Além da tristeza, o inédito rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro irá trazer ao Cruzeiro um impacto financeiro imenso. Por ter figurado entre os quatro clubes que caíram, a Raposa não receberá um centavo sequer referente aos 30% da cota de TV paga pela colocação final de cada time na competição. Pela nova distribuição, que passou a valer neste ano, apenas até o 16º lugar embolsa a premiação.
O dinheiro da TV, que até 2018 era fixo para cada equipe, passou a ser fatiado. Neste ano, 40% do valor total da cota foi dividido igualmente entre os 20 participantes da Série A. Já 30% da verba varia de acordo com a audiência na televisão, enquanto os outros 30% são distribuídos dependendo da classificação final no Brasileirão.
Assim, ao terminar em 17º, o Cruzeiro deixou de ganhar pelo menos R$ 11 milhões, cota paga à equipe que termina a competição na 16ª posição.
Ao cair, o Cruzeiro terá outro prejuízo, pois verá a cota da TV despencar para a disputa da Série B em 2020. Isso porque, até a temporada passada, a cota recebida na Elite era mantida pelos clubes rebaixados no primeiro ano de Série B. Mas agora, ao ser rebaixada, a equipe também vê despencar o dinheiro pela participação na Segunda Divisão.
Desta forma, o Cruzeiro receberá muito menos para disputar a Série B. Neste ano, as equipes que integraram a Segunda Divisão nacional embolsaram, no máximo, R$ 6 milhões, além de outros R$ 2 milhões para custeio das viagens para os jogos fora de casa.
No entanto, o Cruzeiro tem outro caminho para minimizar a queda brusca na receita da TV para 2020 optando por receber o valor do pay-per-view em detrimento da cota da Série B. Neste ano, o clube celeste deve embolsar aproximadamente R$ 16 milhões pelos jogos transmitidos no canal Premiere.
Para se ter uma ideia da diferença abissal, o Cruzeiro recebeu R$ 22 milhões só pelos 40% da cota fixa na Série A neste ano. Sem contar os 30% distribuídos levando-se em conta a audiência. Ou seja, menos da metade da cota da Primeira Divisão já é superior ao que o clube irá embolsar em toda a Série B.
Dinheiro que fará muita falta ao Cruzeiro em 2020. Sofrendo com o aumento exponencial das dívidas nos últimos anos, o clube deve dois meses de salários, tem várias ações na Fifa por não pagar pelas contratações de jogadores e precisará se desfazer de diversos atletas, já que a folha salarial é muito alta.
Fonte: Itatiaia
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