Tudo na vida requer preparo. Toda preparação envolve espera. São tantas as esperas da vida humana! Tem gente esperando um novo emprego, gente esperando a chuva para plantar, outros esperando um amor, gente esperando na fila dos hospitais, enfim, estamos esperando tempos melhores. Afinal, está todo mundo esperando.

É de tanta esperança que se faz o humano. Somos feitos disto: desejo, súplica, anseio. No fundo, temos uma lacuna que nos faz gemer para o Eterno.

“Vem Senhor, nos Salvar! Vem, sem demora, nos dar a paz!”. Mas como é a chuva para a terra seca, ou como a roupa no varal, toda espera tem o seu objeto esperado, desejado. Tal como nossas esperanças manifestam o grande anseio humano por quem possa nos plenificar, assim também nossas realizações manifestam que ele vem sempre ao nosso encontro. Não nos falta nunca, ainda que demore! Tudo vira sinal de uma relação de espera e realização. Tudo aponta para o vazio infinito dentro de nós, ressoando uma certeza: ele vem!

Nesse sentido, celebramos o Advento, uma espera, um desejo, uma abertura. Como a flor que se abre para a visita da borboleta, o copo na mão pedindo água, uma jarra solitária à espera da rosa. Eis que chega e se realiza o sonho. O Sol trouxe luz e calor, do céu desceu a chuva para molhar a terra seca, e o silêncio em torno anuncia que tem alguém no berço que estava vazio.

Natal se faz. E para todos que chegam curiosos da novidade, um anúncio. Olhos arregalados e brilhantes falam, propagam, divulgam essa boa notícia. Tudo para mostrar um grande sinal, um estrondoso acontecimento: Deus se fez gente!

Nessa perspectiva de chegada, o Menino Jesus vem ao nosso encontro, é ele nossa salvação e esperança.

Não perdemos o verdadeiro sentido do Natal, esperar e receber as graças do Menino Jesus, que nos liberta e salva.

Caro leitor (a), que o Natal do Menino Jesus possa iluminar seu existir, e que essa graça seja manifestada em sua vida, afinal, o Senhor está conosco!