17 de Outubro de 2024 às 18:08

Uberlandense curado pela intercessão de beata acompanhará, juntamente com a excursão da diocese, a canonização de Elena Guerra no Vaticano.

Após queda grave, Paulo Gontijo recuperou a saúde e acompanhará a cerimônia em Roma

De azul, está Paulo Gontijo de Oliveira; de vermelho, a esposa de Paulo; e no centro, Dom Paolo Giulietti, arcebispo de Lucca, na Itália. Foto: Henrique Mendes/Diocese de Uberlândia.

Quase 50 devotos da Diocese de Uberlândia viajaram para o Vaticano a fim de participar da emocionante cerimônia de canonização da Beata Elena Guerra, que acontecerá no próximo domingo, 20/10, reconhecendo oficialmente sua santidade.

Entre os peregrinos está Paulo Gontijo de Oliveira, morador da cidade de Uberlândia, que em 2010 experimentou um milagre: após uma queda de seis metros, sendo dado como morto, recuperou-se graças à intercessão da Beata, invocada pela comunidade.

O Padre William, testemunha ocular do ocorrido, acompanha o grupo nesta jornada de fé e gratidão. A canonização marca um momento histórico para a Igreja Católica e para os devotos da Beata, que aguardam ansiosos para celebrar sua elevação aos altares.

No dia 5 de abril daquele ano, Paulo sofreu uma queda de seis metros enquanto podava uma árvore. Ele foi levado inconsciente para o hospital com um diagnóstico devastador: trauma cranioencefálico severo, pneumonia, hepatite e a suspeita de morte cerebral. A situação era crítica, e, após uma delicada cirurgia cerebral, os médicos eram unânimes em considerar que suas chances de recuperação eram praticamente inexistentes.

Enquanto Paulo estava entre a vida e a morte, a Renovação Carismática Católica de Uberlândia mobilizou-se em oração, pedindo pela intercessão da Beata Elena Guerra. Conhecida por sua devoção ao Espírito Santo, Elena foi aclamada como uma poderosa intercessora e, a partir do dia 17 de abril, os fiéis iniciaram uma novena de orações, invocando sua ajuda para a cura de Paulo.

No dia 27 de abril, um acontecimento inesperado surpreendeu os médicos. Após 21 dias internado, Paulo começou a reagir a estímulos e, para espanto de todos, passou a respirar sem o auxílio de aparelhos. Dois dias depois, ele foi transferido da UTI para a ala cirúrgica. Em menos de um mês, no dia 14 de maio, Paulo recebeu alta do hospital sem qualquer sequela, apesar da gravidade de suas lesões.

O caso foi avaliado pela Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano, que reconheceu o milagre como fruto da intercessão de Elena Guerra, permitindo que a Beata fosse elevada à honra dos altares.

Elena Guerra nasceu em Lucca, Itália, em 1835, e desde muito jovem sentiu uma profunda devoção ao Espírito Santo, ao qual dedicou sua vida. Fundadora de uma comunidade de mulheres devotas e autora de diversos escritos sobre a importância do Espírito Santo, Elena também teve uma influência significativa na Igreja, inspirando o Papa Leão XIII a promover uma maior devoção ao Espírito Santo entre os católicos.