13 de Setembro de 2015 às 14:25

Palavras Mágicas...Cadê?

Dios Santo! Como tem gente cricri, grosseira, rude, seca, rígida, xucra, ríspida, boçal, áspera, tensa, turrenta, bruta, ignorante, truculenta e, sobretudo, violenta...As pessoas estão perdendo a expressividade da alma; a doçura da cortesia...

Tem algumas teclas que vou martelar sempre: Delicadeza, atos de gentileza urbana. Cadê , as palavras mágicas que estavam aqui? Nota-se que a gente de nossa sociedade anda tão entalacrada  em si mesma. Tão enrustida em seus próprios interesses e em busca de seus direitos adquiridos, que não é exagero nenhum afirmar que estamos diante de uma geração, onde vai predominando os  mal-educados, estressados,  mal-agradecidos e  incivilizados. Sim, é fato.

A  sociedade se encontra cada vez mais refém do medo e da insegurança. Não é mais láá em Tristão da Cunha no Atlântico Sul, ou em  Chichicastenango na Guatemala, absurdos ocorrem bem na esquina, ou nos quintais  de nossas casas. E tome  assaltos, extermínios, seqüestros, desemprego, corrupção, violência doméstica, abuso do poder, epidemias, desastres naturais, escassez de políticas sociais e outros.

Sim, tem mais. O mundo globalizado e competitivo, exige o máximo de cada um de nós. Temos de alcançar metas, ultrapassar limites, ser cada vez mais rápido nas tarefas do dia-a-dia. Sim, precisamos estar ligados com os assuntos da atualidade, dominar outros idiomas, dominar à tecnologia, ser uma pessoa assertiva etc, etc. Contudo,  não tem  desculpas. O ser humano nasceu com sua essência pacífica. Se triunfa a malignidade- e triunfa a malignidade- onde está o erro?

Dios Santo! Como tem gente cricri, grosseira, rude, seca, rígida, xucra, ríspida, boçal, áspera, tensa, turrenta, bruta, ignorante, truculenta e, sobretudo,  violenta. E gente que divulga frequenta igreja e até defende com unhas e dentes o seu credo (incruz?) religioso.

No trânsito nem se fala, apesar do Código de Trânsito Brasileiro, declarar que “A educação para o Trânsito é dever de todos”...Alguns se acham isentos. Acima do bem e do mal.

 E como não se referir ao  caso da tal cinegrafista Petra Lazlo que derrubou um pai que corria com o filho nos braços, enquanto fazia a cobertura da entrada de imigrantes sírios na Hungria. As agressões parecem conscientes e bem dirigidas, mas veja o que um leitor de um site disse, sobre essa  mula chutadeira de crianças: 

“Ótima ação, minha co-irmã. Essas pessoas estão ILEGALMENTE em Europa. São alienígenas. Possuem ZERO direito garantido pelas constituições. Tudo que elas querem é espalhar caos e terceiro-mundismo pela Europa. E que não permitiremos que alienígenas destruam tudo pel oqual nossos antepassados já derramaram muito suor e sangue… Deportemos TODOS eles: VIVOS OU MORTOS!” (!!!!????)

Em qualquer canto, gente que por qualquer dá-cá-lá- aquela – palha, já está de cara feia, beiço caído, pronta para o coice, para patada no peito, para a garra na garganta, para o assédio moral, para o vídeo na Web, para o comentário detonador, para o ato na rua, para o  processo na justiça, e até para o dedo no gatilho... A Lei de Talião vigora. Bateu levou, mexeu agüenta. Olha o  estrago que o esse estilo de vida tem feito. As pessoas estão perdendo a expressividade da alma; a doçura da cortesia; a beleza da afetividade; a riqueza  no trato diário.

VOU MAIS: Cadê o bom senso gente ! Cadê a faculdade de apreciar, julgar com entendimento, com juízo, com  tino, com  siso,  com discrição, com discernimento,  com isenção, com  imparcialidade ... com  justiça. Por que tudo tem que se desembocar nas barras dos tribunais? Nas celas de uma cadeia? Nos sete palmos de um cemitério? Ora! Vamos desarmar os espíritos, gente! Resgatar a arte dos bons relacionamentos; a velha e boa política da boa vizinhança; o entendimento entre os pares. E quem está falando em religião aqui? Embora  fico aqui com o compadre Guimarães Rosa: “Todo-o-mundo é louco. O senhor, eu, nós, as pessoas todas. Por isso é que se carece principalmente de religião: para se desendoidecer, desdoidar. Reza é que sara loucura.” Estamos falando aqui de  convivência em sociedade. Em relacionamento humano. Em sociabilidade. Em respeito mútuo. Em se colocar no lugar do outro.

OUVIR OS DOIS LADOS.  Os dois. Não se  ouve mais os dois lados. Duas, tres, palavras e lá vem a etiqueta na testa, a sentença irrevogável, a condenação eterna. Não sei o que fazer, mas sugiro que retiremos os extremos, os  excessos e absurdos que vão se tornando prática normal na sociedade .  Retire a poeira de cima das palavras mágicas, que tal usá-las em  nosso cotidiano? Vamos lá, 1 2 3, ensaiando:  Por favor! Muito obrigado!, Desculpe-me!, Perdoe-me!, Bom Dia!, Boa Tarde!, Vá com Deus!. E sorria, gente!  Sorria, sem moderação!

E, antes que me esqueça. Obrigado pela visita aqui em Nosso Blog.