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11 de Janeiro de 2017 às 19:53

Casa própria: metro quadrado construído custa R$ 1.027,30

Crescimento acumulado do ano foi superior a 2015, registrando crescimento de 6,64%

 O custo do metro quadrado construído no País chegou a R$ 1.027,30 em 2016, de acordo com o Sinapi (Índice Nacional da Construção Civil), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (11). Deste total, R$ 531,21 se referem aos gastos com materiais de construção e os outros R$ 496,09, com mão de obra.

A variação dos preços no mês de dezembro em comparação com o anterior foi de 0,49%. Os materiais de contruação sofreram aumento de 0,01%, enquanto a parcela de mão de obra apresentou variação de 1,02%.

Considerando cada uma das regiões do Brasil, o preço do metro quadrado da construção variou. Os valores são: R$ 1.038,92 (Norte); R$ 948,71 (Nordeste); R$ 1.073,62 (Sudeste); R$ 1.067,70 (Sul) e R$ 1.037,84 (Centro-Oeste).

O Paraná foi o estado que registrou a maior taxa no mês de dezembro de 2016 (4,48%). Neste local, o custo médio do metro quadrado é de R$ 1.056,92. Além disso, o Piauí é outra localidade brasileira que demonstrou altos índices: registrou o maior resultado acumulado no ano (9,2%). 

O acumulado do ano de 2016 demonstrou crescimento em relação ao mesmo período de 2015. O ano terminou com a marca de 6,64% de aumento, enquanto 2015 registrou crescimento de 5,5%. 

Fonte: R7 Folha Vitória - Cidades 3

11 de Janeiro de 2017 às 10:38

Inflação oficial fecha 2016 dentro do teto da meta do governoInflação oficial fecha 2016 dentro do teto da meta do governo

Índice que mede alta dos preços ficou em 6,29% no ano passado. Limite do BC era de 6,5%

A inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), fechou o ano de 2016 em 6,29%, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (11). O resultado ficou bem abaixo dos 10,67% registrados em 2015, maior nível em 13 anos.

Os preços aceleraram mais entre os produtos e serviços dos grupos saúde e cuidados pessoais (11,04%), educação (8,86%) e alimentação e bebidas (8,62%).

O IBGE ressaltou que, em 2016, a produção agrícola ficou 12% abaixo da colhida em 2015, o que colaborou para a alta da comida no ano passado. O grupo alimentação e bebidas tem peso de 25% nas despesas das famílias.

Os alimentos para consumo em casa subiram 9,36% e, para quem come fora de casa, os produtos e serviços estão 7,22% mais pesados no bolso do consumidor.

Entre os alimentos que mais subiram, o feijão-mulatinho foi o vilão de 2016, afinal mais que dobrou de preço em relação a 2015. Também colaboraram a tanjerina (74% mais cara), manteiga (alta de 55%), leite condensado (53%), farinha de mandioca (46%), banana-maça (41), creme de leite (38%), café moído (20%), arroz (16%), iogurte e bebidas lácteas (15%) e pão-de-queijo (15%).

Entre os itens de saúde e cuidados pessoais, destaque negativo para as mensalidades dos planos de saúde — 13,55% mais caras, maior variação desde 1997. Já a alta acumulada dos remédios (12,50%) foi a mais elevada desde 2000.

No grupo educação, os cursos regulares ficaram 9,12% mais pesados no bolso do consumidor. Entre as despesas pessoais, os custos com empregado doméstico subiram 10,27%.

Entre os transportes, subiram as tarifas com ônibus intermunicipal (11,78%), ônibus urbano (9,34%), metrô (9,14%), trem (8,45%), ônibus interestadual (7,66%), táxi (7,06%). Já as passagens aéreas foram a exceção, uma vez que fecharam o ano com queda de 4,88%.

Histórico da inflação

Em 2015, a inflação oficial ficou em 10,67% — a maior desde 2002, quando o IPCA encerrou aquele ano em 12,53%. Em 2014, o IPCA encerrou o ano em 6,41%.

O resultado ficou dentro do teto da meta estipulada pelo governo, de 6,5% ao ano. O alvo da meta é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, pode chegar a 2,5% ou atingir 6,5%.

Para 2017, o BCB (Banco Central do Brasil) manteve o centro da meta em 4,5%, mas a tolerância passa a ser de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, poderá chegar a 3% ou atingir 6%.

