No dia 05/02/2024, as 20:09, em acompanhamento à rede de rádio, uma equipe GER 32421 da PM,  da PM tomou conhecimento de um Homicídio Tentado quando se deslocou  para a Rua Doméstica, no bairro Planalto, em Uberlândia. Chegando ao local, deparam-se com a esposa da vítima, um homem que foi baleado no pescoço e no peito por um homem alto e magro, vestindo calça jeans e blusa azul com detalhes em branco, evadindo-se logo após, em direção à Avenida K.

A vítima foi atendida no PS da UFU e encontra-se em procedimento cirúrgico.

Foram informados pela equipe BM e CPU, em afirmação também feita pela vítima e sua esposa, durante os procedimentos realizados pelo bombeiro, que o suspeito, de 29 anos, seria o responsável pelo atentado, devido a uma dívida de aproximadamente 245 mil reais, parte dela com vencimento para o dia. Segundo a esposa da vítima, o suspeito estava em deslocamento para o local e falando com a vítima no momento em que foi chamado no portão. Ao atender, foi alvejado por dois disparos de arma de fogo, sendo socorrido ao PS da UFU.

Durante o atendimento, a equipe do Corpo de Bombeiros Militar recebeu a informação da própria vítima de que o suspeito teria tentado contra sua vida. Tal informação foi ratificada pela vítima na presença da equipe policial durante o atendimento médico no pronto-socorro do Hospital de Clínicas da UFU.

Após tentativas de localizá-lo, o suspeito fez contato no local dos fatos, questionando o que ocorreu, apresentando certo grau de surpresa ao tomar ciência dos fatos.

Questionado sobre sua possível participação no evento criminoso, negou, alegando, inicialmente, que passou o dia todo trabalhando com entregas de suplementos em vários pontos da cidade. Informou que, no início da noite, faria contato com a vítima para acertar uma dívida que possuía com ela. Todavia, teve um dos pneus do veículo furado e houve a necessidade de acionar um guincho para encaminhar o veículo até sua residência, onde ficou até deslocar-se para o local do fato e fazer contato com as equipes policiais.

Informou ainda que, por volta das 20h, estava em uma videochamada com a vítima quando ouviu algumas batidas no portão e, em seguida, ouviu disparos de arma de fogo e gritos com pedidos de socorro.

Como forma de comprovar suas alegações, forneceu seu próprio telefone, concedendo total acesso (inclusive informando a senha de desbloqueio), ressaltando que poderiam verificar as conversas e ligações, comprovando que estava em outro local no momento do crime, durante a videochamada com a vítima. Entretanto, uma das equipes policiais deslocou-se até o endereço do suspeito e realizou contato com a esposa dele. Ela informou que seu marido havia chegado há pouco tempo dirigindo o veículo e, logo em seguida, saiu de casa com um amigo, sem fornecer mais dados.

Tal informação contradiz o que foi informado pelo suspeito, que disse ter enfrentado problema em seu veículo e chegado em sua residência com seu veículo transportado por guincho.

Com a autorização e orientação do suspeito, as equipes tiveram acesso ao seu aparelho telefônico, onde foram observadas algumas conversas que convergiam com o homicídio.

Uma delas apresenta uma conversa onde solicita um medicamento tipo anestesia geral.

Dessa maneira, deslocaram-se até o endereço do suspeito, onde foi possível encontrá-lo no local. Em primeiro momento, negou conhecer a vítima e ter relação mais próxima com o autor. Contudo, confrontado com as informações que já haviam arrecadado, informou que pegou a quantia de trinta e cinco mil reais com a vítima a pedido do autor. Que toda a quantia foi repassada para o autor, mas este já estava atrasado com o pagamento.

Acrescentou ainda que o autor pediu para que guardasse uma arma de fogo tipo revólver calibre .38 há aproximadamente três meses. Todavia, nessa data, autor e um outro indivíduo (com tornozeleira) realizaram contato em sua residência e, além de deixarem alguns suplementos, tomaram posse do mencionado revólver, com a alegação de que poderiam precisar.

Por meio de imagens de câmeras de segurança no local, foi possível confirmar a presença do veículo com as características do suspeito em frente à residência às 14h47. Tal situação foi negada pelo suspeito, mas, posteriormente, foi por ele confirmada, alegando apenas que foi deixar alguns suplementos sem saber de qualquer situação envolvendo arma de fogo. Também negou que estava acompanhado de outra pessoa, contudo, confrontado com as imagens, disse ser um amigo cujo nome não se recorda.

As equipes realizaram levantamentos e identificaram o indivíduo, sendo possível localizá-lo e abordá-lo na Rua do Adolescente.

Segundo a PMMG, “merece destaque aqui o fato de que, ao perceber a equipe policial, arremessou seu aparelho telefônico contra o solo, danificando-o completamente”.

Após abordado e contido, informou que esteve com o autor na casa para deixar uns suplementos, complementando que ficou apenas no veículo aguardando o contato, desconhecendo situação envolvendo arma de fogo.

Importa colocar que nas imagens é possível verificar que desce do veículo e anda pela rua e calçada no local.

Informou ainda que após saírem da residência, juntamente com o autor, foram até uma farmácia onde adquiriu duas seringas com substâncias desconhecidas e uma caixa de medicamento.

Diante dos fatos, divergências apresentadas pelos suspeitos, informações de diálogos, indicação por meio da vítima e esposa da vítima, os suspeitos foram presos pela autoria no evento criminoso aqui registrado e, após atendimento médico, foram direcionados para foram direcionados para a delegacia de plantão.

Os aparelhos telefônicos dos suspeitos foram apreendidos e seguem disponíveis para investigação policial.

Fonte: Comunicação 10º RPM