Equipe analisou analisou amostras de vítimas da covid-19 em 2020

Fonte: Agência Brasil Edição: Maria Claudia foto: Reuters/Phil Noble/Direitos Reservados
Pesquisa que contou com a participação de professores da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) verificou que o perfil genético pode tornar pacientes mais suscetíveis para desenvolver a covid-19.
A equipe de pesquisadores analisou amostras de 20 pacientes que morreram em decorrência do novo coronavírus no Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba, entre abril e setembro de 2020, e de dez pacientes infectados pelo H1N1 que faleceram, a fim de comparar os casos. A coleta foi autorizada pelas famílias e pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).
As amostras foram comparadas também com dez casos de pacientes controle, que não morreram por causas respiratórias. “A gente estudou, especificamente, uma proteína chamada interleucina 17 (IL-17). Ela tem uma ação antiviral bem conhecida”, disse hoje (12) à Agência Brasil a professora da escola de medicina, que participou do projeto, Lúcia de Noronha. Segundo a médica, já existem várias publicações no mundo sobre a interleucina 17 (IL 17) no H1N1 e na Influenza.
De acordo com Lúcia, já havia desconfiança dos pesquisadores em relação ao perfil genético, pelo fato de alguns pacientes desenvolverem a covid-19 leve, enquanto outros tinham a forma mais grave da doença. Há casos de, em uma mesma família, algumas pessoas pegarem a covid-19 e outras não, outras ainda ficarem assintomáticas, algumas terem a forma leve.
“A gente já desconfiava de situações como essa, de pessoas que ficam junto a pessoas com covid e não pegam, fazem a forma assintomática, e outras fazem a forma grave”.
Padrão genético
Um aspecto observado é que, às vezes, uma família inteira pega a doença. “Isso aponta para um padrão genético que possa ter uma suscetibilidade. Fizemos, então, uma genotipagem por pontos específicos dentro do gene, que são chamados polimorfismos, e que podem estar presentes em algumas pessoas e em outras não. A surpresa foi que todos os 20 pacientes da covid-19 tinham um tipo de polimorfismo que não aparecia nem no H1N1, nem no grupo controle. Isso pode estar mostrando que o polimorfismo pode estar deixando a pessoa mais suscetível à forma mais grave da doença.”
Em geral, o polimorfismo produz uma proteína diferente, segundo a professora. "Então, pode ser que ele produza uma proteína mais frágil, pouco funcional ou em menor ou maior quantidade. O polimorfismo muda a proteína. Nesse caso, parece que ele produz menos interleucina 17 e ela tem uma ação antiviral. Então, o paciente passa a perder essa ação”, afirmou a professora..
Os pesquisadores estão, agora, fazendo genotipagem de vários outros tipos de interleucina, como a 4 e a 6. Lúcia de Noronha afirmou que, como não existe um tratamento para prevenir ou para curar os pacientes da covid-19, “a coisa mais efetiva do ponto de vista de saúde pública seria proteger os suscetíveis. É o que estamos fazendo. O idoso fica em casa, é vacinado antes, o que tem diabetes também é vacinado antes. Já sabemos quais são os suscetíveis pela idade ou pela comorbidade. O estudo genético acrescentaria mais um fator para a gente encontrar o suscetível”, disse.
Testagem em massa
Segundo a professora, se há outras pessoas além de idosos e pacientes com comorbidades internados indo a óbito, isso significa que não são esses somente os suscetíveis. Há outras pessoas que são suscetíveis. “É o fator genético. Isso ajudaria na proteção aos suscetíveis”. Ao mesmo tempo, isso ajudaria a identificar quem teria mais chance de ter uma covid-19 grave. “Conseguir entender que além da comorbidade, mais um grupo da população poderia ter mais chance de desenvolver a doença em sua forma mais grave”.
O teste genético é o único modo de conhecer se a pessoa é mais suscetível ou não à covid. É um teste simples no qual a coleta de saliva é suficiente para fazer um exame genético no paciente, mas o único problema é seu valor elevado.
Lúcia afirmou que, no momento, isso impede a testagem em massa de pessoas, muito menos no Sistema Único de Saúde (SUS), “mas daria para entender que tem uma população suscetível”.
Na pesquisa, o teste genético chega a custar perto de R$ 1 mil. A professora percebeu que, provavelmente, não é um gene só (da interleucina 17). Os pesquisadores vão testar outros genes. Eles esperam encontrar um perfil genético. “Um perfil que suscetibilize o paciente”, a exemplo do que ocorre em testes para câncer de mama, onde os preços variam entre R$ 1,5 mil a R$ 14 mil cada exame.
O estudo dos pesquisadores da PUCPR, intitulado “Lung Neutrophilic Recruitment and IL-8/IL-17A Tissue Expression in COVID-19” foi publicado na revista científica Frontiers in Immunology, referência na área de imunologia.
Além de pesquisadores da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, participaram do estudo profissionais da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e das Faculdades Pequeno Príncipe. O artigo completo pode ser acessado neste endereço.
Funcionária nessa condição deverá permanecer em teletrabalho

