Uma mulher foi presa em flagrante na Zona Oeste do Rio de Janeiro após tentar sacar um empréstimo de R$ 17 mil utilizando um homem morto em uma cadeira de rodas. O caso aconteceu na terça-feira 16/4 e chamou a atenção dos funcionários do banco, que acionaram o Samu.
A suspeita se apresentou como sobrinha e cuidadora da vítima de 68 anos. No entanto, ao tentar fazer o homem assinar o documento do empréstimo, ficou claro que ele não estava vivo. O Samu constatou a morte, que já havia ocorrido há algumas horas.
A mulher pode responder por estelionato e vilipêndio a cadáver, crime que consiste em tratar um corpo sem o devido respeito. Em depoimento, ela afirmou que cuidava do tio, que estava debilitado. A polícia investiga se ela realmente é parente da vítima e se outras pessoas a auxiliaram na tentativa de golpe.
Imagens das câmeras de segurança do banco serão analisadas e o corpo de Paulo Roberto Braga foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames. A causa da morte ainda não foi divulgada.
A PC do Rio de Janeiro apresentou novas informações que contestaram a versão da defesa da sobrinha do idoso de 68 anos.
Exames realizados no corpo do idoso revelaram a presença de livores cadavéricos na região da nuca, indicando que ele provavelmente faleceu deitado. Essa informação contradiz a alegação da defesa de que o idoso teria morrido sentado na agência bancária.
O delegado Fábio Luiz Souza, titular da 34ª DP (Bangu), está em contato com a empresa de aplicativo para identificar o motorista que os transportou até o banco.
O objetivo é obter informações sobre como o idoso foi colocado no veículo e em qual estado ele se encontrava na ocasião.
A advogada alegou que o idoso chegou vivo à agência bancária e que ele teria passado mal posteriormente.
Ela afirma que testemunhas corroboram essa versão e que a inocência da cliente será provada. A suspeita foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. Ela segue detida enquanto a investigação policial continua em andamento.