Fonte:R7

11 de Janeiro de 2017 às 18:13

Cientistas britânicos criam substância que pode regenerar dentes e aposentar obturações

Nova droga estimularia regeneração extra dos dentes e já foi usada em testes para o tratamento de demência

Nova droga estimularia regeneração extra dos dentes e já foi usada em testes para o tratamento de demência

Uma equipe do King's College de Londres desenvolveu uma substância química que, em testes com ratos, estimulou células da polpa dental a taparem pequenos buracos nos dentes.

Para isso, uma esponja biodegradável embebida no produto foi colocada na cavidade.

Em um estudo publicado pela revista científica Scientifica Reports, a substância teve, segundo os cientistas, efeito reparativo "completo, eficaz e natural".

Dentes têm capacidade limitada de regeneração. Podem produzir uma pequena faixa de dentina - a camada abaixo do esmalte - se a polpa fica exposta, mas não podem consertar cavidades maiores. Isso é feito com obturações, em que dentistas usam um amálgama metálico ou um composto feito de vidro em pó e cerâmica.

Só que esses reparos frequentemente precisam ser substituídos ao longo da vida. Os pesquisadores, então, tentaram ampliar a capacidade regenerativa natural dos dentes - foi assim que descobriram a droga, chamada Tideglusib.

A substância aumentou a atividade de células-tronco na polpa dental dos ratos - elas conseguiram fazer reparos em buracos de 0,13mm nos dentes dos roedores.

Novo tratamento

"A esponja é biodegradável, isso é a chave", disse à BBC Paul Sharpe, um dos cientistas do King's College.

"O espaço ocupado pela esponja fica cheio de minerais enquanto a dentina regenera, então você não tem nada ali que possa falhar no futuro."

A equipe agora quer descobrir como conseguir aumentar o poder de ação da Tideglusib.

"Não acho que vamos esperar muito tempo. Tenho esperanças de que (o tratamento) estará comercialmente disponível em três a cinco anos", completou Sharp.

Mais pesquisas

O campo da medicina regenerativa, que encoraja células a se dividir rapidamente para reparar danos, volta e meia desperta temores sobre o risco de câncer.

A Tideglusib altera uma série de sinais químicos nas células, o Wnt, algo que já foi ligado à ocorrência de alguns tipos de tumor. Mas a droga já foi usada em testes com pacientes humanos em pesquisas sobre demência.

"Os testes de segurança já foram feitos - e em concentrações bem maiores (da droga)", explica Sharpe.

Essa é apenas a mais recente abordagem em termos de reparos dentais. Outro grupo de cientistas do mesmo King's College estuda, por exemplo, o uso de eletricidade para reconstituir o esmalte com minerais.

Cálcio e fosfato produzidos por bactérias na boca contribuem para a perda de minerais pelos dentes - os pesquisadores conseguiram reverter esse efeito usando um coquetel de minerais conduzido por uma corrente elétrica de baixa intensidade.

O método foi batizado de Remineralização Eletricamente Acelerada e pode fortalecer os dentes, reduzindo cáries.

11 de Janeiro de 2017 às 08:24

Evangelho do Dia

Curou muitas pessoas de diversas doenças

Dirigiram-se com Tiago e João à casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama, com febre; [...] Aproximando-se ele, tomou-a pela mão e levantou-a; imediatamente a febre a deixou e ela pôs-se a servi-los. À tarde, depois do pôr do sol, levaram-lhe todos os enfermos e possessos do demônio. [...] Ele curou muitos que estavam oprimidos de diversas doenças, e expulsou muitos demônios. [...] De manhã, [...] foi para um lugar deserto, e ali se pôs em oração. Simão e os seus companheiros [...] Encontraram-no e disseram-lhe: "Todos te procuram”. E ele respondeu-lhes: "Vamos às aldeias vizinhas, para que eu pregue também lá, pois, para isso é que vim”.
 

Evangelho de hoje: Mc 1,29-39

10 de Janeiro de 2017 às 08:23

Fies: estudantes poderão renovar os contratos a partir do dia 16

A renovação vale somente para contratos formalizados até 31 de dezembro de 2016.


Os estudantes poderão  renovar os contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) a partir do dia 16 de janeiro, segundo o Ministério da Educação (MEC). Os aditamentos são feitos pela internet, no Sistema Informatizado do Fies (SisFies).  A renovação vale somente para contratos formalizados até 31 de dezembro de 2016. As novas inscrições estão previstas para fevereiro.

