11 de Junho de 2020 às 08:30

Café em baixa e dólar em alta nesta quarta-feira, 10/06

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INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta quarta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia baixa, cotado à 96,75 cents/lb (-110 pontos/-1,11%) no vencimento julho/20. Acompanhando a colheita e o clima no Brasil, os preços no exterior não têm registrado grandes variações e o mesmo cenário é observado no mercado físico brasileiro.

O Brasil exportou em maio deste ano 3 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. A receita cambial gerada no mês com as exportações foi de US$ 370,7 milhões e o preço médio da saca foi de US$ 124,44, alta de 5,2% em relação a maio de 2019. Os dados são do relatório compilado pelo Cecafé, Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.

Com relação às variedades embarcadas no mês passado, o café conilon (robusta) apresentou aumento de 4,7% nas exportações em relação a maio de 2019, com 484,1 mil sacas exportadas (16,3% da participação das exportações por variedade). Já o café arábica representou 73,8% do volume total de café exportado no mês, com 2,2 milhões de sacas embarcadas, apresentando uma queda de 27,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O café solúvel representou 9,9% dos embarques, com a exportação de 296,1 mil sacas.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 96.88 e posteriormente em 95.97. Já resistências vistas em 99.08 e 100.37.

De acordo com a Somar Meteorologia, nas últimas 24 horas, pouco choveu sobre as áreas de café. Destacamos acumulado de até 6mm em Espírito Santo do Pinhal-SP. De uma forma geral, o tempo permanecerá seco por um período prolongado nas áreas produtoras do Brasil. Somente entre o Espírito Santo e Zona da Mata de Minas Gerais, uma frente fria trará chuva fraca entre domingo e segunda-feira.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$4,9350 (+0,83%), após o comunicado de política monetária do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, divulgado mais cedo.

O foco dos mercados nesta quarta se voltou para o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos). O órgão apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos deve ter uma queda de 6,5% este ano em relação a 2019 devido à pandemia da Covid-19, mas a economia dos EUA crescerá 5% no próximo ano. Já a taxa de desemprego deve encerrar 2020 em 9,3%, recuando para 6,5% em 2021.

A taxa básica de juros foi mantida entre 0 a 0,25% - e o Fed indicou devem permanecer nesse patamar até ao menos 2022. No cenário doméstico, permaneceram as incertezas sobre a perspectivas de recuperação da economia, em meio ao número ainda alto de novos casos diários da Covid-19 e tensões políticas.

Nesta semana, os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, conforme boletim "Focus" do Banco Central. A projeção passou de uma queda de 6,25% para um tombo de 6,48%.
Já a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estimou uma contração de pelo menos 7,4% para o PIB do Brasil neste ano, podendo chegar a um tombo de 9,1% em caso de segunda onda da pandemia e necessidade de regresso aos confinamentos.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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