http://www.medfoco.com.br/falta-de-menstruacao-amenorreia/
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) acomete de 5% a 10% das mulheres em idade fértil, sendo a endocrinopatia mais comum. Ou seja, uma em cada 15 mulheres tem SOP.
Alguns autores acreditam que ela seja de origem genética devido à alta incidência familiar.
Trata-se de alterações na função do ovário que levam ao aumento da produção de hormônios masculinos pela mulher. Esse excesso de andrógenos (hormônios masculinos) vai manifestar com:
- Oligomenorréia ou amenorréia – atrasos menstruais ou até mesmo ausência da menstração. Esse sintoma está presente em 85% das mulheres que tem SOP.
- Hirsutismo – excesso de pêlos grossos e em regiões onde mulheres não costumam ter pêlos como buço, abdome, costas e outros.
- Acne – vulgarmente chamada de espinha e que surge geralmente nos adolescentes.
- Alopecia – queda de cabelo.
- Obesidade e resistência insulínica – acúmulo de gordura com dificuldade de ação do hormônio insulínico causando distúrbios metabólicos da glicose. A resistência insulínica está presente em 50 a 70% das mulheres que tem SOP mesmo que na ausência de obesidade.
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- Infertilidade.
Para ser diagnóstica é preciso que a mulher apresente dois de três dos sinais e sintomas: anovulação, hiperandrogenismo e ovários policísticos ao ultrassom. Ou seja, há mulheres que apresentam alterações hormonais e sinais clínicos de síndrome dos ovários policísticos, mas não apresentam alterações ao ultrassom e mesmo assim devem ser tratadas como ovário policístico.
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Ao ultrassom, os ovários vão se mostrar aumentados e com vários folículos, como uma conta de rosário dispostos em torno do mesmo órgão. Várias bolinhas, uma após a outra, dispostas ao longo da parede do ovário.
Além disso, devem ser excluídas outras patologias endócrinas como hiperprlactinemia (elevação do hormônio prolactina), Hipotiroidismo (elevação do TSH) e hiperplasia adrenal congênita forma não clássica.
Essas pacientes também são mais acometidas por aumento da taxa de colesterol, glicose pós prandial (colhida após almoço), insulina (marcador da resistência insulínica) e triglicerídeos.
É importante estar atenta, pois essas alterações da síndrome dos ovários policísticos são fatores de risco para desenvolvimento de outras doenças como diabetes e doenças cardiovasculares. Fazendo-se o diagnóstico e o tratamento correto essas patologias podem ser prevenidas.
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Além disso, pacientes portadoras de SOP tem maior risco de desenvolver câncer de endométrio (tumor localizado no útero).
Apesar de ser muito comum, a síndrome dos ovários policísticos apresenta-se de forma diferente em cada paciente e, por isso, deve ter o seu tratamento individualizado.
Os trabalhos e consensos mostram que dieta e atividade física representam o tratamento de primeira linha, pois melhoram a resistência insulínica (função da insulina) e com isso a mulher passa a ovular normalmente, mesmo sem a perda de peso. É fundamental a mudança no estilo de vida para o sucesso terapêutico.
A perda de peso em decorrência da mudança de estilo de vida favorecerá a queda dos androgênios circulantes (hormônios masculinos), melhorando o perfil lipídico e prevenindo o temido diabetes.
Como tratamento medicamentoso adequado 50 a 80% da mulheres passam a ovular e 40 a 50% engravidam. Para aquelas que não conseguem engravidar com tratamento medicamentoso a Fertilização in vitro está indicada.
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Por ser uma alteração hormonal, os anticoncepcionais orais, principalmente a base de ciproterona, são indicados com a finalidade de regular o ciclo da mulher, diminuir o tamanho dos ovários e prevenir o câncer de endométrio. Essas drogas são seguras e eficazes no tratamento da SOP.
Além dos anticoncepcionais, a metformina pode ser usada com a finalidade de diminuir a resistência insulínica e ajudar no emagrecimento.
Para o excesso de pêlos que pode não ser controlado com anticoncepcional, a espironolactona deve ser prescrita. E após 6 meses de tratamento adequado a depilação a laser com finalidade cosmética também pode ser indicada.
O excesso de hormônios masculinos gera ansiedade que geralmente vem associada à baixa auto estima devido às características físicas como obesidade e excesso pelos. Isso pode acometer a qualidade de vida da paciente de forma importante e está indicada a psicoterapia até que todos os sintomas estejam controlados e a perca de peso conquistada.
A cirurgia em cunha do ovário acometido já não é mais indicada e tem uma aplicação muito restrita devido à eficácia das drogas em pacientes que seguem corretamente o tratamento.
