Praticamente, uma semana após anunciar na imprensa, seu afastamento da Secretaria Municipal de Cultura, “para apurar supostas irregularidades”, Sebastião Guimarães Cortes, surpreende ao aparecer em Portaria divulgada em 21/02/2015, no jornal Folha de Patrocínio, solicitando ao prefeito Lucas Siqueira a sua exoneração do cargo de secretário.(Foto Patrocínionline)
DENÚNCIA
Por enquanto, nem o prefeito, nem o ex-secretário se pronunciaram sobre a decisão, tudo indica, porém, que realmente a motivação seria as denúncias, apresentadas, a algumas personalidades, imprensa e redes sociais, pela presidente do Conselho de Cultura, Mônica Nunes. No texto distribuído á imprensa, a conselheira, afirma que em reunião realizada em 03/ 02/2015, com os demais membros apresentou o assunto que reputou como grave. Afirma ela que no segundo semestre de 2014, o atual secretário, Sebastião Cortes, realizou compras em um estabelecimento comercial, (não revelado na denúncia) anotando para a Fundação Casa da Cultura, o valor que ultrapassou R$ 5 mil reais, não sendo pago até aquela presente data. A conselheira, revela ter encaminhado a documentação para o vice- prefeito Betinho, para o Presidente da Fundação, João Batista e tentou se encontrar como prefeito Lucas que, na ocasião estava viajando. Não disse se o próprio secretário tomou antes conhecimento desta situação.
SURPRESA
Pouco depois falando á imprensa em tom de defesa, Sebastião Cortes, disse que as informações eram desencontradas e pediu ao prefeito Lucas, que autorizasse uma Comissão de Sindicância para a devida apuração dos fatos. E para que, segundo ele, houvesse liberdade total na condução dos trabalhos da comissão, pediria o afastamento temporário de sua função. Até então, tudo dentro do figurino. Até que circulou outra surpresa. Lado a lado, na mesma página do Jornal do Alex Guimarães, que, propositadamente estampava os nomes de Fernanda Fonseca Rodrigues - Contador; Helena Alves Pires Nunes - Agente Administrativo e Marcela Teixeira de Lima - Agente Administrativo, como membros da comissão, com a tarefa precípua de apurar as supostas irregularidades, vinha a publicação do pedido de exoneração do secretário Sebastião Cortes.
PERSEGUIÇÃO?
Com a intensa repercussão, sobretudo em redes sociais, o fato, ao que parece, ganhou contornos de um movimento conspirativo, contra a gestão do secretário, fugindo da intenção original, que, tudo indica, pedia meramente explicações do ocorrido. Em algum momento, Mônica, a autora das denúncias, se queixou que o tema estaria sendo desvirtuado e explorado indevidamente. Com isto, o ex-secretário, econômico em explicações, chegou a reclamar de que até sua família vinha sofrendo perseguição devido a exposição intensa do fato.
CASO DE POLÍCIA
Em menos de duas semanas o fato foi ganhando novos ingredientes. Na terça - feira de Carnaval, o jornalista Marcelino Araujo, um dos que tomou ao pé da letra as denúncias, postando-as, inclusive, em sua comunidade no Facebook, para curtidas compartilhamentos e comentários, disse ter sofrido ameaças do secretário, que veio ao seu encontro, enquanto fotografava a situação deplorável do Casarão histórico da Praça Matriz. (Casa da Cultura ou Museu Profº Hugo, que diga-se de passagem: prestes a desabar) Segundo o jornalista sofreu ameaças e intimidação, cujo desfecho acabou em um Boletim de Ocorrência.