Fonte: Agência Brasil Edição: Denise Griesinger foto: Imagens/TV Brasil
O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quarta-feira 12/05 a lei que que garante à empregada gestante o afastamento do trabalho presencial durante o período da pandemia de covid-19, sem prejuízo do recebimento do salário.
O projeto de lei sobre o assunto, de autoria da deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC), foi aprovado pelo Congresso Nacional no dia 15 de abril.
Conforme o texto, a funcionária gestante deverá permanecer à disposição do empregador em trabalho remoto até o fim do estado de emergência em saúde pública.
Lote é o terceiro de um contrato para 100 milhões de vacinas

Fonte: Agência Brasil Edição: Fábio Massalli foto: Reuters/Denis Balibouse/ Direitos Reservados
O avião carregado com doses da vacina da Pfizer/Biontech compradas pelo Brasil chegou ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas, interior paulista, na noite desta quarta-feira 12/05. As vacinas serão levadas para Guarulhos, na Grande São Paulo, onde o Ministério da Saúde tem um centro de distribuição.
O lote é o terceiro de um contrato para 100 milhões de vacinas. O Ministério da Saúde informou que o carregamento de hoje contém cerca de 629 mil doses. Somando os três lotes já recebidos, o país recebeu mais de 2,2 milhões de doses do imunizante.
A logística de distribuição desses imunizantes está levando em conta a capacidade das localidades de armazenar as doses, que precisa ficar em temperaturas mais baixas do que as demais.
Segundo informações do Ministério da Saúde, no Centro de Distribuição em Guarulhos (SP), as doses são armazenadas a uma temperatura de -90°C a -60°C. Ao serem enviadas, as vacinas estarão expostas a temperatura de -20°C. Nas salas de vacinação, onde a refrigeração é de 2ºC a 8°C, as doses precisam ser aplicadas em até cinco dias.
Calendário vale se não houver atraso na entrega de vacinas

Fonte: Agência Brasil Edição: Fábio Massalli foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou, na quarta-feira 12/05, o calendário de vacinação até outubro deste ano, quando deverá vacinar pessoas de todos os grupos até 18 anos de idade. Porém, a prefeitura ressalta que isto só será alcançado se não houver atrasos nas entregas das vacinas.

Em maio, estão sendo vacinadas pessoas dos grupos prioritários, entre 45 e 18 anos. Entre esses, pessoas com comorbidades, deficiência permanente, trabalhadores da saúde, guardas municipais envolvidos em ações de saúde pública e medidas de distanciamento, pacientes renais crônicos, com síndrome de Down, gestantes e puérperas (mulheres que acabaram de dar à luz).
Em junho, começam a ser vacinadas pessoas entre 59 anos e 51 anos. Em julho, é a vez das pessoas entre 50 anos e 42 anos. Em agosto, serão vacinadas pessoas entre 41 anos e 33 anos. Em setembro, a vacina será aplicada em pessoas entre 33 e 24 anos. E, em outubro, serão imunizados todos entre 24 e 18 anos de idade.
As tabelas completas, com as idades e dias de vacinação, podem ser acessadas na página da prefeitura do Rio .
Veja os melhores momentos

