Qays e Hamza têm apenas dez anos e já passaram metade da vida em uma guerra civil sangrenta e duradoura.
Ambos vivem em Aleppo, na Síria, uma das cidades mais castigadas pelo conflito entre tropas rebeldes e do governo do presidente Bashar al-Assad.
As duas crianças testemunharam, no fim de agosto, um ataque com barris de bomba que destruiu o edifício onde estavam.
Naquele mesmo dia, bombas atingiram a escolinha frequentada por seu amigo Hasan – também de dez anos de idade.
O momento, captado em câmera, em que os dois amigos sobreviventes são informados da morte do terceiro é comovente.
Segundo o braço da ONU para a infância, Unicef, cerca de 100 mil crianças vivem em áreas sob controle rebelde em Aleppo.
Em um relatório publicado em março, o órgão estimou que cerca de 3,7 milhões de crianças - uma em cada três no país - não conhecem outra realidade além do conflito que já dura cinco anos.
O enviado especial da ONU ao país, Steffan De Mistura, estima que 400 mil pessoas tenham morrido no conflito sírio.
Um cessar-fogo de sete dias entrou em vigor na noite da segunda-feira e parece estar sendo respeitado pelas partes em conflito, disse a organização Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
Nas 15 primeiras horas de pausa nas hostilidades, nenhuma morte foi registrada, disse a ONG.
Em Aleppo, há relatos de que a situação está mais calma e a ONU já afirmou que está pronta para começar a entregar ajuda humanitária para as áreas carentes.
Porém, diplomatas afirmam que precisam de garantias de paz para que essas operações sejam bem-sucedidas.
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