15 de Julho de 2020 às 08:25

Mercado: Café e dólar em baixa na terça-feira, 14/07

Boletim Diário Expocaccer

INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta terça-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 97,95 cents/lb (-70 pontos/-0,70%) no vencimento setembro/20. O mercado apresentou certa volatilidade durante a sessão, mas finalizou o pregão com baixas técnicas nas principais referências.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 96.93 e posteriormente em 95.92. Já resistências vistas em 98.83 e 99.72.

De acordo com a Somar Meteorologia, a presença de um sistema frontal na altura do oceano traz nuvens e eventual chuva fraca entre a Mogiana e o sul de Minas Gerais nesta terça-feira, com ventos moderados. No entanto, as poucas chuvas previstas não devem paralisar as atividades de campo por muito tempo e a partir de amanhã, as áreas de chuva ficam mais restritas a áreas próximas ao litoral. No Espírito Santo, chove de forma fraca em meados da semana. Posteriormente, um bloqueio atmosférico no Oceano Pacífico vai manter as chuvas presas no Sul do Brasil e uma grande massa de ar seco predomina nas áreas produtoras majoritárias do Sul e Sudeste. Trata-se de uma boa notícia para o avanço dos trabalhos de colheita, que se encontram ligeiramente atrasados em relação ao ano passado. Ao mesmo tempo, o bloqueio impede o avanço de massas de ar polar para as regiões produtoras de café.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$5,3480 (-0,77%), após um dia de forte volatilidade, em que chegou a passar de R$ 5,45. O pregão foi volátil também no exterior, o que denuncia uma crescente cautela do mercado com um "combo" formado por aumento de casos de Covid-19 e suas consequências, sinais mistos sobre a atividade econômica pelo mundo e renovadas tensões geopolíticas entre EUA e China.

Dados do Banco Central mostram que a economia brasileira reagiu em maio. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou crescimento de 1,31%. Foi a maior alta do indicador desde junho de 2018 - quando a economia voltou a crescer após a greve dos caminhoneiros. Naquele mês, a expansão foi de 3,30%.

Lá fora, o mercado teve um dia instável à medida que se mantinha o temor de mais retrocesso em processos de reabertura das economias.

Análises do Bank of America e Morgan Stanley chamam atenção para o acúmulo de posições compradas em ações do setor de tecnologia nos EUA, o que apontava riscos de um mercado "esticado". O receio é que uma ampla realização possa gerar fuga de mercados mais arriscados e voltar a turbinar os preços de ativos como o dólar.

Sobre o dólar/real, o Bank of America relatou que gestores de fundos pioraram as expectativas para a moeda brasileira em relação a um mês atrás. Segundo o BofA, 43% dos participantes de sondagem mensal esperam o dólar acima de R$ 5,30 ao fim do ano, contra 19% no mês passado, com boa parte projetando que a moeda ficará entre R$ 5,31 e R$ 5,60 ao término de 2020.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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