9 de Novembro de 2016 às 17:54

Homens encapuzados e armados disparam e ateiam fogo em acampamento do movimento "Luta, Terra e Moradia" e família de ciganos

A fazenda ocupada é margens da rodovia MG-223 em Monte Carmelo - MG

Em Monte Carmelo (MG) no dia 08,, por volta das 04h00min, a Policia Militar foi acionada e compareceu a fazenda Santa Barbára onde segundo denúncia, o local encontra-se ocupado pelo movimento denominado “LTM” (Luta, Terra e Moradia) e durante esta madrugada, indivíduos encapuzados haviam adentrado nesta fazenda situada às margens da rodovia MG-223 efetuando disparos de arma de fogo, soltando rojões e colocando fogo em alguns barracos e veículos.

No local os militares encontraram as vítimas, J. C. C. S., 62 anos, V. L. M. S., 50 anos, M. C. S., 18 anos, D. N. A., 20 anos, M. M. A. S., 48 anos, R. C. M., 19 anos, A P. S., 35 anos e E. A. D., 26 anos, ambos se apresentaram como integrantes do movimento LTM (Luta, Terra e Moradia). Vítimas relataram que durante a madrugada chegaram à pé ao local, aproximadamente 15 indivíduos armados com pistolas, de cor branca, e com armas longas e começaram a xingá-los e ameaçá-los.

Os autores começaram a colocar fogo nos "barracos" e veículos, das vítimas, sendo que ao ser ateado fogo no veículo da vítima J. C. C. S., um Fiat/Strada placas GWS-3607, ele sofreu queimaduras no pescoço e nos braços, e após a ação violenta os autores evadiram a pé.

A vítima, A P. S., um dos integrantes do Movimento, que também teve seu veículo parcialmente incendiado relatando aos militares que quando os autores evadiram do local, foi visto por ele e outros integrantes dois veículos sendo um VW/Gol e uma Van Master tipo Sprinter ambos brancos.

 A vítima E. A. D., representante de uma família de ciganos, informou aos militares, que na ação foram queimados os seus barracos, com todos os pertences no interior, e cerca de 04 veículos. Sendo que um destes, um Ford/Verona apresentava no para-lama dianteiro direito uma perfuração possivelmente proveniente de disparo de arma de fogo, entretanto não foi localizado pelos militares nenhum cartucho ou projétil no local. Outras vítimas, alegaram que tiveram diversos documentos pessoais queimados. Os integrantes presentes alegaram que o acampamento possui cerca de 60 famílias com um total aproximado de 120 pessoas, que foram construídos por eles 60 "barracos", sendo estes destruídos pelos autores com a utilização de produto inflamável e que a sede da fazenda também foi danificada pelo fogo.

No local, nenhuma pessoa ou veículo apontado pelas vítimas como participantes da ação, foi encontrado pela Polícia Militar.

Durante registro da ocorrência foi recebido via 190 uma denúncia que se identificou como vigia de uma fazenda próxima, relatando que após a saída dos militares foi ouvido estampidos semelhantes a disparo de arma de fogo oriundos do acampamento dos integrantes do "LTM".


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