Os contratos do Fies devem ser renovados a cada semestre. O pedido de aditamento é feito inicialmente pelas faculdades e, em seguida, os estudantes devem validar as informações inseridas pelas instituições no SisFies. A partir do dia(9), as instituições de ensino superior devem cadastrar os dados dos estudantes beneficiados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Após essa etapa, os estudantes devem entrar no sistema e confirmar os dados. O prazo para as instituições inserirem os dados dos estudantes vai até o dia 30 de abril. 

No caso de aditamento não simplificado, quando há alteração nas cláusulas do contrato, como mudança de fiador, por exemplo, o estudante precisa levar a documentação comprobatória ao agente financeiro para finalizar a renovação. Já nos aditamentos simplificados, a renovação é formalizada a partir da validação do estudante no sistema.

Evitar problemas

A abertura do SisFies para os aditamentos foi uma das primeiras medidas anunciadas este ano pelo Ministério da Educação (MEC). A intenção é evitar os problemas que ocorreram no ano passado. No segundo semestre de 2016, as renovações dos contratos, que geralmente ocorrem no início do semestre, só puderam ser feitas a partir de outubro, devido a atrasos de pagamentos. De acordo com o MEC, cerca de 98% dos estudantes conseguiram renovar o financiamento, o que totalizou um orçamento de R$ 8,6 bilhões. 

O Fies oferece financiamento de cursos superiores em instituições privadas a uma taxa de juros de 6,5% ao ano. O aluno só começa a pagar a dívida após a formatura. O percentual do custeio é definido de acordo com o comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita do estudante. Atualmente, mais de 2 milhões de estudantes participam do programa.

Fonte: Agência Brasil

10 de Janeiro de 2017 às 08:20

Confira dicas para economizar e itens proibidos na lista de material escolar

A pesquisa mostra variação de valor de até 457% para um mesmo produto.

Enquanto crianças e adolescentes ainda aproveitam as férias, os pais já se preocupam com a compra do material escolar para a volta às aulas. E nas lojas vão encontrar preços maiores que os do ano passado. Pesquisa feita pela Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP) com cerca de 200 itens mostra um aumento de 12,97% nos preços.

Com a lista na mão, a recomendação é pesquisar, pois é grande a diferença de preços entre os estabelecimentos comerciais. A pesquisa mostra variação de valor de até 457% para um mesmo produto.

Mas antes mesmo de sair às compras, os pais devem ficar atentos aos produtos que compõem a lista do material escolar distribuída pelas instituições. É proibida por lei a inclusão de material de uso coletivo como produtos de limpeza, papel higiênico, copos descartáveis, giz, apagador, etiquetas, fitas adesivas, isopor, grampeador e envelope.

“Se na lista de material constar esse tipo de produto os pais devem procurar a escola, informar que conhecem a legislação e que isso não pode ser cobrado, conforme previsto em lei. Se ainda assim o colégio persistir, ele deve procurar um órgão de defesa do consumidor, com a lista em mãos, e fazer a reclamação”, recomenda a supervisora de pesquisas do Procon-SP, Cristina Martinussi.

As escolas também não podem exigir que a aquisição do material seja feita no próprio estabelecimento, indicar a marca dos produtos pedidos ou papelarias de preferência. A única indicação de lojas permitida é para os uniformes.

Pesquisar os preços

A pesquisa feira pelo Procon-SP levantou os preços de 214 produtos escolares em estabelecimentos da capital em dezembro do ano passado e comparou com o que foi cobrado no final de 2015. A maior diferença de preço encontrada (de 457%) foi no lápis preto que era vendido de R$ 0,35 a R$ 1,95.

Cristina Martinussi sugere que antes de ir às lojas os pais procurem fazer pesquisa por telefone e pela internet. E alerta que uma loja pode ter variação grande no preço de um produto quando comparada às demais, mas ser uma opção atrativa quando levado em conta o conjunto dos produtos da lista escolar.

Compras coletivas

Comprar produtos em grandes quantidades pode garantir descontos. Para isso os pais podem se reunir em grupos e negociar preços menores com o estabelecimento. Convencer as crianças a não optarem por materiais com personagens ou acessórios licenciados que costumam ter preços mais altos também é importante para não gastar além do desejado.

Outra dica do Procon-SP para economizar é verificar o que é possível ser reaproveitado do ano letivo anterior, como estojos e dicionários, por exemplo. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) sugere a organização de feiras de trocas de artigos escolares em bom estado entre amigos e vizinhos e a aquisição de livros usados em sebos e pela internet. O instituto alerta que a escola só pode recomendar que o estudante não reutilize um livro usado por um irmão mais velho se a edição estiver desatualizada.

