INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

 Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em alta, cotado à 93,90 cents/lb (+95 pontos) no vencimento julho/19. O mercado oscilou em ajustes técnicos durante a sessão, mas também teve suporte do dólar ante o real.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), Ricardo Silveira, o crescimento no consumo de café no Brasil neste ano tende a ser mais "moderado" e talvez seja um pouco menor que o do ano anterior, quando houve uma alta anual de quase 5 por cento nas vendas no embalo da maior demanda por grãos especiais.
Ainda que o café seja um produto do dia a dia no país, segundo consumidor global da commodity, atrás dos Estados Unidos, um crescimento maior da economia poderia dar um impulso adicional à demanda, em meio a preços mais baixos, na avaliação do setor.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 92,77 e posteriormente em 91.63. Já resistências vistas em 94,62 e 95.33.

De acordo com a Somar Meteorologia, a semana começa com uma frente fria bem costeia na altura do Sul do Brasil. O sistema provoca chuva especialmente ao longo da faixa leste da Região, mas no interior a chuva ainda é muito isolada e fraca. No Sudeste, a presença de áreas de instabilidade mantém as condições de chuva em grande parte da Região e a partir do meio da semana, a aproximação da frente fria deverá reforçar a chuva nas áreas produtoras. Nos próximos 5 diasw serão acumulados em torno de 70mm em parte do cerrado e Triângulo Mineiro e em torno de 30mm no sul de Minas. O Conilon capixaba também deverá receber em torno de 30mm ao longo desses próximos 5 dias.

DÓLAR

 O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$3,8680 (-0,56%), com investidores ainda cautelosos com a discussão da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, e eventuais desdobramentos da intervenção do governo na Petrobras.

Na sexta-feira, o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), afirmou que a reforma será o primeiro item da pauta da comissão desta semana, seguida da proposta que torna o Orçamento mais impositivo. Francischini reiterou que a intenção é votar a admissibilidade da proposta na CCJ nesta semana, mas afirmou que é difícil prever prazos.

Ainda na esteira do imbróglio de sexta-feira envolvendo o governo e a política de preços da Petrobras, o mercado teve no radar reuniões entre membros do governo, inclusive o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tratar do tema.

No exterior, o apetite pelo risco foi maior diante do alívio nos temores de desaceleração no crescimento global por sinais de estabilização na economia da China, além do otimismo de que as negociações comerciais entre Estados Unidos e China podem estar se aproximando do fim.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial