Fonte: Band Jornalismo foto: Reprodução
A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu nesta quarta-feira (31) o inquérito policial que apurava as circunstâncias das mortes de quatro pessoas em 1º de janeiro na rodoviária de Balneário Camboriú. Duas pessoas foram indiciadas por quatro homicídios culposos.
O proprietário de uma oficina de Aparecida de Goiânia, em Goiás, de 35 anos, e um funcionário, de 48 anos, vão responder por quatro homicídios culposos, quando não há a intenção de matar, por imperícia.
“O procedimento foi encaminhado para análise do Poder Judiciário e do Ministério Público, a fim de dar andamento à fase processual persecução penal”, declarou a Polícia Civil.
As perícias realizadas pela polícia científica concluíram que a causa das mortes foi asfixia provocada pela inalação de monóxido de carbono que vazou através da ruptura de uma peça, denominada downpipe, e adentrou na cabine do veículo por meio do ar condicionado.
“Os peritos concluíram que a peça, a qual foi instalada em substituição ao catalisador do veículo, foi produzida e montada de forma precária e divergente dos padrões de qualidade do fabricante”, informou a Polícia Civil.
Segundo a investigação, a peça que rompeu foi instalada em uma oficina de Aparecida de Goiânia, em Goiás, no mês de julho de 2023, e que o serviço foi realizado por um indivíduo de 48 anos, sem qualquer formação técnica, e sob a supervisão e controle do proprietário do estabelecimento, de 35 anos.
Histórico do caso
Os quatro jovens – de 16, 19, 21 e 24 anos – morreram depois de serem encontrados desacordados dentro da BMW na manhã de segunda-feira (1º), após as festas da virada de ano, na rodoviária de Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina. O grupo era natural de Paracatu, em Minas Gerais e ia encontrar com a namorada de um deles.
Segundo informações da sobrevivente, o grupo composto pelo namorado e mais três amigos tinha se mudado para a Grande Florianópolis há um mês e esperava por ela, que vinha de ônibus de Minas Gerais para Balneário Camboriú. Quando chegou ao local, ela encontrou as quatro vítimas passando mal e suspeitando de intoxicação alimentar.
O grupo, então, preferiu aguardar alguns minutos dentro da BMW para ver se melhoravam antes de seguir viagem.