Fonte: Agência Brasil Edição: Fábio Lisboa foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net Vídeo: CONMEBOL Libertadores
Com uma equipe alternativa, o São Paulo empatou em 1 a 1 com o Rentistas (Uruguai), em partida realizada nesta quarta-feira (12) no estádio Centenário (Montevidéu), e garantiu a liderança do Grupo E da Copa Libertadores.
Com a igualdade desta quarta, o Tricolor do Morumbi ficou com os mesmos 8 pontos do Racing (Argentina), mas ficando na ponta da sua chave por ter um saldo de gols mais positivo.
Time alternativo
Tendo um jogo decisivo na próxima sexta-feira (14), contra a Ferroviária pelas quartas de final do Campeonato Paulista, o técnico argentino Hernán Crespo optou por deixar os seus principais jogadores treinando em São Paulo.
Apesar de estar com uma equipe alternativa em campo, o time paulista começou muito bem o jogo, abrindo o placar logo aos 4 minutos com um gol de um estreante. O lateral Orejuela cabeceou após cobrança de escanteio do meio-campista Igor Gomes. Porém, dois minutos depois o goleiro Lucas Perri foi obrigado a fazer difícil defesa após cobrança de falta de Salomón Rodríguez.
O Rentistas continuou buscando a igualdade e, de tanto tentar, conseguiu marcar aos 12 minutos em lance de desatenção da defesa tricolor. Após cobrança de escanteio, o zagueiro González Lamas apareceu sozinho no meio da área para bater de primeira. Este foi o primeiro gol que o São Paulo tomou na atual edição da Libertadores.
Depois, as equipes até conseguiram criar oportunidades de lado a lado, mas a igualdade perdurou até o final.
O próximo compromisso do São Paulo na principal competição de clubes da América do Sul será terça (18), no estádio do Morumbi contra o Racing.
Veja os melhores momentos

Fonte: Agência Brasil Edição: Fábio Lisboa Foto: Lucas Merçon/FFC vídeo e foto: CONMEBOL Libertadores
O Fluminense venceu o Santa Fe (Colômbia) por 2 a 1 de virada, na noite desta quarta-feira (12) no estádio do Maracanã, e assumiu a liderança isolada do Grupo D da Copa Libertadores com 8 pontos conquistados.
O resultado foi muito importante para o Tricolor, que também viu o River Plate (Argentina) tropeçar na rodada, com o empate em 1 a 1 diante do Junior Barranquilla (Colômbia), ficando com 6 pontos.
Vitória de virada
O time das Laranjeiras venceu, mas o triunfo veio de virada, após um primeiro tempo muito ruim, no qual o time colombiano esteve mais perto de abrir o placar. E, de tanto tentar, o Santa Fe abriu o marcador no início da etapa final. Aos 12 minutos o time da Colômbia puxou rápido contra-ataque, que terminou em passe para González, que bateu de primeira.
Dois minutos depois o Fluminense conseguiu acertar o primeiro contra-ataque com eficiência. Martinelli lançou Kayky na ponta direita, o garoto se livrou de um marcador e encontrou Fred, que dominou na marca do pênalti e bateu com categoria. Com este gol, o nono em nove jogos do atacante na temporada, o camisa 9 do Tricolor se tornou o terceiro maior artilheiro brasileiro na história da Libertadores (ao lado de Célio), com o total de 22 gols.
Com o empate, a equipe comandada pelo técnico Roger Machado melhora de vez, e passa a ter oportunidades em série. Aos 31 minutos, dois jogadores que entraram no segundo tempo decidiram a partida. O equatoriano Cazares lançou o atacante Caio Paulista, que bateu bonito na saída do goleiro Castellanos para garantir a vitória de 2 a 1.
A partir daí, o Fluminense segurou o resultado. Agora, o time das Laranjeiras muda as atenções para o Campeonato Carioca, onde enfrenta Flamengo no próximo sábado (15) pela final do Campeonato Carioca. O Tricolor volta a jogar pela competição continental na terça (18), quando recebe o Junior Barranquilla no Maracanã a partir das 21h30 (horário de Brasília).
Os maiores artilheiros brasileiros da Libertadores:
1- Luizão - 29 gols
2- Palhinha - 25 gols
3- Fred e Célio Taveira - 22 gols
4- Jairzinho - 21 gols
5- Guilherme e Ricardo Oliveira - 19 gols
Texto: Comunicação/FFC
Veja os melhores momentos