CIDADÂO DE BEM
Em consonância com a nossa Constituição, cujo preceito da "Presunção da Inocência" diz que “até que se prova o contrário, todo acusado é inocente” È o caso do secretário e as denúncias em questão. Até onde se sabe, ninguém tentou (nem teria como) lhe retirar o amplo direito de defesa. Expediente, o qual ele fez pouco uso. Diante das denúncias deflagradas, ao que parece, preferiu se retrair e se retirar. Achamos de bom alvitre, no entanto, reiterar que o ex-secretário de cultura, é membro de família tradicional na comunidade patrocinense, professor de alto conceito, diretor de escola bem requisitado, (14 anos frente a direção do Colégio Olimpio dos Santos) ser humano da melhor qualidade e cidadão de bem. Possuidor de muito crédito na socidedade. Tendo a gestão na secretaria arranhada pelas referidas denúncias, não quis aguardar o desenlace das apurações, achou por bem, pedir sua exoneração, surpreendendo, quem esperava que enfrentasse a situação, trazendo ele próprio as respostas de forma convincente.
OUTRA BAIXA
É a terceira baixa, na pasta da cultura local nas duas gestões consecutivas de Governo Lucas. Em Setembro de 2013, Patrocínio foi tomado de surpresa também com o pedido de exoneração do Secretário Municipal de Cultura Flávio Arvelos. Talentoso artista do teatro, Arvelos, vinha desenvolvendo um trabalho estrutural, prestigiando todos os seguimentos e manifestações culturais existentes no município. Cito como exemplo a oficina de criação cinematográfica e audiovisual, promovida com sucesso pela SEMUC, é um exemplo do apoio a igualdade de gêneros e diversidade cultural. Buscou com unhas e dentes criar o Conselho Municipal de Cultura e inserir o município no Programa Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, seria um grande avanço. Era, também projeto do ex-secretário colocar o acervo fotográfico e documentário do Museu Profº Hugo Silveira com acesso online. Revelou-nos, certa feita que tinha sobre a mesa um arrojado projeto. Pretendia construir um Teatro Municipal Multiuso. Sonhava com a aquisição do antigo Cine Rosário, caso não fosse possível superar alguns entraves para aquisição do nobre espaço, iria propor e lutar para a erguer um Teatro Municipal á altura de nossa city... De repente, Flávio Arvelos, pediu exoneração da pasta, disseram no discurso oficial, prefeito e ex-secretário, que seria para tratamento de saúde. Sem mais detalhes, até hoje. Analisando este quadro todo, um superticioso diria: "Parece que tem caveira de burro enterrado nesta história".
Em lugar de Flávio Arvelos, assumiu interinamente, o funcionário João Batista, bem indicado para os desafios do momento, ainda mais com o ex-secretário Flávio Arvelos, afirmando que havia um planejamento a ser seguido e que, além do mais, ele estaria na retaguarda dando todo suporte ao interino. Tudo caminhava conforme Deus era servido. alguns meses depois, o Profº Sebastião Guimarães Cortes, era anunciado como secretário titular da pasta.
SOMENTE UM ANO
O novo secretário assumiu a pasta em Fevereiro de 2014, sem nenhum rompante, mas bastante motivado. Em sua fala na posse disse: “Sinto-me lisonjeado pelo convite e confiança do nosso prefeito em meu trabalho. Assumo esse novo desafio em minha vida profissional com muita disposição e compromisso de realizar o melhor para o povo de Patrocínio. Estarei sempre aberto a críticas construtivas e a sugestões”. Neste um anos, sob o olhar leigo e para quem já se conformou com a cultura, em fogo baixo, tudo parecia transcorrer normal. Para um setor de orçamento acanhado, tudo parecia de bom tamanho. Um evento esporádico na praça, apoio distribuído ao Conservatório de Musica; Biblioteca Pública Municipal; Corporação Musical, Abel Ferreira; Academia Patrocinense de Letras; Fundação Casa da Cultura, mantenedora do Museu Profº Hugo Machado da Silveira, com diversas atividades culturais internas. Até que em dado momento as denúncias sobre irregularidades eclodiram, como o baque de uma pedra tirada nas águas de um lago.
