Um duelo contra dois adversários encardidos. Não bastasse a Argentina de Lionel Messi, o carma dos 7 a 1. Nesta quinta-feira (10) a seleção brasileira retorna ao Mineirão pelas Eliminatórias Sul-Americanas com a lembrança de sua última partida em Belo Horizonte, a semifinal da Copa do Mundo de 2014, quando o Brasil foi varrido pelos alemães diante de sua própria torcida.
O bom retrospecto sob o comando de Tite – quatro vitórias e 100% de aproveitamento – pode ser a chave para tentar deixar o maior fiasco da história do futebol brasileiro no passado. Porém, mesmo que os jogadores tenham minimizado a pressão durante as entrevistas que antecederam a partida, ela existe. Um dos líderes do time de Tite, Renato Augusto admitiu, contudo, que um bom resultado contra a Argentina possa ajudar a
“A gente não pode criar mais pressão do que já tem, e por isso não podemos ficar pensando muito no que passou. A cicatriz vai ficar. Temos de mudar o que vem pela frente”, avaliou o volante. “É um bom momento para vencer”.
Líder das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, o Brasil tem a chance de abrir oito pontos de vantagem sobre os argentinos e aumentar ainda mais o drama dos vizinhos, atualmente fora da zona de classificação para o Mundial. Para isso, é preciso vencer.
"Não vou ser hipócrita. Para a classificação, vale os mesmos três pontos. Mas a dimensão que o clássico trás, a história das duas seleções, tem um componente diferente", ressaltou Tite. "Como jogador e como técnico eu nunca sonhei chegar na seleção. Como atleta, eu tinha limitações físicas e sabia que não era talentoso o suficiente. Mas como técnico me preparei muito. É um privilégio estar nesse clássico".
Nos treinamentos realizados durante a semana, o comandante da seleção indicou que deverá seguir com seu time base, sem grandes alterações. Apenas Fernandinho entra na vaga do lesionado Casemiro e Neymar volta ao ataque após cumprir suspensão contra a Venezuela.
A única dúvida – e a mais complicada delas – é como parar Lionel Messi. Este foi um dos assuntos recorrentes na preparação verde-e-amarela. Atacante da Argentina, Lucas Pratto chegou a dizer que o Brasil temia o craque da Albiceleste. Tite, porém, tratou de responder. “Eu respeito Messi. Mas não se para Messi. Não se para Neymar. Não se neutraliza craque. A única coisa que podemos fazer é diminuir as ações em campo. Diminuir o número de participações deles na partida. Como nós pretendemos fazer isso? Não vou dizer”, brincou.
Na volta da seleção brasileira ao Mineirão mais de dois anos após o 7 a 1, Tite deverá levar a campo a seguinte formação: Alison; Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Marcelo; Fernandinho, Paulinho, Renato Augusto, Neymar e Philippe Coutinho; Gabriel Jesus.
Mosaico e homenagens a Carlos Alberto Torres marcarão o clássico
Um mosaico que contará com a participação de 30 mil torcedores será um dos pontos altos na partida. O jogo também terá uma série de homenagens ao capitão do tricampeonato mundial de 1970, Carlos Alberto Torres. A intenção da CBF é fazer novamente do estádio que foi palco do maior fiasco da história do futebol brasileiro um local de celebração.
Antes do clássico, trinta mil cartazes serão colocados no setor vermelho do estádio, tanto no anel superior quanto no inferior. Eles serão utilizados pela torcida para formar o primeiro mosaico da história em uma partida da seleção brasileira. O projeto ficou a cargo do designer mineiro Thiago Scap, que já fez ações semelhantes para o Atlético-MG.
O jogo também prestará uma série de homenagens a Carlos Alberto Torres, que faleceu no mês passado. Em campo, todos os jogadores irão atuar com uma faixa preta e a inscrição "Eterno Capitão", enquanto Daniel Alves – que joga na mesma posição que consagrou o capitão do Tri – usará uma braçadeira na cor branca. Ele também atuará com o número 4 às costas, o mesmo de Carlos Alberto. Antes da partida, será observado um minuto de silêncio.
Fonte:R7
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