sul de Minas Gerais, estimam-se apenas 5mm e mesmo assim de forma pontual. Neste período, o tempo permanecerá seco na Zona da Mata, Cerrado e Alta Mogiana.

DÓLAR

O dólar comercial fechou hoje em forte baixa, cotado à R$4,9860 (- 2,86%).

Dólar fecha abaixo de R$5 com exterior positivo após dados nos EUA. O mercado de câmbio voltou a ser dominado por uma onda de venda de dólares nesta sexta-feira, que coroou uma semana de forte queda para a moeda dos EUA em meio à disparada da demanda global por risco em meio a um crescente otimismo econômico no mundo.

A surpreendente geração de vagas de emprego nos EUA em maio serviu de catalisador para investidores desfazerem mais posições contrárias ao real, depois de a moeda brasileira ter batido sucessivas mínimas históricas sob pressão de incertezas políticas domésticas.

No noticiário doméstico, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta sexta-feira que vai oferecer uma linha de crédito de 2 bilhões de reais para fornecedores de grandes empresas que têm encontrado dificuldades em meio aos impactos da pandemia de Covid-19.

A linha agora terá uma carência de 24 meses e prazo para amortização de 60 meses e o tomador tem que ter faturamento superior a 300 milhões de reais por ano. O limite de crédito por tomador será de 10 milhões a 200 milhões de reais. O BNDES já tem outras iniciativas para apoiar empresas atingidas pela pandemia.

O banco criou uma linha de capital de giro de 5 bilhões de reais voltada para micro, pequenas e médias empresas que já teve contratações de mais 3,2 bilhões de reais.

No exterior, Wall Street avançou nesta sexta-feira depois que um relatório surpreendentemente favorável de criação de empregos em maio forneceu, inesperadamente, evidências mais claras de que a economia dos Estados Unidos está caminhando para uma recuperação mais rápida do que o esperado.

A Nasdaq rompeu sua máxima histórica atingida em fevereiro, mas reduziu seus ganhos para encerrar a sessão abaixo do nível recorde. Todos os três principais índices de ações dos EUA avançaram 2% ou mais. O S&P 500 e o Dow estão, ambos, a 10% de ultrapassarem os níveis recordes de fechamento.

Claudio Castello Branco Ribeiro Filho Expocaccer / Departamento Comercial