2 de Outubro de 2015 às 08:42

Segundo Revista "ISTO É" Eletrosom é à primeira vítima da crise do varejo

Dona de 184 lojas e receita líquida de R$ 924 milhões, à mineira Eletrosom é à primeira rede de eletroeletrônicos de grande porte a pedir recuperação judicial neste ano

Antonio (à esq.) e Natal Acir Rosa, da Eletrosom: crise no varejo prejudicou desempenho da empresa

Antonio (à esq.) e Natal Acir Rosa, da Eletrosom: crise no varejo prejudicou desempenho da empresa

Segundo à Revista Isto É, à mineira Eletrosom, uma das 15 maiores varejistas do Brasil, tornou-se a primeira rede de eletroeletrônico de grande porte a pedir recuperação judicial neste ano.

Dona de 184 lojas, receita liquida de R$ 924 milhões e 3 mil funcionários, ela entrou com o pedido no Tribunal de Justiça da Comarca de Catalão em Goiás.

De acordo com o documento, o grupo passa por dificuldades financeiras em razão da “elevada taxa de juros do mercado, aumento de índices inflacionários, quadro recessivo com crise sistêmica e parceira empresarial desastrosa do Espírito Santo.”

O juiz Antenor Eustáquio Borges Assunção deferiu o pedido e deu prazo de 60 dias para que à empresa apresentasse o plano de recuperação judicial, bem com a lista dos credores, com valores e classificação de cada crédito.

Estima-se que, apenas com fornecedores para suas lojas, à Eletrosom tenha uma dívida superior a R$ 200 milhões, segundo cálculos de uma fonte do setor eletroeletrônico, que tem créditos a receber da rede varejista mineira.

A Eletrosom foi fundada em 1980, em Monte Carmelo, a 108 quilômetros de Uberlândia (MG), por Natal Acir Rosa, um ex-funcionário que comprou à loja onde trabalha, dando como pagamento um Fusca 74.

A estratégia de Natal, como ele é chamado, foi crescer em cidades com menos de 50 mil habitantes, para evitar a concorrência com grandes redes. Hoje, à Eletrosom está presente sete Estados brasileiros e o Distrito Federal.

Em 2010, Natal e seu irmão Antônio traçaram um plano de abrir capital e conseguiram registro de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários – cancelada em junho deste ano, pouco antes da recuperação judicial. A abertura de capital, no entanto, nunca aconteceu.

Leia Aqui a reportagem completa da ISTO É que informa também que outras redes de lojas estão em dificuldades