20 de Janeiro de 2022 às 14:57

Gaeco investiga clínicas em Uberlândia e SP pelo implante de silicone em travestis e mulheres trans em ambientes inóspitos, precários e sem qualquer critério adequado

Operação desencadeada pelo GAECO e a Polícia Militar numa ação conjunta em Uberlândia

 

Com informações Gaeco de Uberlândia/MG foto: Ilustração/Divulgação

O Ministério Público de Minas Gerais, através do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de Uberlândia/MG, em nota, comunicou à imprensa a deflagração da 4.ª fase da operação Libertas, destinada ao cumprimento de mandado de busca e apreensão em mais um alvo dessa operação, agora do Núcleo Médico.

Após a deflagração da 3.ª fase da operação, os órgãos de investigação chegaram a um núcleo médico, responsável pelo implante de próteses de silicone supostamente sem anestesia, em ambientes inóspitos, precários e sem qualquer critério adequado, tudo mediante prévio ajuste com a líder do esquema de exploração que existia nesta cidade.

As informações dão conta da existência de duas clínicas responsáveis pelo implante de silicone em travestis e mulheres trans, a primeira localizada em Taboão da Serra/SP, que já foi alvo de investigações recentes naquele Estado, e outra nesta cidade de Uberlândia/MG.

Segundo provas colhidas, há relatos de que o procedimento cirúrgico em Uberlândia/MG era realizado em regime ambulatorial, sem anestesia adequada e profissional especializado, inclusive algumas travestis e trans alegaram sofrimento durante o procedimento.

A referida clínica foi alvo de fiscalização pela Secretaria da Vigilância Sanitária, ocasião em que foi interditada pelo fato de realizar procedimento de alto risco sanitário sem licenciamento.

Daí então, a equipe de investigação do Ministério Público constatou que o alvo da investigação passou a transportar documentos para outros imóveis, razão pela qual foi interposta medida cautelar, a fim de identificar todas as possíveis vítimas do médico.

Durante o cumprimento do MBA, foram apreendidos prontuários médicos, documentos diversos, 2 (dois) aparelhos celulares e HD interno. Na sequência, serão ouvidos os funcionários da clínica médica e analisado o material apreendido.

Os mandados foram cumpridos por Militares da 9ª RISP.

Os Promotores de Justiça não concederam entrevista.

GAECO de Uberlândia/MG