Com informações da Polícia Civil de Minas Gerais
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito instaurado para apurar o envolvimento de um idoso de 75 anos, no abuso sexual de duas meninas, de 12 e 14 anos, crime ocorrido em Betim, na Região Metropolitana.
Com a conclusão dos trabalhos, o suspeito, que é avô das adolescentes, foi indiciado por estupro de vulnerável, de forma continuada, com aumento de pena em razão da ascendência em relação às vítimas.
Divulgação/PCMG
A investigação, coordenada pela delegada Ariadne Coelho da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), começou no fim de agosto deste ano, quando a polícia foi acionada na escola da vítima de 14 anos.
Na ocasião, a menina teve uma crise de pânico em sala de aula e começou a chorar e bater a cabeça na parede. A professora repassou a situação à diretora, que conversou com a adolescente, momento em que a jovem relatou os abusos cometidos pelo avô, que morava no mesmo lote, desde que ela tinha 8 anos.
Segundo a diretora, a menina apresentou profundo estado de tristeza, dizendo que não suportava mais viver e que tinha dificuldades para socializar. Ainda em desabafo, a adolescente contou que os abusos ficaram mais frequentes nos últimos tempos, apontando a prima como outra vítima da situação. A profissional da educação, que já havia notado mudanças no comportamento da estudante, acionou então os órgãos competentes.
As duas meninas, vítimas dos abusos, passaram por avaliação psicológica no Instituto Médico-Legal Dr. André Roquette, em Belo Horizonte, oportunidade em que relataram os atos libidinosos diversos da conjunção carnal cometidos pelo avô.
Segundo as adolescentes, a pretexto de fazer massagens nos ombros, ele as tocava nos seios e em partes íntimas. Uma delas chegou a reclamar que o avô a observava tomando banho pela janela. Em laudo, a psicóloga destacou indicativos de sofrimento psicológico da vítima de 14 anos em razão dos abusos.
Vários familiares foram ouvidos, entre eles, a mãe de uma das vítimas. Em depoimento, a mulher contou que na infância o pai também tinha um carinho excessivo e gostava muito de tocar, por isso teria alertado a filha, caso não gostasse de algo. Uma das testemunhas ainda ressaltou que a família sabia desses comportamentos por parte do suspeito, mas que sempre deixavam passar.
O suspeito também foi interrogado e negou os abusos. Ele admitiu as massagens na neta de 14 anos e acredita que "possa ter esbarrado nos seios dela, mas sem querer".
O inquérito será encaminhado para o Ministério Público.