Material de uso coletivo

A proibição para as escolas pedirem material de uso coletivo está determinada pela Lei 12.886/13 e para ajudar os pais a tirarem dúvidas sobre quais são esses itens o Procon do Rio de Janeiro elaborou uma lista que traz exemplos de materiais que não podem ser solicitados pelas escolas. Confira a lista do Procon Rio:

1. Álcool hidrogenado

2. Algodão

3. Bolas de sopro

4. Canetas para lousa

5. Carimbo

6. Copos descartáveis

7. Elastex

8. Esponja para pratos

9. Fantoche

10. Fita, cartucho ou tonner para impressora

11. Fitas adesivas

12. Fitas decorativas

13. Fitas dupla face

14. Fitilhos

15. Flanela

16. Giz branco ou colorido

17. Grampeador

18. Grampos para grampeador

19. Guardanapos

20. Isopor

21. Lenços descartáveis

22. Livro de plástico para banho

23. Maquiagem

24. Marcador para retroprojetor

25. Material de escritório

26. Material de limpeza

27. Medicamentos

28. Palito de dente

29. Palito para churrasco

30. Papel higiênico

31. Pasta suspensa

32. Piloto para quadro branco

33. Pinceis para quadro

34. Pincel atômico

35. Plástico para classificador

36. Pratos descartáveis

37. Pregador de roupas

38. Produtos para construção civil (tinta, pincel, argamassa, cimento, dentre outros)

39. Sacos de plástico

40. Talheres descartáveis

41. Cola para isopor

Exemplos se itens que podem ser solicitados, mas com restrições (a partir de 2 anos)

1. Colas em geral (no máximo 1unidade branca e colorida de até 1litro, a partir do maternal)

2. Envelopes (no máximo 10 unidades na educação pré-escolar)

3. Lã (no máximo 1 rolo pequeno)

4. Papel ofício ou A4 – 1 resma (500 folhas)

5. Argila / massinha (até 1 kg a partir do maternal)

6. Bastão de cola quente (até 1 saco com 50 unidades)

7. Cordão / barbante (1 rolo pequeno)

8. Pendrive/CD/DVD (1 unidade para retornar aos pais)

9. Emborrachados E.V.A. (8 folhas – 2 folhas de cada cor)

10. TNT  (até 1 m)

11. Palito de picolé (saco com até 50 unidades)

12. Papel ofício colorido ou 1 caixa de color set

13. Trincha 12 mm (2 unidades)

Lista exemplificativa anual de material de artes de uso em sala de aula

1. Barbante grosso – 1 rolo pequeno

2. Caixa de gizão de cera - 2 caixas com 12

3. Caixa giz de cera tijolinho- 1 caixa

4. Cola branca - 1 litro

5. Cola colorida azul - 1 tubo de 250 ml

6. Cola colorida vermelho -1 tubo de 250 ml

7. Cola colorida verde - 1 tubo de 250 ml

8. Cola colorida amarelo - 1 tubo de 250 ml

9. Durex colorido azul -2 unidades pequenas

10. Durex colorido vermelho - 2 unidades pequenas

11. Durex colorido verde -2 unidades pequenas

12. Durex colorido amarelo - 2 unidades pequenas

13. EVA azul - 5 unidades

14. EVA vermelho -5 unidades

15. EVA verde - 5 unidades

16. EVA amarelo - 5 unidades

17. Guache azul - 1 unidade de 500 ml

18. Guache vermelho -1 unidade de 500 ml

19. Guache verde - 1 unidade de 500 ml

20. Guache amarelo- 1 unidade de 500 ml

21. Massinha azul -1 caixa de 160 g

22. Massinha vermelha -1 caixa de 160 g

23. Massinha verde -1 caixa de 160 g

24. Massinha amarela -1 caixa de 160 g

25. Palitos de picolé - 1 saco com 50 unidades

26. Papel cartão branco - 5 folhas

27. Papel Crepon - 5 rolinhos (cores variadas)

28. Papel pardo - 10 folhas

29. Papel 40 kg branco- 5 folhas

30. Trincha 12 mm - 5 unidades

Observação: os itens 21, 22, 23 e 24 podem ser trocados por 4 caixas de massinha colorida de 160 g cada uma.

