6 de Janeiro de 2016 às 12:04

O amor como fim

O amor é o grande pilar da vida cristã. Quanto a isso não há muitas controvérsias, mas o amor humano tem gerado muitos conflitos. Ou melhor, a falta de amor em suas diversas nuances tem provocado um mal danado.

O amor é o grande pilar da vida cristã. Quanto a isso não há muitas controvérsias, mas o amor humano tem gerado muitos conflitos. Ou melhor, a falta de amor em suas diversas nuances temprovocado um mal danado.

 

Em tempos de uma sociedade líquida e com uma constante revolução tecnológica o amor verdadeiro tem ficado em outro plano. Quando Jesus morre na cruz ele assume o amor pleno e incondicional a humanidade. Seu sim ao projeto de Deus foi até o fim, na mesma dimensão do amor total.

E você tem amado até o fim? Ou o amor é só uma desculpa para encobrir uma série de coisas que você não tem coragem de assumir. Eis o desafio!

Os pais quando educam seus filhos gera um tipo de amor, o professor quando educa seu aluno tem com ele uma preocupação além do transmitir, só corrigimos aquilo que amamos. São tantas as formas de amar!

Nessa linha de pensamento o amor tem uma causa final: que é a nossa própria felicidade. Se Deus é amor, somos filhos desse amor primeiro. Não podemos negligenciar nossos amores, temos que mostrar, revelar, pois só quem ama de verdade é capaz de viver uma vida em plenitude.

Diferentemente do tal amor pregado na sociedade, precisamos descobrir em nós o nosso próprio amor. Você já deve ter ouvido dizer: que só amando nós mesmos e que vamos amar o outro. Com essa premissa somos inseridos diante do amor ao próximo, ao outro que deve completar o meu eu e estabelecer morada no nós.

Nos diversos conflitos existenciais que vivemos temos a oportunidade de constatar que o amor pode gerar uma redenção individual, mas em outra realidade pode demonstrar uma série de desprezo, abandono, solidão. Quem ama verdadeiramente não fica só! Por isso, ao vivermos em comunidade temos a experiência de sentir o outro, escutá-lo, ter a capacidade de colocar-se diante do outro sem preconceitos e sem o olhar que julga e condena.

Nesse ano da Misericórdia proposto pelo Papa Francisco temos que fazer uma reflexão em relação ao nosso próprio amor cristão, estou sendo sinal de amor aos outros?

É salutar perceber que estamos muito preso aos nossos conceitos e formalidades, temos dificuldade de amar verdadeiramente. Em uma era notadamente que preocupa em demasia com o poder, o dinheiro, até as relações estão sujeitas ao domínio do ter, denotando uma falta de amor escancarada.

Ao falarmos do amor, temos consciência que ele engloba várias situações: amor no casamento, amor ao trabalho, amor a um amigo, amor a Deus, amor a lugares, enfim, o amor não é o início, o amor é o fim que contempla toda a nossa existência.

Assim caro leitor (a) espero que o amor seja o guia da sua vida, e que você tenha a capacidade de espalhar o amor, afinal se não amarmos agora, estaremos fadados ao isolamento, a tristeza.  Como dizia Albert Camus: “aqueles que se amam e são separados podem viver sua dor, mas isso não é desespero: eles sabem que o amor existe”, e esse amor é o fim de todas as coisas.

Que o amor nos guie em 2016!

Abraço!