INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER
CAFÉ
Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em alta, cotado à 125,35 cents/lb (+240 pontos/+1,95%) no vencimento março/21. As cotações chegaram a registrar valorizações acima dos 400 pontos mas limitaram os ganhos na reta final do pregão.
O mercado de café volta a operar de maneira mais expressiva depois de uma semana com desvalorização motivada pela movimentação do dólar ante ao real. Ainda assim, é notado um mercado mais cauteloso, uma vez que o ainda não se tem consolidado os impactos para a safra 21 do Brasil. Segundo a Conab, o café arábica deve ter uma quebra entre 32% e 39% neste ano, considerando os problemas climáticos enfrentados no ano passado e o ano de bienalidade baixa para a cultura.
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 122.77 e posteriormente em 120.18. Já resistências vistas em 127.62 e 129.88.
De acordo com a Somar Meteorologia, um bloqueio atmosférico finalmente rompe e traz a chuva forte às áreas de café. Em sete dias, estimam-se mais de 100mm no Cerrado, sul de Minas Gerais e Alta Mogiana repondo a umidade do solo. No Paraná, Alta Paulista, Zona da Mata, Espírito Santo e sul da Bahia, estima-se algo entre 20mm e 50mm. A precipitação mais intensa acontecerá a partir da sexta-feira declinando a temperatura máxima para menos de 25°C durante o fim de semana.
DÓLAR
O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$5,4480 (-0,51%), devolvendo parte de seus ganhos recentes em meio à melhora do sentimento global, em dia marcado pelas eleições no Congresso e pelos persistentes temores fiscais domésticos.
De olho nos desdobramentos para a política fiscal, o mercado começa a semana na expectativa pelas eleições para os comandos da Câmara e do Senado, com os dois candidatos publicamente apoiados pelo governo - Arthur Lira (PP-AL) para a Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) ao Senado- mantendo favoritismo.
O desfecho das eleições tem como principal promessa destravar a agenda de reformas, com a atenção dos mercados voltada à postura do governo diante da sustentabilidade das contas públicas e esperanças de que as necessidades da população em meio à pandemia sejam equilibradas com as necessidades fiscais.
Uma eventual retomada do auxílio emergencial - que foi encerrado em dezembro - tem sido objeto de discussões de candidatos ao comando das duas Casas Legislativas e deve voltar com força na agenda política no retorno dos parlamentares ao trabalho, em meio a temores de que o teto de gastos brasileiro seja furado em 2021.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a continuidade do auxílio emergencial quebraria o Brasil e teria uma série de outras consequências desastrosas, enquanto o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu que, caso o auxílio seja reeditado, haja travamento de outras despesas.
A fraqueza da divisa brasileira está associada, entre outros motivos, aos juros baixos, que deixam a moeda mais vulnerável a apostas de venda, num contexto de ampla incerteza sobre os rumos da política fiscal.
Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial
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