Fonte: Agência Brasil Edição: Fábio Lisboa foto: Felipe Santos/Ceará SC/Direitos Reservados Vídeo: CONMEBOL Sudamericana
O Ceará recebeu, na noite desta quarta-feira 12/05 no estádio do Castelão, o Arsenal de Sarandí (Argentina) pela 4ª rodada do Grupo C da Copa Sul-Americana. E o Vozão manteve a invencibilidade na competição ao empatar sem gols com os argentinos.
Com este resultado, o time do técnico Guto Ferreira permaneceu na liderança da chave, com 6 pontos conquistados, mas podendo ser ultrapassado pelo Bolívar (Bolívia), que enfrenta o também boliviano Jorge Wilstermann nesta quarta.
Após ficar com o vice-campeonato da Copa do Nordeste, o Vozão fez uma atuação abaixo da média pela Sul-Americana mesmo jogando em casa. A melhor oportunidade de marcar veio aos 31 minutos, quando o meia Vina lançou Mendoza, que bateu em cima do goleiro Medina.
Agora, o Ceará volta a entrar em campo na Sul-Americana na quinta-feira da próxima semana (20), quando mede forças com o Bolívar no Castelão.
Veja os melhores momentos

Fonte: Agência Brasil Edição: Fábio Lisboa foto: Bruno Corsino/ACG/Direitos Reservados Vídeo: CONMEBOL Sudamericana
O Atlético-GO perdeu a chance de encaminhar a classificação à segunda fase da Copa Sul-Americana. Nesta quarta-feira 12/05, o Dragão enfrentou o Palestino (Chile) no estádio Antônio Accioly, em Goiânia, pela quarta rodada da competição, e não saiu do zero.
Apesar de seguir em primeiro lugar no Grupo F, com oito pontos, o time goiano tem a ponta ameaçada pelo Libertad (Paraguai), que enfrenta o Newell's Old Boys (Argentina) na quinta-feira (13), às 21h30 (horário de Brasília), no estádio Nicolás Leoz, na capital paraguaia Assunção. Os brasileiros serão ultrapassados se o Libertad sair vitorioso. Apenas o líder da chave avança de fase na Sul-Americana.
O primeiro tempo foi de imposição ofensiva do Atlético, especialmente dos 20 aos 30 minutos, mas faltou pontaria. Na melhor oportunidade, aos 24 minutos, Janderson acertou a trave direita em batida de falta. O atacante assustou de novo aos 37, em chute na rede do lado de fora.
No início da etapa final, o volante William Maranhão levou dois cartões amarelos em quatro minutos após uma sequência de faltas e foi expulso. A vantagem numérica dos chilenos só durou até os 30 minutos, quando o lateral Cristian Súarez também foi colocado para fora. O Dragão pressionou atrás da vitória nos 15 minutos finais, mas as tentativas de Janderson e do volante Marlon Freitas foram rebatidas pelo goleiro Christopher Toselli, que garantiu o empate em Goiânia.
O próximo compromisso atleticano pela Sul-Americana é contra o Libertad na próxima quarta-feira (19), às 19h15, em Goiânia.
Pesquisa examinou amostras de sangue de 105 profissionais de saúde

Fonte: Agência Brasil Por NHK - (emissora pública de televisão do Japão) - Tóquio foto: © Reuters/direitos reservados®
Estudo realizado no Japão indica que cerca de 90% de mais de uma centena de pessoas nas quais foram aplicadas duas doses de vacina para o novo coronavírus apresentaram anticorpos considerados eficazes na imunização contra variantes.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade Municipal de Yokohama examinou amostras de sangue de 105 profissionais de saúde no Japão que receberam duas doses da vacina Pfizer–BioNTech entre março e abril.
Constatou-se que 89% dos indivíduos apresentaram quantidade suficiente de anticorpos tidos como eficazes contra sete variantes do novo coronavírus propagadas no Reino Unido, na África do Sul, no Brasil e em outros países.
Epidemiologistas dizem que vacinas disponíveis atualmente podem ter sobre algumas variantes um efeito menor do que sobre a cepa original.
A equipe japonesa afirma que 94% dos indivíduos incluídos no estudo tiveram uma quantidade suficiente de anticorpos considerados eficazes contra a variante britânica; 90% contra a cepa da África do Sul; 94% contra a do Brasil; e 97% contra a da Índia. Acrescenta que 99% apresentaram em quantidade suficiente anticorpos tidos como eficazes contra a cepa original.
O professor Yamanaka Takeharu, um dos integrantes da equipe, interpreta os resultados como uma mostra de que, com o recebimento das duas doses, as pessoas possam obter anticorpos neutralizantes contra variantes conhecidas atualmente. Ele adverte, porém, que nem todos os vacinados apresentaram uma contagem suficiente de anticorpos neutralizantes.
Yamanaka informou, ainda, que a equipe incluirá no estudo um número maior de pessoas para a coleta de mais dados.