11 de Agosto de 2015 às 14:23

Exame de DNA exclui paternidade dos gêmeos assassinados

Informação é do advogado de Matusalém; ele usará resultado em audiência. Acusado foi indiciado e está preso no interior paulista.



UBERABA - Exame de DNA feito nos restos mortais dos gêmeos Ana Flávia Marquez Gianvechio e Lucas Alexandre Marquez Gianvechio excluiu a paternidade de Matusalém Ferreira Júnior. A informação é do advogado Marcos Fernandes Júnior, responsável pela defesa do réu. Ele teve acesso ao exame, recém-anexado aos autos do processo, que tramita na Comarca de Igarapava (SP). Ainda segundo o advogado, o laudo também exclui a paternidade do acusado de executar o crime, Antônio Moreira Pires, vulgo “Pedrão”.

As vítimas foram assassinadas em fevereiro deste ano. A mãe das crianças, Izabela Marquez Gianvechio, de 22 anos, morreu com um tiro na cabeça, no meio de um canavial, à margem da rodovia José Schavoleto, município de Aramina (SP), e os gêmeos, de um mês e meio, também foram mortos a tiros em um matagal à margem da mesma rodovia.

No dia 16 de junho, o corpo dos gêmeos foi exumado em cumprimento de carta precatória expedida pela Justiça Estadual de São Paulo. Todo trabalho foi realizado pela Polícia Civil, sob o comando do delegado regional Francisco Eduardo Gouveia. Na ocasião, equipe da PC paulista acompanhou a exumação, que aconteceu no cemitério São João Batista. 

O advogado informa que o resultado negativo do exame de paternidade pode favorecer a defesa dos réus, principalmente de Matusalém, em alguns agravantes relacionados ao crime.

 Na próxima sexta-feira (14), os dois acusados serão ouvidos em juízo na comarca de Igarapava, em uma audiência de instrução e julgamento, marcada para as 14h. Eles virão da Penitenciária Doutor Augusto César Salgado, no município de Tremembé (SP), onde se encontram presos preventivamente. Ainda ontem, o advogado tomou ciência da audiência por meio de uma citação. “Esta será a primeira vez que eles {réus} serão ouvidos perante o juiz”, informa. Na oportunidade, a defesa pretende arrolar uma testemunha que pode falar a favor do réu. Ele teria provas que os pagamentos feitos por Matusalém são por obras realizadas por “Pedrão”. “Está tudo documentado. Nunca houve pagamento para matar ninguém”, diz.

A reportagem procurou o assistente de acusação, o advogado Victor Rachid Daher, que disse desconhecer o resultado do exame de DNA e optou por não se manifestar. “Ainda não tive acesso ao documento”, afirmou. Ele apenas confirma a audiência, que acontece na sexta-feira, onde também estará presente.

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