12 de Junho de 2015 às 09:19

VÍDEO: Enorme Tamanduá Bandeira é capturado em residência no Bairro Cidade Jardim

O Tamanduá Bandeira corre risco de extinção e no Uruguai já é extinto

Na Rua Geralda F. Marra em frente a sub estação da CEMIG, no bairro Cidade Jardim, uma familia deparou com um enorme Tamanduá Bandeira andando na rua. Um morador abriu o portão e deixou que o animal entrasse no seu jardim e logo após chamou os bombeiros, facillitando dessa forma a captura e evitando que o mesmo fosse atropelado ou causasse algum outro incidente.  Mesmo com o animal cercado pelas grades do jardim, a guarnição dos Bombeiros demorou uns 20 minutos para fazer a captura com segurança ao Tamanduá Bandeira de 1 metro e 70 de comprimento e mais 40 quilos .

Sobre o Tamanduá Bandeira (corre risco de extinção e no Uruguai já extinto)

O tamanduá-bandeira (nome científico: Myrmecophaga tridactyla), também chamado iurumi, jurumim, tamanduá-açu, tamanduá-cavalo, papa-formigas-gigante e urso-formigueiro-gigante, é um mamífero xenartro da família dos mirmecofagídeos, encontrado na América Central e na América do Sul. É a maior das quatro espécies de tamanduás e, junto com as preguiças, está incluído na ordem Pilosa. Tem hábito predominantemente terrestre, diferente de seus parentes próximos, o tamanduá-mirim e o tamanduaí, que são arborícolas. O animal mede entre 1,8 e 2,1 metros de comprimento e pesa até 41 kg. É facilmente reconhecido pelo seu focinho longo e padrão característico de pelagem. Possui longas garras nos dedos das patas anteriores, o que faz com que ande com uma postura nodopedálica. O aparelho bucal é adaptado a sua dieta especializada em formigas e cupins, mas em cativeiro ele pode ser alimentado com carne moída, ovos e ração, por exemplo. A longa pelagem o predispõe a ser parasitado por ectoparasitas, como carrapatos.

É encontrado em diversos tipos de ambientes, desde savanas a florestas. Prefere forragear em ambientes abertos, mas utiliza florestas e áreas mais úmidas para descansar e regular a temperatura corporal. É capaz de nadar em rios amplos. Seus predadores incluem grandes felinos, como a onça-pintada e a suçuarana, e rapinantes podem predar filhotes. Apesar dos territórios individuais muitas vezes se sobreporem aos de outros, são animais primariamente solitários, sendo encontrados com outros somente em situações de cortejamento de fêmeas ou encontros agonísticos entre machos e fêmeas cuidando de filhotes. Se alimenta principalmente de formigas e cupins, utilizando suas garras para cavar e a língua para coletar os insetos.

O tamanduá-bandeira é listado como "vulnerável" pela IUCN. Foi extinto em algumas partes de sua distribuição geográfica, como no Uruguai, e corre grande risco de extinção na América Central. As principais ameaças à sobrevivência da espécie são a caça e a destruição do habitat, e é um animal susceptível a ser atingido fatalmente por incêndios e atropelamentos. Apesar do risco de extinção, pode ser encontrado em inúmeras unidades de conservação, onde muitas vezes é abundante. Sua morfologia peculiar chamou a atenção de diversos povos, como na bacia Amazônica, e até hoje é retratado por muitas culturas, seja de forma carismática ou aterrorizante.