Fonte: Agência Brasil

10 de Janeiro de 2017 às 08:11

Tragédia anunciada, diz padre sobre massacres em presídios

Padre que é missionário comboniano e acompanha de perto situações em cárceres avalia as recentes barbaridades em presídios na região Norte

Com a morte de 31 presos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), em Boa Vista (RR), na sexta-feira, 6, já são três os massacres no sistema carcerário brasileiro, em ordem de gravidade. Primeiro, o massacre do Carandiru, em 1992, com 111 mortos, e recentemente em Manaus, com 56 mortos.

Diante da gravidade da situação, o governador do Amazonas, José Melo, fez um ofício ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, neste domingo, 8, pedindo o apoio da Força Nacional de Segurança Pública para enfrentar a crise no sistema penitenciário.

Os missionários combonianos trabalham em diversos centros de detenção em todo o Brasil e em muitas periferias. “Trata-se de uma tragédia anunciada, como foi dito por muitos. No Brasil, temos a quarta população carcerária do mundo. Algumas estatísticas dizem que se continuarmos nesse crescimento, que vai descartando e acumulando presos nas cadeias, daqui a pouco, mais de 50 anos, teremos um preso a cada 10 pessoas”, diz o missionário comboniano padre Dario Bossi.

O sacerdote comenta mais alguns dados alarmantes: da população carcerária, 55% são jovens, 61% são negros e 75% estudaram somente até o primeiro grau. “Isso mostra que se tratam de condenações seletivas na nossa sociedade que não resolvem, com certeza, um problema de injustiça”.

Padre Dario atenta ainda para o problema da superlotação dos presídios. No caso de Rondônia, por exemplo, havia mais que o dobro da capacidade da cadeia. Ele diz que é preciso denunciar situações como essas e as barbaridades que estão sendo criadas nessa onda de confronto entre facções rivais. Ele recordou que os missionários combonianos comentaram, em nota pública, que se trata de “bombas que estouram por acúmulo de desumanidade”.

“Além da desumanidade, temos que fazer um apelo à indiferença, que precisa ser cancelada na nossa sociedade. É muito fácil para a nossa sociedade descartar e afastar esse tipo de problema. O primeiro chamado que fazemos como missionários é a encontrar essas pessoas”.

Nesse sentido, padre Dario valorizou o trabalho da Pastoral Carcerária, que faz uma obra “luminosa” em todo o Brasil. A Pastoral acredita que proteger a sociedade passa pela promoção da justiça, pelo socorro à vítima, mas também pela recuperação do preso. “Essas dimensões são essenciais para poder manter segurança e vida em nossa sociedade”.

Outro apelo do missionário comboniano é acompanhar a Pastoral Carcerária na luta pelo desencarceramento, ou seja, diminuir os casos que em se é preso sem ser julgado, bem como casos de detenções provisórias muito demoradas. “É uma vergonha também se comparar em nível internacional com o sistema carcerário de outros países. A segurança não é garantida pelo encarceramento em massa, isso está cada vez mais evidente”.

O último apelo de padre Dario é pela não-violência, seja no sistema repressivo do Estado, seja na conduta de cada preso. Ele enfatiza que a barbaridade violenta não é a melhor forma dos presos denunciarem a injustiça que sofrem.

“Temos todos que nos converter à não-violência. Sobretudo a nós cristãos cabe uma palavra nova, capaz de reconciliar essa sociedade e de promover medidas mais inclusivas e mais justas”

Fonte: Canção Nova Notícias

10 de Janeiro de 2017 às 08:06

Sem consenso, projeto que aumenta tempo de prisão dos condenados patina no Senado

Juristas criticam a proposta e analisam que é preciso fazer valer as normas já existentes

Um projeto de novo Código Penal aumenta as penas de encarceramento no país, o que, ao menos num primeiro momento, aumentaria a superlotação prisional, mas patina pelo Senado desde 2011. Chegou a ficar 17 meses sem nenhum andamento relevante. O novo relator da matéria, o terceiro desde 2013, deve fazer novo plano de trabalho, mais audiências públicas e outro parecer à proposta. Nada disso significa que a iniciativa do Congresso tenha algum resultado prático para o país.

Juristas criticam a proposta e analisam que é preciso fazer valer as normas já existentes. O ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp, especialista em direito penal, defende a manutenção das regras e, principalmente, o cumprimento delas. Para ele, a necessidade não é de leis, mas de execução correta do que já está determinado. “Nossa Lei de Execução Penal é moderna, só que nunca foi aplicada na sua plenitude”, afirmou Dipp.


