O delegado Regional Hamilton Tadeu de Lima concedeu entrevista coletiva a imprensa local na tarde dessa quinta-feira, sobre o homicídio duplo que vitimou o casal Areliano Fernandes da Silva 29 anos, conhecido como “Pretinho” funcionário da Farmácia da Unimed e sua mulher Valéria Rodrigues, 34 anos na residência da Alameda dos Balsamos nº 1742 - Jardim Sul II (Padre Eustáquio) - relembre aqui - no dia 07/11/2015, por voltas das 03h:00m.
Sobre o jovem Gustavo Gonçalves Ferreira, 22 anos, ter sido considerado suspeito num primeiro momento - Leia Aqui - foi pelo fato dele ter tido um caso com a vítima, segundo o delegado regional Dr.Hamilton Tadeu de Lima. No dia do crime ele e um primo, de nome Lucas, trabalhador rural, estiveram bebendo até às 2 horas da manhã num bar da cidade e depois foram até a porta da casa das vítimas pouco antes do crime. O delegado explicou que houve muitas contradições na versão do jovem, o que reforçou a suspeita.
Sobre ter chegado ao réu confesso, Adilson “Paraíba” é porque ele morava nos fundos, onde há um pequeno comércio e Valéria sempre “correr” para lá quando discutia com Areliano.
O delegado disse na coletiva que acredita que Adilson “Paraíba” (foto a direita) tem tido um caso com a vítima, o que ele nega.
O acusado disse em “off” a nossa reportagem que não teve caso nenhum com a vítima e que no dia do crime ela esteve bebendo no seu comércio, que depois foi para casa, que ele ouviu a discussão e “tomou as dores” de Valéria. Disse ainda que estava bêbado, o que lhe encorajou a ser armar com revólver .38 e foi até a casa, encontrando o portão aberto entrou e já foi logo atirando. Sobre ter matado Valéria, ele também disse que estava atirando contra Aleriano “Pretinho” e Valéria entrou na frente e ele continuou atirando.
Só que a cena do crime (foto acima) mostra Pretinho caído no corredor e supostamente foi atingido primeiro, pelas costas. Valéria no banheiro com um tiro na cabeça e um de raspão no ombro. Portanto não teria como Valéria ter entrado na frente.
Um outro suspeito de nome Rodrigo, que teria ido atrás de Paraíba para ver o que estava acontecendo também foi atingido com um tiro na perna, apurou a Polícia Civil. Segundo o delegado ele correu, foi para casa e posteriormente foi procurado por Paraíba que lhe pediu para não contar nada para ninguém. Depois o acusado voltou para a casa e disse a mulher "fiz uma besteira!.
O delegado vai pedir o "exame de corpo delito" de Rodrigo, que foi atingido na perna.
Logo após conceder entrevista a imprensa local, o acusado Adilson “Paraíba” se despediu de todos e saiu livre pela porta da frente da delegacia sob os olhares dois policiais, pois não está preso em flagrante.
Sobre um pedido de prisão preventiva do réu confesso, o delegado afirmou que não irá interferir no trabalho do Judiciário e do Ministério Público, que apenas vai fazer sua obrigação, que é concluir e enviar o inquérito.
Dr.Fabricio Santos (Salitrinho - foto a direita) advogado do primeiro suspeito, hoje livre das acusações, Gustavo Gonçalves Ferreira, 22 anos (foto a esquerda), parabenizou a atuação da Polícia Civil por ter descoberto o verdadeiro culpado, mas disse que sempre acreditou na inocência do seu cliente. Aproveitou também para enfatizar: “Quero dizer a toda sociedade que Gustavo é pessoa de bem, honesto e trabalhador, filho do motorista da Prefeitura, Zé Maria e que
não teve nenhuma participação no crime. Ele pode continuar andando de cabeça erguida pela cidade”.
Sobre a Polícia Civil num primeiro momento tê-lo apontado como suspeito, Dr.Fabricio isentou a corporação de qualquer erro e elogiou o trabalho da PC dizendo que estava fazendo seu trabalho investigativo.
O delegado Hamilton Tadeu de Lima foi enfático: "Gustavo deu foi é sorte de não concluir-mos o inquérito sem aprofundar as investigações que levaram ao principal culpado e ré confesso: Adilson Paraíba".
Veja abaixo o vídeo com o Advogado de Defesa, Dr.Fabricio, do primeiro suspeito, inocentado, Gustavo Gonçalves Ferreira.