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da tireoide no mês de maio:
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Como mês de maio é o mês da tireoide continuamos a falar sobre o tema com uma abordagem mais profunda a respeito de câncer de tireoide.
Esse texto tem linguagem simples para atingir o público em geral, porém no fim do artigo é possível acessar os links dos novos consensos relacionados a tireoide.
O câncer de tireoide é o quinto tipo mais comum nas mulheres e o sétimo mais prevalente nos homens. Na região sudeste temos uma prevalência de 15 por 100 mil habitantes. Nas mulheres a fase mais crítica é a fase reprodutiva. Segundo dados do estudo realizado pelo INCA, em 2012 foram estimados 10.590 casos novos de câncer de tireóide.
O que são nódulos de teroide?
Nódulo de tireoide é uma bolinha, uma massa que pode ser sólida ou ter líquido dentro dela e que cresceu na glândula tireoide. São muito comuns. A chance de se ter um nódulo na tireoide aumenta com a idade.
Apenas 8% dos nódulos de tireoide nos homens são câncer (8 em cada 100) e 4% dos nódulos em mulheres também são câncer. Assim, cerca de 90% dos nódulos são benignos (não cancerosos), mas mesmo esses necessitam de acompanhamento contínuo para evitar uma possível transformação cancerosa.
Quais os sintomas que os nódulos de tireoide produzem?
Na maioria das vezes os nódulos de tireoide não causam sintomas. Mas nódulos muito grandes ou vários nódulos podem causar rouquidão, atrapalhar engolir ou mesmo respirar.
Por não causarem sintomas é que devemos estar atentos. É preciso fazer o auto exame da tireoide pelo menos uma vez ao ano. Se detectar alterações procurar de imediato um médico.
Quais são os fatores de risco para nódulos de tireoide?
As causas de câncer de tireoide não são bem elucidadas, mas existem alguns fatores de risco que devemos estar atentos:
O que devo fazer se ao palpar minha tireoide detecto um nódulo?
A primeira providência é procurar um médico que vai realizar o exame físico detalhado e solicitar alguns exames.
Os exames solicitados são hormonais: TSH, T4livre e, dependendo da clínica, anticorpos contra a tireoide (anti peroxidase e anti tireoglobulina) além do ultrassom de tireoide.
E se os exames confirmarem a presença de um nódulo de tireoide, o que devo fazer?
Normalmente o clínico geral irá encaminhar para o especialista: “endocrinologista”. Esse irá analisar o tipo de nódulo e se há realmente a necessidade de avaliação mais aprofundada com a punção biópsia de tireoide.
O que é a punção biópsia de tireoide?
É um exame que através do ultrassom e de uma seringa retira material, aspira líquido e células de dentro do nódulo da tireoide a fim de estudar se tem indícios de câncer. É o exame fundamental no diagnóstico.
É importante dizer que é um exame suportável, pois os pacientes costumam temer a realização do mesmo. Não é necessário jejum ou internação para a realização do mesmo. É considerado um exame simples.
Se vier realmente o diagnóstico de câncer de tireoide o que devo fazer?
Nesse momento o endocrinologista irá encaminhar o paciente para um cirurgião de cabeça e pescoço experiente em cirurgia de tiroide. A experiência do cirurgião conta muito para o sucesso da cirurgia.
Todo câncer de tireoide deve ser removido cirurgicamente. Normalmente, na grande maioria dos casos, toda a glândula é removida e o paciente vai precisar usar o hormônio da tireoide para o resto da vida. Um comprimido pequeno que deve ser ingerido 30 minutos antes do café da manhã com água.
Quais são os tipos de câncer de tireoide?
Papilífero: mais comum e está presente em cerca de 8 em cada 10 pessoas com câncer de tireoide (80% dos casos). Cresce lentamente e pode se espalhar para gânglios linfáticos do pescoço (ínguas). É mais frequente nas mulheres. Se detectado ainda pequeno e confinado à glândula a taxa de cura é perto de 100%.
Folicular que é o segundo mais comum 10 a 15% dos casos. Raramente se espalha para linfonodos mas pode se espalhar para pulmões e ossos. Afeta mais mulheres que homens e em idade perto de 40 a 60 anos. Se detectado ainda pequeno a taxa de cura é por volta de 95% em pacientes jovens. Essa taxa diminui ligeiramente em pacientes mais velhos.
Medular: menos comum, 5% dos casos. Quando não se espalha para além da tireoide, os pacientes tem 90% de chance de sobreviver por 10 anos; 70% quando se espalha para gânglios linfáticos do pescoço e 20% quando para locais distantes como fígado, ossos ou cérebro. Ele ocorre entre membros de uma mesma família e requer uma avaliação cuidadosa para determinar a presença em outros familiares.
Anaplásico: cerca de 1 a 2% dos casos, porém o mais agressivo. Comum ter recidivas e a sobrevivência é baixa. Afeta mais homens que mulheres e a maioria acima de 65 anos.
O que é iodo radioativo? Todos os pacientes que fazem cirurgia para câncer de tireoide precisam fazer o tratamento com iodo radioativo?
O tratamento com iodo radioativo consiste em ingerir uma pequena quantidade desse iodo na forma líquida. Ele é feito para destruir o tecido tireoideano não removido pela cirurgia e para tratar o câncer de tireoide que se espalhou para linfonodos ou outros órgãos.
Nem todos os pacientes que fazem cirurgia para câncer de tireoide precisam do tratamento com iodo. O endocrinologista decide se é necessário com base no resultado dos exames após a cirurgia.
Enfim, câncer de tireoide pode estar presente em todos nós e necessitamos estar atentos, pois o tratamento precoce previne complicações e aumenta as chances de cura. Procure um endocrinologista se notar qualquer alteração na glândula e realize sempre o auto exame da tireoide.
Dra Karina Alvarenga Ribeiro
Endocrinologia e Metabologia
Especialização em Nutrologia
Dúvidas: [email protected]
Consensos:
http://www.scielo.br/pdf/abem/v57n3/v57n3a06.pdf
http://www.scielo.br/pdf/abem/v57n3/v57n3a04.pdf
http://www.scielo.br/pdf/abem/v57n3/v57n3a03.pdf
http://www.scielo.br/pdf/abem/v57n4/pt_02.pdf