O ex-juiz e professor Luiz Flávio Gomes contabilizou, em julho de 2015, a existência 150 leis penais criadas desde 1940, quando foi publicado o Código Penal, sendo 80% delas para aumentar o tamanho das punições. No entanto, ele entende que isso não diminuiu a criminalidade no longo prazo. “Não há sociedade mais ou menos complexa que tenha vivido sem leis penais e castigos”, ponderou Gomes em artigo da época. “Mas as penas nunca eliminaram, nas sociedades complexas, a criminalidade.”

O Projeto nº 236/2012 foi iniciado por uma comissão de juristas em 2011. No ano seguinte, o ex-presidente da República e ex-senador José Sarney (PMDB-AP) apresentou a proposta. Teve três relatores até agora: Pedro Taques (PDT-MT), que deixou o posto para assumir o governo de Mato Grosso; Vital do Rêgo (PMDB-PB), que virou ministro do Tribunal de Contas da União; e Antônio Anastasia (PSDB-MG), que assumiu somente em setembro do ano passado. De janeiro de 2015 até esta data, a proposta estava parada apesar dos relatórios de Taques e Vital estarem prontos emendados.

O texto de Vital aumenta o tamanho das punições e reduz as chances da chamada “progressão”. Ou seja, o benefício concedido a um preso para deixar a cadeia quando tem bom comportamento e poder trabalhar durante o dia no regime semiaberto ou mesmo cumprir a punição em casa.

Anastasia está fora de Brasília devido ao recesso parlamentar. Ele deve reanalisar o texto novamente. Isso porque há uma avaliação de que não existe consenso no Senado sobre o tema. Em abril de 2015, os senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Magno Malta (PR-ES) conseguiram fazer a proposta ter regime de urgência e ir para o plenário da Casa, anexada a uma medida recém-apresentada por Otto, o Projeto nº 150/2015. Mas, no mês seguinte, os parlamentares retiraram o caso do plenário e mandaram-no de volta à Comissão de Constituição de Justiça (CCJ). A ideia de Anastasia é tentar um terceiro relatório a fim de que ele tenha condições de ser votado e aprovado pelos senadores.

Ex-ministro: "Presídio não dá voto"

Brasília - O ex-ministro Gilson Dipp entende que o Estado está ausente da discussão do sistema prisional. “Não interessa aos governos, e basicamente ao governo estaduais, que são os responsáveis pela segurança pública, não interessam, porque presídio não dá voto”, ataca. Para o ex-ministro do STJ, até a formação cultural do país não ajuda: “Bandido bom é bandido preso.” Para ele, a estrutura do sistema realmente passa pela construção de mais presídios, que são caros e ninguém quer ver por perto, mas isso não é suficiente. “É preciso que haja uma separação, um projeto básico de diminuição com melhor distribuição de presos”, avalia.

“Existe o aperfeiçoamento do sistema judicial. O que se pode fazer é tentar no momento atual fazer com que o Estado se estabeleça dentro desse sistema, que não fique submetido a um Estado paralelo, que nesse prisma se sobrepõe ao Estado formal. Nós estamos submetidos a um Estado paralelo com a conivência estatal em relação aos presídios.”

Para ele, o Plano Nacional de Segurança, apesar de tratar de penas alternativas, já tem 18 anos e é necessário ser esquecido. “Com plano ou sem plano, o que podemos fazer é ver quais são as medidas alternativas para esse governo. O Ministério da Justiça está fora desse problema final, e agora se vê diante desse problema grave, que afeta o governo com muito mais gravidade que a situação econômica, social e política. Vamos ao menos tentar separar preso perigoso de preso que não tem periculosidade. O CNJ já mostrou que 40% dos presos são provisórios e que 20% são considerados inocentes.”
 

Fonte: Estado de Minas

10 de Janeiro de 2017 às 08:02

Vídeo: Meia do Tigres-MEX sofre lesão impressionante em partida do Campeonato Mexicano

Martínez sofreu uma grave lesão que chocou a todos.

O duelo entre Tigres e Santos Laguna, válido pela 1ª rodada do torneio Clausura do Campeonato Mexicano, neste sábado (7), ficou marcado por um lance impressionante. Luís Martínez, do Tigres-MEX, sofreu uma grave lesão que chocou a todos.

Martínez tentou impedir cruzamento de Jonathan Rodríguez, atacante do Santos Laguna, e acabou prendendo o pé no gramado e girando o joelho de forma impressionante. Assista ao lance no vídeo abaixo.
 

Fonte:R7 Esportes