O noticiário brasileiro não cansa de repetir que estamos em crise. Consciente que os governos municipais, estaduais e federal têm tomado medidas para conter uma série de erros que andam atrapalhando as finanças do país, tem a sensação que a crise é permanente. Ou será que a crise é mais ética do que econômica?
A palavra crise nos dá uma sensação de desamparo, desalento. Temos medo do que virá! Na lógica do mercado as economias vivem de renda e capital, mais no campo da moral e da ética estamos em crise há bastante tempo. O ser precisa superar seus dramas existenciais e vencer a batalha da crise interna.
Quando presenciamos situações que envolvem nossas relações e o nosso diálogo interior vamos notar que a crise é mais interna do que externa.
Com as transformações do mundo moderno, muitas coisas tornaram-se obsoletas, outras extremamente importantes em nosso cotidiano. Haja vista, os aparatos tecnológicos. Estamos numa era conectada e globalizada. Por outro lado, as crises econômicas, política, têm demonstrado de forma avassaladora que as pessoas usam do poder para perpetuar e dilapidar o que é público. Ou seja, o país pode estar em crise, mas a culpa não é de uma pessoa ou de um agente só, mas sim de um todo, que não cansa de persistir no erro.
É notório que a inflação do Brasil alcançou números expressivos, mas não podemos esquecer que nossa democracia é recente. Todo país passa por ciclos, e o Brasil não é diferente, afinal, a crise é mais densa do que imaginamos.
Em certos momentos da vida temos a sensação que a crise é para sempre. Não é! Ela nos possibilita aprender, digamos que para nós cristãos a esperança é a certeza de dias melhores. A autorreflexão é necessária, tenho ajudado a superar as crises que aparece? Ou tenho omitido?
Essas perguntas nos ajudam a fazer uma análise responsável das nossas atitudes, pois somos condutores da nossa própria vida.
Assim, a crise apresenta suas facetas: no trabalho, nas instituições, nas pessoas, ela assume um papel avassalador, de destruir o que está errado, e construir uma nova era de oportunidades, tanto no campo social como no econômico.
A crise não é o fim das nossas vidas, por isso assumamos nosso dever de realizar o bem, e acima de tudo de promover a paz, o amor, e a felicidade.