INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

Nesta quinta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 98,45 cents/lb (-50 pontos) no vencimento maio/19, com o mercado sendo pressionado pela alta do dólar e informações sobre as chuvas no cinturão cafeeiro do Brasil.

A Colômbia, maior produtora mundial de café arábica lavado, planeja vender sua colheita a um preço que cubra os custos de produção, sem estar atrelado à cotação do mercado de Nova York, informou a federação nacional do café nesta terça-feira.
A federação há tempos soou o alarme quanto aos preços baixos, que deixam muitos cafeicultores operando com prejuízos, argumentando aos grandes compradores que eles deveriam garantir que os produtores obtivessem lucro. Os cafeicultores ainda pediram subsídios ao governo.
Os produtores precisam obter 760 mil pesos (cerca de 240 dólares) por 125 kg no mercado interno para atender aos custos de produção, disse a federação. Os preços no mercado interno estavam em 690 mil pesos por carregamento na segunda-feira.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 97,32 e posteriormente em 96.18. Já resistências vistas em 99,67 e 100.88.
 
De acordo com a Somar Meteorologia, os últimos dias do mês de fevereiro foram marcados pelo avanço de uma frente fria entre a costa sul e sudeste do país. O sistema, junto com a umidade da Amazônia, organizou pancadas de chuva e bons volumes acumulados para áreas produtoras de café desde o norte paranaense, passando pelo estado de São Paulo até áreas produtoras da metade sul de Minas Gerais. A exceção fica por conta de áreas entre o Vale do Rio Doce e o Espírito Santo, onde a chuva ocorreu de forma mais irregular e sem grandes acumulados, mantendo a baixa disponibilidade hídrica para algumas áreas produtoras de café. A frente fria já se afastou para alto mar, mas no decorrer desta quinta-feira (28), uma área de baixa pressão atmosférica na costa de São Paulo ainda organiza a umidade vinda da região Norte e favorece para que o tempo siga nublado e com chuva a qualquer hora entre São Paulo e o sul de Minas Gerais. No norte do Paraná a chuva ocorre em forma de pancadas isoladas, sem grandes volumes previstos nos próximos dias. Entre Espírito Santo e metade norte de Minas o tempo segue mais estável e com baixa umidade do solo.

DÓLAR

O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$3,7540 (+0,61%), em dia de fechamento da PTAX mensal e em uma semana de volatilidade, com investidores em compasso de espera pela reforma da Previdência.

A economia brasileira cresceu em 2018, avançando 1,1% ante 2017, mas desacelerou no 4º trimestre. Nos EUA, a economia desacelerou menos que o esperado nos últimos três meses do ano passado, em meio a gastos sólidos de consumidores e empresas.

O governo do presidente Jair Bolsonaro ainda admite mudanças pelo Congresso à reforma da Previdência, mas afirma que qualquer alteração tem de preservar a economia de R$ 1 trilhão em 10 anos com a medida - ponto que lideranças governistas garantem não estar aberto a negociação.

Participantes do mercado também monitoraram o encerramento da cúpula entre EUA e Coreia do Norte, que terminou no Vietnã sem nenhum acordo entre as partes em razão de exigências consideradas inaceitáveis por Washington do norte-coreano Kim Jong-un sobre sanções, disse o presidente dos EUA, Donald Trump.

O desfecho abrupto entre Kim e Trump colaborou para um mau humor dos mercados no exterior, ponderou Fernanda Consorte.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial