Com informações da Polícia Militar foto: V9 e rede sociais/divulgação
UBERLÂNDIA (MG) - A Polícia Militar foi acionada na madrugada desta quinta-feira, 16/02/23, por volta das 05h13min, na rua Alaor Pereira Carneiro, no Shopping Park em Uberlândia, para verificação de possível homicídio.
Segundo o solicitante relatou que ao sair de sua residência deparou com um corpo feminino sendo queimado.
Os militares chegarem no local, se depararam com um corpo feminino em chamas.
A PM fez contato com o solicitante e este relatou que, por volta das 04h00min da manhã, saiu da sua residência e deparou com sua nora Ana Gabriela de 18 anos, em meio a entulhos e em chamas, que de imediato acionou o 190.
O solicitante informou ainda que durante a noite viu sua nora do lado de fora da casa, no quintal, deitada e envolvida em uma coberta e que a última pessoa que teve contato com ele foi seu enteado de 27 anos, ex amásio da vítima.
No local ainda a PM fez contato com a mãe do suspeito que relatou aos policiais que seu filho e sua nora tinham um histórico de brigas frequentes, que por vezes sua nora, após as brigas, tinha o hábito de deitar do lado de fora da casa.
Nesta quinta-feira, sentiu um cheiro forte de queimado e saiu da sua residência deparando com o corpo da sua nora em meio a entulhos pegando fogo.
A PM com as informações sobre possível autoria, as equipes fizeram diligências para localizar o autor e na rua Ana Valentina Nogueira cruzamento com a rua Iaor Pereira Carneiro, fizeram a abordagem do autor. Ele se encontrava com marcas de sangue nos pés.
O suspeito ao ser perguntado pela PM sobre a motivação do crime, relatou que estava em processo de separação da mãe do seu filho e que na quarta-feira, dia 15/02/2023, buscou seu filho na escola e o levou para casa, que tinha combinado que posteriormente levaria seu filho até a casa da ex-companheira. Ele foi até a casa dela, porém a vítima não se encontrava. Então, fez contato com ela e esta informou que estava no Shopping entregando currículo e que à noite passaria para buscar seu filho.
O autor relatou ainda que no período noturno a vítima foi a até a sua residência buscar seu filho e que durante o diálogo dos dois começaram uma discussão por motivo fútil, sobre o fim do relacionamento e que a vítima já estaria se relacionando com outros homens. A vítima virou de costas para ele para pegar seu filho no quarto e o autor utilizou técnica de estrangulamento "(mata leão)" para desmaiar a vítima. Após ela desmaiar, levou a vítima para o quintal aonde já tinha deixado a coberta preparada para ocultá-la. Foi até a cozinha e se armou com uma faca, foi até a vítima e lhe desferiu um golpe de faca na altura do tórax, porém a faca quebrou, retornou até a cozinha, pegou outra faca e desferiu mais 13 golpes, todos na altura do tórax.
O autor relatou que após o crime encontrou um conhecido e que lhe contou sobre o ocorrido: "matei a minha mulher". a testemunha não acreditou no autor e ambos foram em um bar beber.
Por volta das 00h00min a testemunha foi para casa, e o autor ficou no bar tentando distrair a cabeça e não pensar no que havia acabado de fazer.
Os militares fizeram contato com esta testemunha, que relatou que durante a noite encontrou o autor "doidão" e este relatou que havia acabado de matar sua mulher, dizendo "matei a minha mulher", que devido ao estado do autor não acreditou nele.
Os dois foram a um bar próximo e beberam até por volta da meia noite e que deixou o autor no bar bebendo e foi direto para casa. Ao retornar para sua residência, o suspeito, com o intuito de eliminar provas, decidiu lavar as marcas de sangue que ficaram no chão da sala e cozinha e, posteriormente, visando a dificultar a identificação da vítima, decidiu atear fogo na mesma. Disse ainda que arrastou o corpo da vítima do quintal até a rua, jogou álcool e ateou fogo, e que jogou tábuas, pneu e vários outros materiais, para o fogo não apagar e o corpo da vítima queimar por completo.
A testemunha acrescentou que acordou por voltas das 05h00min da manhã com o suspeito na porta da sua residência pedindo abrigo para se esconder.
Diante da negativa, o suspeito saiu não sendo mais visto.
A perícia técnica esteve no local e recolheu duas facas utilizadas no crime.
A PM salienta ainda, que o suspeito relatou fazer parte de uma religião de matriz africana, “omolocô”, e que os atos praticados foram influenciados por uma música da mesma origem.
Os militares deram voz de prisão ao suspeito, que foi encaminhado à Uai Tibery e em seguida para a delegacia.