Tendo como referência o mês do Setembro Dourado, época de orientação e propagação de informações sobre o câncer infanto-juvenil, replico estes dados obtidos a partir do site do CONIACC (Confederação Nacional de Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer) e Sociedade Brasileira de Pediatria:
1) Sinais e sintomas mais comuns na criança e no adolescente com câncer:
- Aumento de volume do testículo;
- Dor de cabeça matutina, persistente, podendo estar associada a dificuldade para andar, perda do equilíbrio, vômitos e desenvolvimento/crescimento anormal da cabeça;
- Dor abdominal persistente e significativa, massa abdominal;
- Dor óssea ou articular, especialmente se persistente e que desperta a criança à noite, associada ou não a inchaço,
massa ou dificuldade de movimentação;
- Manchas arroxeadas ou de cor púrpura recorrentes pelo corpo sem histórico de traumatismos ou quedas;
- Sangramento frequente pelo nariz, gengivas (geralmente, durante a escovação ou o uso do fio dental), fezes ou urina;
- Excessivo ganho de peso sem alteração da ingesta alimentar;
- Febre prolongada de causa não identificada;
- Alteração no formato, tamanho da pupila (habitualmente, a de um olho apresenta-se diferente do outro) ou ocorrência de reflexo branco em um dos olhos observado, comumente, em fotografias;
- Gânglios que não diminuem ou desaparecem em três ou quatro semanas, especialmente na região do pescoço, axilas e virilhas;
- Palidez, fadiga, infecções de repetição e anemia que não respondem a tratamento medicamentoso;
- Perda de peso inexplicada em período menor que seis meses;
- Coceira disseminada sem fator desencadeante detectável e suores noturnos intensos.
2) Prevenção
Os maiores estudos disponíveis na literatura médica atual comprovam que a grande arma para o controle e combate dos cânceres infantis é o Diagnóstico Precoce. Todas as medidas realizadas na tentativa de se detectar um câncer o mais cedo possível confirmam a diminuição das taxas de morbimortalidade desta doença. Não existe um exame complementar único capaz de diagnosticar um câncer infantil, mas uma somatória entre história clínica detalhada do paciente, exame físico e alguns exames úteis para comprovarem o diagnóstico. Cada tipo de câncer requer uma abordagem própria. Na verdade, o que faz a grande diferença é a criança ser levada a um serviço de saúde se houver surgimento de sintomatologia suspeita.
Dra. Jaqueline de Araújo Rezende Batistuta
Médica de Família
CRM-M.G. 46.469 RQE 35.362
Rua São Benedito, 620, próximo à Santa Casa - 3831-8234
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