INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ
Nesta sexta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia “em baixa”, cotado à 129,00 cents/lb (- 0.95 pontos) no vencimento maio/21.

O mercado futuro do café arábica operou hoje com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). As cotações deram continuidade ao movimento de baixa observado durante o último pregão. 

Maio/21 teve queda de 95 pontos, negociado por 129,00 cents/lbp, julho/21 queda de 90 pontos, valendo 131,05 cents/lbp, setembro/21 baixa de 95 pontos, negociado por 132,95 cents/lbp e dezembro/21 queda de 90 pontos, valendo 135,05 cents/lbp. 

Do lado positivo dos preços, analistas destacam que os preços do café também têm o apoio de especulações de que a demanda por café vai melhorar à medida que o ritmo das vacinações se acelera e a pandemia recua, o que permitirá a reabertura de mais restaurantes e cafeterias. A perspectiva é baseada principalmente na vacinação nos Estados Unidos e na Inglaterra, importantes consumidores do café brasileiro. 

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) participou, nesta semana, de audiência virtual com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, para apresentar sua nova composição diretiva e fazer a atualização da representação dentro do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), que passará a ter como titular da entidade o presidente Nicolas Rueda.

A entidade recordou o envio de apoio a esse trabalho de aproximação e das pautas relacionadas ao país, que, desde então, vem sendo tratadas junto ao Mapa para expor as ações que o Conselho desenvolve por lá e as possibilidades de trabalho conjunto para a otimização da imagem sustentável e à ampliação da participação do café brasileiro nesse promissor e crescente mercado asiático.

A sustentabilidade da cafeicultura brasileira também foi tema de destaque na audiência virtual. O Cecafé apresentou seus programas de sustentabilidade “Criança do Café na Escola”, “Produtor Informado”, “MI Social” e “MI Agroquímicos”, que revelam, de forma nítida, detalhes da preocupação socioambiental da entidade.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 127.70 e posteriormente em 126.40. Já resistências vistas em 130.85 e 132.70.

De acordo com a Somar Meteorologia, o deslocamento de uma frente fria para alto mar e formação de um bloqueio atmosférico no Sul deixam o tempo seco, ensolarado e com temperatura elevada a partir deste fim de semana prosseguindo até pelo menos 27 de março em boa parte das áreas de café.

DÓLAR

O dólar comercial fechou hoje em baixa, cotado à R$5,4850 (- 1,34%).

Foi a segunda semana consecutiva de queda do dólar. Entre os motivos que ajudaram a apoiar a divisa brasileira nos últimos dias, vários analistas chamaram a atenção para a decisão do Banco Central de promover uma alta maior do que a esperada na taxa Selic, a 2,75% ao ano, mas a crise causada pelo novo coronavírus (covid-19) e também o desempenho de mercados internacionais também movimentaram o mercado.

No noticiário doméstico, o foco se voltava para o clima político em Brasília, depois que o senador Major Olimpio teve morte cerebral, de acordo com a família do parlamentar, que estava internado com covid-19. 

Ao mesmo tempo, ficava no radar a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro lançou uma ofensiva no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF) contra medidas de restrição impostas por governadores e prefeitos para conter o avanço da covid-19, após Estados e municípios terem adotado recentemente ações mais rígidas de redução de atividades para atacar o pior momento da crise do coronavírus.

No exterior, analistas disseram em nota que os mercados globais estão ensaiando "recuperação diante do recuo dos juros longos nos EUA", com a taxa do título dos EUA de dez anos caindo nesta sexta-feira para 1,6891%, após atingir um pico em mais de um ano de 1,754% na sessão anterior.

Claudio Castello Branco Ribeiro Filho/Expocaccer