PATROCÍNIO (MG) – O Samu e a Polícia Militar foram acionados na tarde desta quarta-feira, 8/10, para atender a uma ocorrência de intoxicação acidental em uma fazenda próxima à BR-365, sentido ao distrito de São João da Serra Negra, na zona rural de Patrocínio.

Segundo informações da Polícia Militar, que esteve no local e na Santa Casa, uma família e amigos de quatro pessoas foram fazer um almoço, e a responsável colheu o fumo-bravo, que é tóxico, imaginando ser couve e refogou o vegetal. A planta suspeita é a Nicotiana glauca, que pode ser confundida com couve, conforme apurado pelo setor de toxicologia e a equipe da UTI da Santa Casa. Eles ingeriram no almoço, começaram a passar mal e acionaram o Samu.

O Samu inicialmente informou aos bombeiros que era uma ocorrência de intoxicação, que caiu no sistema, tendo os militares do Corpo de Bombeiros se deslocado.

Os bombeiros chegaram ao local, observaram que a ocorrência era grave e acionaram a USA do Samu. O atendimento foi feito também pela equipe da Unidade de Suporte Básico (USB), que conduziu um dos pacientes ao Pronto-Socorro Municipal. Os outros dois foram levados para a sala de emergência da Santa Casa.

Todos os adultos consumiram o alimento, enquanto um bebê de um ano e seis meses, que também estava presente, não chegou a comer. Segundo informações, ele é filho da mulher de 38 anos envolvida no caso.

Uma mulher de 38 anos passou mal e foi socorrida às pressas. Segundo informações iniciais, ela sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi reanimada pelos bombeiros após a realização de manobras de RCP. Já dois homens, de 60 e 67 anos, além de outro cuja idade não foi divulgada, foram encaminhados para o Pronto Socorro e devido à gravidade encaminhados para a Santa Casa. As três pessoas estão entubadas. Um dos pacientes, no entanto, apresentou melhora e não está mais entubado, o que foi considerado uma notícia positiva pelas equipes médicas.

As vítimas foram levadas para a Santa Casa e para o Pronto-Socorro Municipal. Dois dos pacientes que estavam na sala de emergência da Santa Casa foram transferidos para leitos de UTI após estabilização do quadro clínico. O atendimento foi considerado eficiente e articulado entre as equipes do SAMU, Corpo de Bombeiros e hospitais.

A Polícia Militar está realizando diligências para apurar as circunstâncias do caso, que ainda é tratado como preliminar.

O sargento Pedro do Corpo de Bombeiros alertou durante entrevista que a população deve evitar o consumo de plantas sem identificação, pois isso pode causar graves intoxicações. A orientação médica é de que, em casos de suspeita de ingestão de substância tóxica, não se deve induzir vômito nem ingerir leite ou outras bebidas caseiras. A recomendação é procurar imediatamente o atendimento pré-hospitalar (APH) como o SAMU ou o Corpo de Bombeiros.

A médica do SAMU, Dra. Luísa Babilônia, alertou que as pessoas não devem consumir alimentos ou plantas sem ter certeza da sua identificação. Segundo ela, se houver qualquer dúvida sobre o que está sendo preparado ou servido, a recomendação é não consumir.

Caso alguém ingira algo por engano e apresente sintomas indesejados, deve-se procurar imediatamente o atendimento médico mais próximo, como o Samu, Corpo de Bombeiros ou um Centro de Saúde.

Ela também orienta que, em situações de intoxicação, não se deve induzir o vômito, nem oferecer leite ou outras bebidas, pois esses procedimentos caseiros podem agravar o quadro clínico.

Dra. Luísa reforça a importância de acionar rapidamente a equipe de Atendimento Pré-Hospitalar (APH), como o SAMU, que pode realizar o atendimento de forma adequada e segura.