O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), reforça o alerta de prevenção da influenza aviária A (H5N1) no estado, convocando todos os elos da cadeia produtiva para a importância das notificações de suspeita da doença.
Após a diretoria técnica marcar presença neste mês em audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para apresentar o plano de contingência, medidas sanitárias vêm sendo intensificadas.
“O alerta sanitário ressalta a importância da sensibilização dos elos da avicultura para a notificação de qualquer caso de mortalidade de aves ou com sinais clínicos compatíveis com a doença, a exemplo de síndromes respiratórias e nervosas. Comunicar o IMA de forma imediata significa tomar providências, tais como visita à propriedade, coleta de material e envio a laboratório”, reforça o diretor-técnico do IMA, Guilherme Costa Negro Dias, acrescentando que a notificação de caso suspeito da doença é dever de todos. “Na ALMG, mobilizamos todos os setores definindo atribuições e responsabilidades de cada elo da avicultura. Com essa sinergia, estamos preparados caso ocorra focos de influenza aviária no estado”, afirma.
Desde que o alerta foi emitido, Seapa, IMA e Emater-MG têm mobilizado esforços juntamente com Avimig, Simpamig e Ibama.
A intensificação das ações de vigilância inclui a testagem de amostras coletadas de aves de subsistência criadas em locais próximos a sítios de aves migratórias para monitorar a circulação viral.
Neste mês, portaria do IMA suspendeu por 90 dias a participação de aves e suínos em eventos agropecuários, como feiras e exposições.
Mitigação de risco
Considerando a importância da produção avícola nacional e a necessidade de estabelecer normas para produção, o Mapa instituiu em 1994 o Programa Nacional de Sanidade Avícola.
Em Minas Gerais, as ações previstas no Programa são de responsabilidade do IMA que promove as estratégias de vigilância epidemiológica para as doenças avícolas de controle oficial: newcastle, salmonelose e micoplasmose, além da influenza aviária.
Dentre as práticas de segurança adotas pelos avicultores nas granjas está a biosseguridade, que consiste em medidas para evitar a entrada e propagação de doenças no plantel, garantindo a segurança dos alimentos e saúde dos animais.
Influenza aviária na América do Sul
Até o momento foram notificados focos da doença em países vizinhos como Uruguai, Argentina, Colômbia, Equador, Venezuela, Peru e Chile.
A maioria dos casos está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com aves de subsistência, de produção ou aves silvestres locais.
A influenza aviária pode dizimar plantéis em pouco tempo, causando prejuízos econômicos aos avicultores.
Considerada uma síndrome respiratória nervosa, possui alta patogenicidade, e é classificada como zoonose (transmitida do animal para a pessoa).
Notificação
O produtor rural deve estar atento aos sinais da doença em suas aves. Dentre os indícios de infecção pelo vírus estão morte súbita, depressão severa, apatia, diminuição ou ausência de consumo de ração e falta de coordenação motora.
Observando quaisquer desses sintomas, o IMA recomenda a notificação por meio do WhatsApp: 31 8598.9611. Caso o avicultor prefira registrar a notificação pessoalmente, pode comparecer a uma das unidades do IMA em todo o estado, ou ainda, se manifestar por e-mail selecionando sua cidade neste link: http://ima.mg.gov.br/atendimento/nossas-unidades
Fotos: ALMG/Divulgação
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