Alteração no Estatuto com redução de salários para Presidente e eliminação de salário para Vice e ‘jetons’ para conselheiros e convocação de eleições em até 30 dias foram parte da solução encontrada por alguns conselheiros e aprovadas pela maioria dos associados em Assembleia Geral Extraordinária ontem, dia 18/04, para tentar dar início a um processo de recuperação da Cooperativa Agropecuária de Patrocínio que se encontra com uma grande dívida juntos a bancos nacionais e internacionais (leia aqui sobre a situação econômica).
A AGE reuniu entre 1.500 a 2.500 cooperados que ocuparam mais de metade da parte inferior da Arena Cerrado, no Parque de Exposições.
Imprensa inicialmente barrada
A AGE foi realizada na Arena Cerrado. No início a imprensa local estava proibida de entrar, sendo que os primeiros a chegar ao local foram representantes do Patrocínio Online, Grupo Difusora e Módulo FM. José Maria Campos da Difusora, o mais antigo membro da imprensa em atividade se queixou “depois de mais de 50 anos de atividade é a primeira vez que sou barrado em um evento; em qualquer lugar do Brasil nunca fui barrado”. Ele tentou argumentar com o ainda presidente Renato Nunes, que justificou dizendo que a Assembleia iria tratar de “coisas” internas da Coopa e que a infeliz sugestão de barrar a imprensa patrocinense teria partido de um determinando cooperado.
Logo em seguida chegou o Editor Chefe do Patrocínio Online, Alberto Sanarelli, que se queixou junto a diretores e representantes da Coopa, sobre tão descabida determinação.
Pouco depois o Superintendente Alberto Correa chegou e liberou a entrada dos representantes da imprensa, que acompanharam a AGE da Coopa, que é sim, uma entidade classista e de interesse público, daí necessário a população e cooperados saberem o que está acontecendo. Segundo O superintendente Alberto Correa teria sido um desencontro de informações.
Mudanças no Estatuto dão saída 'menos traumática' a atual diretoria e luz no fim do túnel para Coopa
O Presidente Renato Nunes abriu a AGE e logo em seguida o cooperado Elias Abraão e outros dois cooperados, usaram da palavra para dizer que os Conselheiros e alguns cooperados iriam apresentar uma proposta.
Deiro Marra, ex-presidente da Coopa usou da palavra e disse que não estava falando como prefeito, mas como cooperado e defendeu a mudanças no estatuto, como redução e eliminação de salários e jetons. Salientou ainda que a proposta ainda não era a ideal, mas que seria uma saída para a Coopa. A princípio uma das propostas era de que fosse convocada eleição em até 45 dias, mas Deiro relembrou a alguns conselheiros, que o que havia sido combinado eram 30 dias, o que prevaleceu.
O ex-presidente Fausto Amaral também usou a palavra, defendendo as mudanças estatutárias para dar início a um processo de saneamento da Coopa.
Entre as principais mudanças estatutárias ficou aprovada a convocação e eleições em até 30 dias, com a saída da atual diretoria que não poderá se candidatar no próximo pleito; redução do salário do presidente de quase 20 mil para 7 mil reais; o vice-presidente que só assume na vacância do presidente não terá salário e os conselheiros também não terão “jeton” (valor mensal pago aos membros do conselho).
Chamada de capital
Quando se falou em chamada de capital houve muita polêmica, principalmente reclamações de pequenos produtos, mas acabou sendo aprovada.
O cooperado que movimentou até 300 mil em 2016 vai pagar em 8 parcelas e que movimentou acima desse valor em até 4 parcelas.
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