11 de Junho de 2022 às 08:19

Morre Dr. Walter aos 87 anos; veja uma das suas últimas entrevistas e conheça sua história de vida

Atuou na medicina durante 63 anos

Veja acima  uma das suas últimas entrevistas, gravada em março de 2019.

Morreu após 10 dias internado devido a um AVC,  o médico Dr. Walter Pereira Nunes, que iria completar 88 anos no p´roximo dia 05 de junho. Infelizmente, muitas pessoas espalharam fake news essa semana, antecipando a morte de um dos homens mais queridos de Patrocínio (MG).

História

O Médico Dr. Valter Pereira Nunes, há 63 anos,  se formava pela Universidade Federal de Medicina de Minas Gerais. No dia 08 de dezembro, entre os demais formandos da turma de 1958, foram chamados a UFMG para uma comemoração de tão importante data:  Dr. Valter, Dr. José Queiroz e Dr. Bastos de Patrocínio.

De todos os formados apenas 04 médicos continuam trabalhando, entre eles, Dr. Valter.

O médico até a pouco meses, continuava atendendo diariamente em seu consultório particular no centro à tarde, na parte da manhã na Santa Casa, onde também aonde realiza pequenas cirurgias.

Teve momentos difíceis na sua vida, como problemas de saúde, onde ficou internado em Patrocínio e depois em São Paulo por várias semanas, devido a problemas de coração.

Aos 86 anos de vida e 63 anos de "sacerdócio" da medicina, o que mais se orgulhava é da legião de amigos que conquistou.

Dr. Valter foi  fundador da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais. O filho Valter Júnior nasceu deficiente múltiplo devido a sequelas da rubéola. Ele com ajuda de sua esposa à época (Manoelina Aparecida) fundaram a Apae, que funcionava na casa do casal, desde 1970, tendo como primeira voluntária e diretora Maria das Graças de Oliveira Anselmo. Em 21/05/1972, um grupo de pais e amigos de pessoas deficientes, liderados por pessoas sensíveis como Sr. Constantino de Oliveira, constituem a APAE, juridicamente. Em setembro teve início das atividades numa área construída de 110 m², com 33 crianças; em 1973. lançamento da pedra fundamental da futura sede própria da APAE e por fim em 1974, construção e inauguração do 1º pavilhão de sua sede própria, com 270 m².

Seu grande sonho, morreu sem ver concretizado:  construir uma nova sede para APAE com mais acessibilidade, pois a atual sede tem escadas e desníveis incompatíveis com a situação do deficiente, principalmente o cadeirante. Queria ver ainda uma nova sede junto a Chácara que pertence a entidade, com todos recursos de acessibilidade.

Veja acima  uma das suas últimas entrevistas, gravada em março de 2019.