Portanto, é de extrema importância a conscientização das mulheres com sintomas sugestivos de SOP: obesidade, excesso de pelos, irregularidade menstrual, acne, alopecia e infertilidade. Esses sintomas necessitam investigação detalhada e tratamento individualizado. Sendo que isso pode melhorar a qualidade de vida da paciente e prevenir doenças como diabetes e câncer de endométrio.
O tratamento é conjunto: atuação médica com prescrição de remédios adequados e compromisso com mudanças do estilo de vida.
Para falar sobre Acne dar dicas a respeito desse tratamento convido a Dra Brenda França Queiroz que é dermatologista:
Brenda França Queiroz
Hospital Med Center.
38395633
Como me ver livre da Acne?
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A acne, vulgarmente conhecida como espinha, é uma doença da unidade pilossebácea e seu tratamento um dos principais motivos das consultas dermatológicas.
Esta doença tem caráter familiar e começa surgir na adolescência porque, é nessa fase da vida, que o organismo produz os hormônios sexuais (andrógenos) responsáveis pelo surgimento das espinhas.
Apesar de ser mais freqüente na puberdade, a acne pode persistir na idade adulta e, até mesmo, aparecer nesta fase. Esta última condição é mais freqüente nas mulheres e a denominamos de acne da mulher adulta que tem como uma das causas a SOP.
Os andrógenos elevam a produção de sebo pelas glândulas sebáceas que ficam localizadas nos poros (folículos pilosebáceos). O excesso de sebo juntamente com o acúmulo de células mortas, resultantes do processo de renovação celular da pele (aumentado nas pessoas com acne) obstruem os poros dando origem aos cravos (comedos).
Quando ocorre proliferação de bactérias dentro destes locais, surgem as espinhas (pequenas elevações avermelhadas, inflamadas, doloridas ou com pus).
Nosso corpo produz mais sebo quando há aumento da atividade hormonal. É por isso que a acne é mais frequente em adolescentes e pessoas com distúrbios hormonais, como nas mulheres com SOP.
Os locais mais frequentes para o surgimento de espinhas são onde a quantidade de glândulas sebáceas é maior (rosto, pescoço, busto, costas e ombros).
A acne deixa marcas e cicatrizes inestéticas e pode causar prejuízo emocional em seus portadores, diminuindo a auto-estima e prejudicando a socialização e a qualidade de vida destas pessoas.
Portanto, os pais devem estar atentos a isso e saber que, embora as espinhas possam se resolver de maneira espontânea, a abordagem adequada e precoce é fundamental para evitar a evolução e formas mais graves da doença.
O diagnóstico é feito ao se examinar o paciente. O dermatologista irá analisar as lesões e graduá-las, de acordo com a gravidade, em graus I, II, III, IV ou V, sendo o V, o mais grave.
http://www.ptmedical.pt/causa-e-tratamento-da-acne/
O tratamento é definido então de acordo com o grau da doença, podendo ser feito com medicações tópicas ou sistêmicas (antibióticos orais; pílulas anticoncepcionais e outros medicamentos que regulam os andrógenos podem ser úteis para as mulheres. Isotretinoína oral, a mais conhecida é o Roacutan®). E, em alguns casos, a associação destes dois tipos de tratamento.
Ainda sobre a Isotretinoína, este medicamento é reservado para os quadros graves ou para aqueles resistentes ao tratamento inicial. É uma medicação especial, controlada e segura. Sendo a mais eficaz no tratamento da acne, com taxas de cura próximas de 90% dos casos.
No entanto, seu uso requer acompanhamento dermatológico mensal através de consultas e exames laboratoriais.
As contra-indicações, efeitos adversos e cuidados necessários durante seu uso são extensivamente esclarecidos durante a consulta, bem como a duração do tratamento, que em média dura de 6 a 7 meses.
Soma-se ao arsenal terapêutico da acne e suas marcas alguns procedimentos como:
A maioria destes procedimentos são realizados pelo próprio dermatologista e/ou por alguma esteticista de sua confiança.
O médico é o profissional capaz de indicar, prescrever e tratar as complicações que por ventura ocorram. Portanto, é importante que certos tipos de tratamentos estéticos, principalmente os mais invasivos, sejam realizados por este profissional e em locais apropriados e em conformidade com as normas sanitárias exigidas.
O tratamento da acne é totalmente individualizado e o que foi prescrito para um amigo, pode não ter a mesma indicação para você. Além disso, por ser um tratamento prolongado, é necessário paciência e disciplina para se alcançar resultados satisfatórios.
Não devemos subestimar a acne. Seu tratamento adequado e precoce é importante para evitar as cicatrizes, além de melhorar a qualidade de vida.
O dermatologista é o profissional indicado para prescrever a terapia mais adequada para cada caso. Evite a auto-medicação a fim de evitar danos à sua saúde.
CUIDADOS
O que você pode fazer no seu dia-a-dia para amenizar o quadro: