22 de Maio de 2025 às 09:41

Primeira arquidiocese criada pelo Papa Leão XIV no início de seu pontificado fica no Brasil

Nova província incluirá as dioceses de Barretos, Catanduva, Jales e Votuporanga

Fonte: André Botelho/ Pascom / Assessoria de Imprensa Arquidiocese de São José do Rio Preto foto: Mães que oram pelos filhos.

O Santo Padre Leão XIV instituiu, na quarta-feira, 21/5, a criação da Província Eclesiástica de São José de Rio Preto, desmembrando-a da Província de Ribeirão Preto, atribuindo-lhe as Dioceses de Barretos, Catanduva, Jales e Votuporanga como Dioceses sufragâneas e elevando a sede episcopal de São José do Rio Preto à Arquidiocese Metropolitana. Ao mesmo tempo, o Pontífice confirmou a nomeação de Dom Antônio Emidio Vilar, SDB, como Arcebispo Metropolitano.

A Arquidiocese de São José do Rio Preto é a primeira criada em todo o mundo pelo Papa Leão XIV (logo nos primeiros dias de seu pontificado). Na presente data, se destaca uma grande Santa Agostiniana: Santa Rita de Cássia. O Pontífice, merece recordação, também é agostiniano.

As informações constam do Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé, publicado na manhã desta quinta-feira, 22 de maio de 2025, e disponível em www.vatican.va (área superior do site, aba “Boletim da Sala de Imprensa”, “Bollettino quotidiano del: 22.05.2025”, em “Rinunce e nomine”).

A Santa Missa de Instalação da nova Arquidiocese acontecerá na Catedral Metropolitana de São José, na quarta-feira, 9 de julho, em horário a ser comunicado posteriormente.

Biografia do Arcebispo

Dom Antônio Emidio Vilar, SDB, nasceu aos 14/11/1957, em Guardinha – distrito do município de São Sebastião do Paraíso/MG. A família mudou-se duas semanas depois para Batatais, São Paulo. Aos 11 anos, foi para o seminário salesiano em Pindamonhangaba (1969) e em Lavrinhas (1970–1974). Ao fim do noviciado (1975), professou como religioso salesiano no dia 31/01/1976, em Pindamonhangaba.

De 1981 a 1986, cursou bacharelado e mestrado em Teologia na Universidade Pontifícia Salesiana (UPS), em Roma. Foi ordenado presbítero em 9 de agosto de 1986, na cidade de Batatais, na Paróquia Senhor Bom Jesus da Cana Verde.

Em 23 de julho de 2008, foi nomeado bispo da Diocese de São Luiz de Cáceres/MT. Em 27 de setembro de 2008, foi ordenado bispo no Santuário Nossa Senhora Auxiliadora, no Bom Retiro, em São Paulo. Em 28 de setembro de 2016, foi nomeado bispo da Diocese de São João da Boa Vista/SP.

Em 20 de novembro de 2016, tomou posse como 5º Bispo Diocesano da Diocese de São João da Boa Vista/SP. Foi nomeado bispo de São José do Rio Preto em 19 de janeiro de 2022.

Em 19 de março de 2022, tomou posse como 6º Bispo da Diocese de São José do Rio Preto/SP.
Lema episcopal: “Animam pro ovibus” (A vida pelas ovelhas – Jo 10,11).
Em 22 de maio de 2025, foi nomeado Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de São José do Rio Preto.

História da Diocese de São José do Rio Preto

Em 1925, a comunidade católica local fora comunicada de que logo começaria o processo para a futura divisão da Diocese de São Carlos em outras duas: Rio Preto e Jaboticabal. A partir daí, o povo rio-pretense se mobilizou, criando uma comissão incumbida da organização do patrimônio do novo Bispado e de levantar fundos para a construção da Catedral, do Palácio Episcopal e do Seminário.

A criação do Bispado só ocorreu mesmo no dia 25 de janeiro de 1929, por meio da Bula Sollicitudo Omnium Ecclesiarum (“O Cuidado de Todas as Igrejas”), do Papa Pio XI. Nesse momento inicial, a Diocese era composta por 15 paróquias, mencionadas no documento de criação: “Rio Preto, Ibirá, Santa Adélia, Tabapuã, Mirassol, Nova Granada, Monte Aprazível, Tanabi, Ariranha, Catanduva, Potirendaba, Ignácio Uchôa, Cedral, José Bonifácio e Fernando Prestes”.

Aos 8 de agosto de 1930, o Papa Pio XI nomeia Dom Lafayette Libânio como Bispo da Diocese de Rio Preto. Ele toma posse em 22 de janeiro de 1931 e governa a Diocese até 1966. Dom Lafayette chegou a Rio Preto por meio da Estrada de Ferro Araraquarense.

Padroeiro Diocesano

Atendendo ao desejo do povo e ao pedido de Dom Lafayette, o Papa Pio XII houve por bem declarar o Imaculado Coração da Bem-Aventurada Virgem Maria como principal padroeiro da Diocese de Rio Preto, por Breve de 17 de agosto de 1954. A leitura do documento e a consagração ao Imaculado Coração foram realizadas na Catedral de São José no dia 8 de dezembro de 1954, por ocasião do encerramento do Ano Santo Mariano.

Mudança de nome e um co-padroeiro

Ao ser criada, toda Diocese leva, normalmente, o nome da cidade-sede. Em 1929, como a cidade principal da nova Igreja Particular tinha o nome de Rio Preto, assim também ficou a sua denominação.

O terceiro bispo diocesano, Dom Orani João Tempesta, O.Cist. (hoje cardeal arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro), entendeu que a Diocese deveria ser denominada São José do Rio Preto, conforme o nome civil de origem (e também em respeito à devoção do povo rio-pretense por São José). Em 1º de setembro de 2002, Dom Orani enviou um pedido ao Papa, hoje São João Paulo II, por meio da Nunciatura Apostólica no Brasil, solicitando a alteração da denominação e a concessão do título de São José como co-padroeiro diocesano. O pedido foi atendido, tendo a mudança sido realizada no dia 19 de março de 2003, na Catedral, durante a celebração pontifical em louvor a São José.

Em seus quase 100 anos de história, do desmembramento de seu território surgiram as Dioceses de Jales (12 de dezembro de 1959), Catanduva (09 de fevereiro de 2000) e Votuporanga (20 de julho de 2016). Em 22 de maio de 2025, o Papa Leão XIV elevou a Diocese de São José do Rio Preto à dignidade de Arquidiocese.