2 de Junho de 2020 às 20:19

Mercado: Dólar e café em baixa na terça-feira, 02/06

Boletim Diário Expocaccer

INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

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Nesta terça-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 98,20 cents/lb (-10 pontos/-0,10%) no vencimento julho/20. O mercado começa o dia sem grandes variações, após encerrar a última sessão com valorização de mais de 100 pontos.

Apesar da pandemia de COVID-19 e dos seus respectivos impactos na economia global, em vários setores, os quais também são causados pelo distanciamento social adotado em diversos países, o segmento de café solúvel do Brasil teve um desempenho positivo nos quatro primeiros meses de 2020, ao manter trajetória de crescimento do volume das exportações e do aumento do consumo no mercado interno, quando comparados com o desempenho do primeiro quadrimestre do ano passado.

Dessa forma no período de janeiro a abril de 2020, o Brasil exportou café solúvel para 87 países, o que gerou o embarque equivalente a 1,329 milhão de sacas de 60kg, volume 7,3% superior às exportações do mesmo período do ano passado, quando foi embarcado o equivalente a 1,239 milhão de sacas. No entanto, o valor obtido de US$ 181,4 milhões com a receita cambial gerada no primeiro quadrimestre deste ano foi apenas 0,5% maior do que a receita gerada com as exportações no mesmo período de 2019.

Neste contexto, um ranking dos cinco principais destinos do café solúvel do Brasil, em ordem decrescente, aponta que foram os Estados Unidos, em primeiro lugar, que mais adquiriram os Cafés do Brasil, com o equivalente a 254,3 mil sacas de 60kg, volume que representa 19% do total exportado desse tipo de café. Em seguida, vem a Rússia, com 152,4 mil sacas – 11,4%; depois a Argentina com 94,5 mil sacas – 7%; seguida pelo Japão com 81,7 mil sacas – 6% e, por fim, na quinta posição, a Indonésia com a aquisição de 77,5 mil sacas – 5,8% do total exportado pelo Brasil.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 97.13 e posteriormente em 96.07. Já resistências vistas em 99.48 e 100.77.

De acordo com a Somar Meteorologia, uma frente fria avança pelo Paraná levando chuva à área produtora do norte do Estado. Em Apucarana, choveu 30mm nas últimas 12 horas. A precipitação avançará pela Alta Paulista (região de Marília) e alguns poucos municípios da Baixa Mogiana e sul de Minas Gerais nesta terça-feira. Aliás, uma sucessão de sistemas meteorológicos manterá a chuva no Paraná, São Paulo e algumas áreas do sul de Minas Gerais até pelo menos a quinta-feira da semana que vem. O acumulado em pouco mais de uma semana passa dos 50mm entre o norte do Paraná e o oeste de São Paulo e varia entre 10mm e 20mm na Mogiana e sul de Minas Gerais. Por outro lado, espera-se tempo seco no Cerrado, Zona da Mata e Espírito Santo neste período.

DÓLAR

O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$5,2130 (-3,22%), devolvendo os ganhos da véspera em meio a otimismo global em relação a uma recuperação econômica, ainda que as tensões políticas em Brasília e nos Estados Unidos continuem no radar.

No exterior, o maior otimismo em relação ao ritmo de recuperação das economias compensou temores em relação aos protestos generalizados contra o racismo nos Estados Unidos e as tensões entre Pequim e Washington. Somado a isso, temos o fator de injeção de liquidez global colossal, a expectativa de retorno ao normal, a normalização de casos de contágio ao redor do mundo e a esperança de uma vacina estão sendo vetores essenciais de suporte ao mercado.

No cenário local, os investidores seguiram de olho no noticiário político e nos impactos da pandemia na atividade econômica.
As tensões recentes entre os poderes Executivo e Judiciário foram apontadas por analistas como fator de impulso para o dólar contra o real em 2020. As incertezas políticas, somadas a um ambiente de juros baixos e crescimento fraco, prejudicam as perspectivas de investimento estrangeiro no Brasil, destaca a Reuters.

Os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, conforme boletim "Focus" do Banco Central divulgado na véspera. A projeção passou de queda de 5,89% para um tombo de 6,25% em 2020.


Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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