A Fiat lançou nesta segunda-feira, 15 de fevereiro, a picape Toro. Desenvolvido, desenhado e produzido no Brasil, o projeto é considerado pelos principais executivos da empresa como um “divisor de águas na história recente” da marca. O modelo chega ao país com duas opções de acabamento (Freedom e Volcano) e quatro diferentes conjuntos mecânicos (incluindo dois motores, três câmbios e duas opções de tração). As vendas começam ainda este mês, com preço inicial de R$ 76.500; a versão topo de linha é tabelada em R$ 116.500.
A picape chama atenção pelo porte, que promete ser boa alternativa para quem quer dirigir uma picape nas grandes cidades, sem ter que apelar para um carro com mais de 5 metros de comprimento. Outro ponto positivo é o espaço, suficiente para quatro pessoas com conforto de SUV. Os pontos negativos são a direção elétrica, que poderia ser mais direta em altas velocidades, e a tela multimídia, pequena demais para um carro desta faixa de preços.
Versões e equipamentos
- Fiat Toro Freedom 1.8 flex (câmbio manual de 6 marchas, 4x2): R$ 76.500
- Fiat Toro Openning Edition 1.8 flex (manual de 6 marchas, 4x2): R$ 84.400
- Fiat Toro Freedom 2.0 diesel (manual de 6 marchas, 4x2): R$ 93.900
- Fiat Toro Freedom 2.0 diesel (manual de 6 marchas, 4x4): R$ 101.900
- Fiat Toro Volcano 2.0 diesel (automático de 9 marchas, 4x4): R$ 116.500
De série na configuração Freedom, há direção e trio elétrico, volante com regulagem de altura e profundidade, rádio com Bluetooth e entrada USB, computador de bordo, banco do motorista com regulagem de altura, ar-condicionado, revestimento de tecido, quadro de instrumentos com tela de 3,5 polegadas, lanterna traseira de neblina, sensor de estacionamento traseiro, piloto automático.
As rodas são de 16 polegadas, mas o ponto negativo é que são de aço. Para ter rodas de liga-leve, é preciso comprar como opcionais, ainda sem preços definidos. O mesmo acontece com o sistema multimídia com tela de 5,6 polegadas sensível ao toque e com GPS, vendido dentro de um pacote tecnológico. O pacote de itens de segurança é bom e inclui sistema Isofix para prender cadeirinhas infantis, controles de tração e estabilidade, três apoios de cabeça traseiros e três cintos de segurança de três pontos no banco de trás.
Os principais diferenciais da versão topo de linha Volcano são ar-condicionado de duas zonas central multimídia com tela sensível ao toque de 5,6 polegadas e sistema GPS, câmera de ré, faróis de neblina, iluminação de caçamba, quadro de instrumentos com tela colorida e maior, de 7 polegadas, retrovisores com repetidores de setas, rebatimento e sistema tilt down, volante revestido de couro, segunda tomada 12V, segunda entrada USB e seis alto falantes. Há, ainda, detalhes cromados na carroceria, retrovisores na cor do carro, barras longitudinais no teto e rodas de liga-leve de 17 polegadas com pneus de uso misto. A Toro Volcano também conta com assistente de partida em rampa e de descida em ladeiras. Veja a lista completa de itens de série e opcionais das duas versões ao fim do texto
A picape vai chegar às lojas com uma edição especial e limitada, batizada de Opening Edition. Baseada na configuração 1.8 Freedom, ela conta com câmbio automático de seis marchas, tração 4x2 e tem como diferenciais a instalação de opcionais, como roda diamantada, grade cromada, maçanetas e retrovisores na cor do carro, tela multimídia, câmera de ré, segunda entrada de USB e segunda toamda 12V, sensores de chuva, eletrocrômico e crepuscular, entre outros. Além disso, haverá alguns detalhes exclusivos de customização que identificam a versão, tanto no interior quanto no exterior do carro. Essa configuração é tabelada em R$ 84.400.
Tamanho e espaço interno
Um dos principais argumentos da Fiat para tentar emplacar a Toro está no tamanho do carro. Ela tem 4,91 metros de comprimento, 1,84 m de largura e 1,74 m de altura. A distância entre-eixos é de 2,98 m e o vão livre do solo é de 20,2 cm. Na prática, a Toro tem bom espaço para quatro passageiros e mesmo um quinto passageiro viajando no centro do banco traseiro não sofre tanto. Isso porque o túnel central não é dos mais altos. Com boa distância entre-eixos, o conforto de quem viaja atrás é semelhante ao de carros de passeio, já que o encosto não teve que ser muito verticalizado, como acontece em projetos como o do Renault Duster Oroch.
Por falar na Oroch, tanto ela quanto a Toro ocupam uma fatia intermediária quando o assunto é tamanho, em relação às outras picapes vendidas atualmente no nosso mercado. Isso porque a Fiat Strada (líder entre as menores) tem 4,43 m de comprimento e 2,71 m de entre-eixos; a Oroch mede 4,69 m e tem 2,82 m de entre-eixos; já a Chevrolet S10 (líder entre as maiores) esbanja longos 5,34 m e 3,09 m de entre-eixos. Para se ter uma ideia melhor, a Toro é pouco maior do que a Chevrolet S10 de 1997, que media 4,85 m.
No geral, a Toro e a Oroch entregam dirigibilidade semelhante, mais parecida com a de SUVs do que com a das picapes tradicionais. A grande diferença fica por conta da oferta de tração integral e câmbio automático (pelo menos temporariamente indisponíveis no modelo da Renault) e acabamento, bem mais simples na Oroch. O espaço interno é outra diferença importante, já que a picape da Renault tem menor entre-eixos, então o encosto traseiro teve que ser verticalizado para compensar a falta de espaço. O resultado é menos conforto para quem viaja atrás na Oroch. Apesar de ser uma picape, a Toro quer ser um carro essencialmente urbano e espaçoso, por isso não será fabricada com cabine simples ou estendida.
TIPOS DE AÇO USADOS NA FABRICAÇÃO DA FIAT TORO (FOTO: AUTOESPORTE)