CORAGEM
No caso em evidência, há que ressaltar a coragem da Presidente do Conselho de Cultura, Mônica Nunes, no ato de tornar pública as denúncias. Prestação de contas no ato, na ponta da língua. Esta é a nova tendência, novo formato institucional, nova relação Sociedade/Poder Público. Aquele que assume cargos públicos deve saber dar conta a tempo e a hora de todas os seus atos.com absoluta transparência. A sociedade em rede, vai aprendendo a cobrar os seus direitos básicos de informação. Só não podemos cair na febre do denuncismo. O bom senso e o diálogo dever sempre prevalecer. A sociedade e o Poder Público devem ser coadjuvantes no processo de fortalecimento da democracia. "O seu papel e de toda sociedade civil é esse: fiscalizar e cobrar. O papel do agente público é ser transparente e ter explicações convincentes para seus atos" (Jaques Silva ex-diretor do Conservatório de Música, via Faceboock) voltando ao caso do ex-secretário, poderia ter permanecido, afinal não eram, apenas "informações eram desencontradas?
NOMES
Como aficionado por explosões de ideias, intui de perguntar, á nossa rede de amigos no Facebook: “Quem poderia (ou deveria) ser o novo Secretário Municipal de Cultura de Patrocínio” inclusive, com a audaciosa pretensão de que a resposta chegasse até o nosso prefeito Dr Lucas, portanto alguma luz para futuras decisões...
O papo rendeu a ufa.. na verdade, um termômetrozinho da trepidante questã... Com exceção da inclusão do meu nome, a qual, fico lisonjeado, agradecido, felizão mesmo e até digo, com um quê de orgulho, que transbordo de amor por nossa cidade e respiro o ambiente cultural, muito antes de muitos. Mas, sinceramente, confesso que minha contribuição para o momento, não teria nenhuma expressividade, estamos falando, de uma empreitada séria, para tal, precisamos de uma pedra de canto...Um gestor cultural do metier, agregador, com credibilidade, livre trânsito, visionário, profissional de fato....Como aficionado por explosões de idéias.
Warley Augusto Romão, sugere o JORNALISTA ANTÔNIO AUGUSTO, por que não? (Lembrando que ele declarou seu voto ao Dr Lucas/Betinho)... Monica Othero Nunes, acha que cadeira deve esfriar, para uma ação focada com coerência e transparência do prefeito. Pergunta pela diferenciação estatuaria de Fundação Casa da Cultura e Secretaria Municipal de Cultura, criada na gestão Afrânio Amaral.. Monica sugere o nome de CLEIDE BRITO, MARIA NUNES CALDEIRA E BRÍGIDA BORGES...Lindão Skatebornig, sugere, PAULO BORGES. O ativista cultural, Marcelino Marques de Araújo, sugere CARLOS IBRAHIM DAURA, totalmente inserido no contexto atual... Jaques Silva, conhece os meandros, fala de projetos estruturantes, diz , que não faltaria nomes, se houvesse um compromisso do atual governo com uma gestão moderna, democrática e transparente na Cultura...Flavio Reis deixou sua opinião, diz que o nome ideial, para um novo projeto cultual não passa por aqueles que se envolveriam com esse grupo político... Monica Nunes diz que Dr Lucas quando fizer a sua escolha não vai levar em consideração nada do que aqui é comentado, “no máximo um assessor ou vereador próximo "corre " uma leitura”...Bom, também entramos na roda e sugerimos os nomes de LUIZ ANTÔNIO COSTA, JOSÉ ELOI, ALBERTO SANARELLI, BRIGIDA BORGES PEREIRA, FAUSTO SILVA DE QUEIROZ,(que em 2001 já foi presidente da Fundação Casa da Cultura) JOSÉ MARIA CAMPOS, MARCELINO MARQUES DE ARAUJO, FLÁVIO ALMEIDA, ANTÔNIO DIAS CALDEIRA, JAQUES SILVA, MARTA PERES, MÔNICA NUNES e PROFº SIMÃO PEDRO DE LIMA...Todos escolhidos a dedo. Este último, Dr Lucas, daria um salto de qualidade em nossa cultura...mais aí seria sonhar demais...