25 de Março de 2020 às 07:56

Cotação do arábica na ICE* encerrou a terça-feira em alta e dólar comercial fechou em baixa

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INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta terça-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em alta, cotado à 125,60 cents/lb (+435 pontos) no vencimento maio/20, em nova alta técnica. 

O contrato “C” para a entrega de maio de 2020 teve uma acentuada subida causando um maior estreitamento da estrutura, sendo que o spread entre primeira e a segunda posição negociou à prêmio – o que não víamos acontecer desde o fim de 2011.
Dada a demanda aquecida no curto-prazo influenciada pela estocagem dos consumidores (e por consequência para os torradores que operaram no seguimento do torrado e moído, o sentimento é positivo em função da necessidade de garantia de abastecimento.
O risco de os embarques caírem vertiginosamente acelera o interesse pelos cafés “sentados’ nos portos dos destinos, sejam certificados ou não, fazendo do terminal o “provedor” de última instancia – mesmo que caibam contra-argumentos pela localização do inventário.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 122.25 e posteriormente em 118.90. Já resistências vistas em 127.50 e 129.40.

De acordo com a Somar Meteorologia, a frente fria já se afastou da costa do Sudeste e em sua retaguarda a entrada do ar mais seco agora impede a formação de nuvens de chuva nas principais áreas produtoras do Arábica, entre Paraná, São Paulo, Sul e Triangulo Mineiro. Até a sexta-feira o tempo segue seco nestas áreas e a partir do fim de semana, a formação de áreas de instabilidade no interior do Brasil, poderá provocar algumas pancadas de chuva, mas de forma localizada e com baixos acumulados. O acumulado até o domingo não alcança 20mm no Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Somente no sul da Bahia, choverá algo entre 20mm e 30mm. A temperatura deve ficar abaixo da média na semana com noites e madrugadas frias e tardes agradáveis.


DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$5,0840 (-1,01%), seguindo um maior alívio nos mercados após a nova ronda de estímulos monetários anunciados na véspera. Em um esforço global coordenado, a Alemanha lançou um pacote de estímulos de até 750 bilhões de euros, enquanto o Federal Reserve, dos EUA, adotou medidas inéditas para aumentar o crédito em toda a economia.

Além do componente externo, os juros de curto prazo recuaram após o resultado abaixo do esperado do comércio varejista em janeiro, que alimenta a possibilidade de reduções adicionais na Selic.

A queda de 1% nas vendas no varejo em janeiro, excluindo automóveis e materiais de construção, surpreendeu os agentes do mercado, que esperavam queda mais amena do indicador, de 0,4%. Além disso, o IBGE revisou para baixo as vendas no varejo de dezembro de 2019, que passaram de recuo de 0,1% para decréscimo de 0,5%. Os números não contemplam os impactos do novo coronavírus na economia.

O ambiente externo mais ameno vem diante de fortes perdas recentes em ativos de risco e de sinais de estabilização de novos casos do novo coronavírus na Itália e em outros países europeus. Apesar disso, as perspectivas para a economia global continuam bastante negativas.

Em solo europeu, os índices de gerentes de compras (PMIs) preliminares de março mostraram um recuo mais profundo do que o esperado pelos mercados. Os economistas do Goldman Sachs já revisaram suas projeções e esperam um tombo de 9% do PIB da zona do euro em 2020.

No Brasil, o Goldman Sachs também revisou sua expectativa para o PIB deste ano e cortou a projeção de baixa de 0,9% para queda de 1,6%. Na tentativa de mitigar os efeitos do novo coronavírus na atividade, o governo anunciou um pacote de socorro financeiro de mais de R$ 80 bilhões a estados e municípios.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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